COMO FUNCIONA O RESGATE
EM ESPAÇOS CONFINADOS
Os espaços confinados são ambientes que expõem os
trabalhadores a diversos riscos e devido a sua natureza, em caso
de acidentes, resgates são necessários e são sempre complicados. E, o
resgate em espaços confinados é de extrema importância pois, são procedimentos
decisivos entre a vida e a morte de um trabalhador.
Para autorizar e executar os trabalhos de forma segura em
espaços confinados é necessário estabelecer medidas de prevenção, medidas
administrativas, medidas pessoais e garantir a capacitação dos trabalhadores,
informações reunidas no Plano de Resgate e integrado ao Plano de
Atendimento de Emergências, conforme a NR-01.
Em diversas situações, infelizmente, ocorrem acidentes com
os trabalhadores que executam trabalhos em espaços confinados decorrentes da
falta de uso de equipamentos de proteção do trabalhador, negligência da empresa
no cumprimento das medidas obrigatórias de prevenção de acidentes, falta de
treinamentos dos procedimentos das tarefas, falta de planos para situações de
emergência e resgate, entre outros fatores.
Nas situações de emergências os procedimentos de resgate em
espaços confinados são fundamentais para garantir a saúde e segurança dos
envolvidos e uma equipe capacitada garante o plano de emergência e a correta
execução dos diversos passos que devem ser seguidos.
O resgate em espaços confinado sempre é uma operação
crítica e exige que um Plano de Resgate seja elaborado
antecipadamente por um profissional ou equipe especializada. Pensando nisso,
preparamos um artigo falando sobre como funciona este tipo de procedimento,
confira a seguir.
O que
é um espaço confinado?
O espaço confinado é um espaço que não é destinado a
ocupação humana e são ambientes com ventilação limitada, tendo excesso ou falta
de oxigênio, isto é, existe ou pode existir uma atmosfera perigosa. Além disso,
o espaço confinado é caracterizado por possuir meios de entrada e saída de
difícil acesso como por exemplo, silos, tanques, poços, etc.
Podemos citar que em diversos ambientes de trabalho ou
setores como, por exemplo, o petroquímico, a construção civil, nos serviços de
saneamento, gás, telefonia, portuário, agroindústria, entre outros, exigem
atividades de construção, manutenção, limpeza e monitoramento, que demandam
práticas de segurança e saúde do trabalho.
Os requisitos da segurança e saúde do trabalhadores em
espaços confinados são estabelecidos na NR 33 e estão previstos os
critérios para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de
prevenção, de forma a garantir a execução das atividades ou operações de uma
forma segura para os trabalhadores que interagem diretamente ou indiretamente
com este tipo de espaço.
Como
funciona o resgate em espaços confinados?
O
Plano de Resgate deve ser elaborado por um profissional com responsabilidade
técnica e deve especificar a:
a) identificação dos perigos associados à operação de
resgate;
b) designação da equipe de emergência e salvamento, interna
ou externa, dimensionada conforme a geometria, acessos e riscos das atividades
e operação de resgate;
c) tempo de resposta para atendimento à emergência;
d) seleção das técnicas apropriadas, equipamentos pessoais
e/ou coletivos específicos e sistema de resgate disponíveis, de forma a reduzir
o tempo de suspensão inerte do trabalhador e sua exposição aos perigos existentes;
e
e) previsão da realização de simulados dos cenários
identificados.
Para
realizar o resgate em espaços confinados é necessário avaliar a situação de
emergência e verificar duas maneiras, que são:
Sem
entrada: Desta forma, o trabalhador é resgatado sem que os
resgatistas entrem no espaço confinado, a vítima é retirada utilizando alguns
equipamentos como tripés e cordas de segurança. Desta maneira o socorrista fica
mais seguro, mas em muitos casos acaba se tornando uma operação mais complexa;
Com
entrada: Aqui, os resgatistas adentram o espaço confinado para
realizar o resgate, é uma técnica utilizada quando a sem entrada não é possível
ou quando o trabalhador vítima precisa de atendimento médico imediato. Aqui o
socorrista pode entrar no espaço, preso a cordas de segurança e ser içado para
fora acompanhado do trabalhador acidentado.
Além destas duas principais modalidades de resgate, existe
também a possibilidade do auto resgate, que é quando o trabalhador é capacitado
para sair do espaço por conta própria, porém devido ao fato da maioria dos
acidentes em espaços confinados serem mais graves, isto é mais incomum.
Quais
os principais equipamentos utilizados no resgate?
Tripés:
Estrutura de apoio para a realização do resgate.
Cordas
de segurança: Utilizadas para içar o socorrista e a vítima.
Talabarte: EPI que
prende o trabalhador ao sistema de ancoragem.
Máscaras
de ar: Fornecem ar respirável ao socorrista em ambientes com
falta de oxigênio ou presença de gases tóxicos.
Como
realizar um resgate em espaços confinados
Este tipo de resgate é sempre uma operação de alta
complexidade e alto risco, sendo necessária a capacitação dos resgatistas em
dia, uso de equipamentos adequados, manter o monitoramento da atmosfera e
principalmente ter treinamento e conhecimento sobre o Plano de Resgate.
A
seguir destacamos as etapas do Plano de Resgate:
Avaliação
da Situação:
Identificação
dos riscos: Gases tóxicos, falta de oxigênio,
instabilidade da estrutura, etc;
Verificação
das condições da vítima: Consciência, respiração, sinais vitais;
Escolha
da técnica de resgate: Optar entre o resgate com ou sem entrada;
Preparação
da Equipe:
Verificação
dos equipamentos: Tripés, cordas, talabartes, máscaras de ar,
trajes de proteção química, etc;
Comunicação:
Estabelecimento de um sistema de comunicação claro e eficiente entre todos os
membros da equipe;
Atribuição
de funções: Cada membro da equipe deve ter uma função
específica e clara;
Execução
do Resgate:
Acesso
ao espaço confinado: Utilizando os equipamentos de segurança
adequados;
Imobilização
e estabilização da vítima: Protegendo-a contra quedas e outros
riscos;
Remoção
da vítima: Utilizando técnicas de içamento e transporte adequadas;
Atendimento
médico: Fornecendo os primeiros socorros e transportando a vítima
para um hospital, se necessário.
Recuperação
dos equipamentos:
Limpeza
e desinfecção: Para garantir a segurança em futuras
operações;
Verificação: Para
identificar possíveis danos e realizar os reparos necessários.
O trabalho seguro no espaço confinado também exige a
implementação dos procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho - PET, a sinalização
permanente, implementação de medidas de controle da atmosfera, a elaboração
do Programa de Gerenciamento de
Riscos - PGR, Capacitação, o Gerenciamento
de Riscos Ocupacionais - GRO, uso de Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s, entre outros
procedimentos.
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