APRENDA
A FAZER UM MAPA DE RISCOS E EVITE ACIDENTES DE TRABALHO
Se você atua na área de segurança do trabalho e anda
buscando alguma ideia para inovar em seu serviço, está na hora de conhecer
melhor o mapa de riscos. Essa é uma ferramenta bem interessante para empresas e
gestores que buscam diminuir os acidentes de trabalho em seu cotidiano.
Veja as principais informações a respeito desse
recurso, garanta melhores resultados e valorize seu trabalho perante
seus colegas e chefes. Acompanhe!
O
mapa de riscos contra os acidentes de trabalho
Desenvolvido na Itália nos anos 60, o mapa de riscos
foi mais divulgado em nosso país por causa da crescente industrialização
ocorrida na da década de 70.
Trata-se de uma ferramenta que oferece uma visualização
intuitiva dos potenciais riscos no desenvolvimento do trabalho por parte dos
funcionários de uma empresa.
Ele é uma peça-chave na segurança para diminuir o
grau de riscos e deve constar em toda empresa que apresentar qualquer tipo
de riscos de trabalho, independentemente do seu tamanho ou segmento. Por isso,
se sua empresa ainda não tem um, é bom reconsiderar sobre a necessidade de
resolver essa pendência.
Com indicações padronizadas e de rápido entendimento,
seu objetivo principal é, depois de um estudo prévio e bem orientado, mostrar a
todos que costumam atuar em determinadas áreas quais os riscos mais elevados de
acidentes ou do desenvolvimento de doenças decorrentes do trabalho.
Regulamentação
e responsabilidades
A Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (CIPA) tem
a responsabilidade de elaborar o mapa de riscos perante a NR 5. Também de
acordo com a normativa, cabe multa à empresa que não tiver um mapa de riscos.
Para mais detalhes sobre essa legislação, sugerimos
que você dê uma olhada nos itens 5.16 e 1.7, Letra A da NR 5. Além disso,
um curso na área de segurança do trabalho pode te capacitar ainda
mais para a função.
Ainda sobre a confecção do seu mapa de riscos para
evitar acidentes de trabalho e doenças correlatas, é importante que você busque
apoio na hora de confeccioná-lo. Além de envolver o pessoal da CIPA, você deve
buscar a equipe do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina
do Trabalho (SESMT).
Todos os dois grupos já passaram por experiências de
trabalhos anteriores e conseguem levantar mais estatísticas sobre o mundo dos
acidentes de trabalho, o que ajuda bastante na hora de desenvolver um plano de
prevenção a acidentes.
No desenvolvimento do seu mapa de riscos é muito
importante que você busque ainda a participação de mais dois grupos diretamente
envolvidos no assunto: seu pessoal de casa mais experiente e também os
funcionários que vivenciam o ambiente.
Juntamente aos registros dos acidentes de trabalho que
possam ter acontecido em sua empresa, o pessoal com mais tempo no negócio
poderá detalhar melhor os casos que conhecem e trazer informações que talvez
não tenham sido propriamente registradas, mas que serão úteis na elaboração do
seu mapa de riscos.
Quanto aos colaboradores que atualmente exercem funções
dentro da planta, eles são muito importantes para oferecer impressões sobre o
que reparam na rotina do trabalho.
Esses depoimentos, com certeza, vão corroborar com
algumas impressões sobre os perigos iminentes que talvez você já tenha
considerado ou oferecer pistas de novas ameaças ainda não listadas.
Considerando toda essa experiência conjunta com a
metodologia já conhecida e experimentada da ferramenta e com um bom cruzamento
de informações da sua folha de pessoal, que vai trazer detalhes à tona como
idade, gênero, ferramentas utilizadas e função, você terá em mãos tudo o que é
necessário para o desenvolvimento de um bom mapa de riscos.
A
criação do seu mapa de riscos
Levantadas as informações relevantes para a tarefa, é
chegada a hora da efetiva criação do seu mapa. Para isso, ter uma planta baixa
da empresa é uma ótima ideia, mas se não houver, tudo bem: um croqui resolve.
Para ficar de fácil entendimento, o mapa de riscos
trabalha com informações gráficas alterando tamanhos de formas e cores.
Utilizando o croqui ou planta da empresa, identifique
as áreas onde existem os riscos. A classificação deles será dada pelas
seguintes cores:
1. Grupo de riscos físicos (VERDE): vibrações, radiação ionizante e
não ionizante, calor, frio umidade e pressões anormais.
2. Grupo de riscos químicos (VERMELHO): neblinas, gases, vapores,
poeiras, fumos, substâncias compostas e produtos químicos em geral.
3. Grupo de riscos biológicos (MARROM): bactérias, vírus, parasitas,
bactérias e bacilos.
4. Grupo de riscos ergonômicos (AMARELO): levantamento e transporte
manual de peso, controle rígido de produtividade, esforço físico intenso,
imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno noturno, monotonia e
repetitividade, jornadas de trabalho prolongadas e outras situações
provocadoras de estresses psíquico e físico.
5. Grupo de riscos de acidentes (AZUL): máquinas e equipamentos sem
proteção, iluminação inadequada, probabilidade de incêndios ou explosões,
animais peçonhentos, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado e
outras situações que possam acabar em acidentes.
Para identificar na sua planta a gravidade do risco
correspondente a cada cor conforme indicada, você deverá incluir círculos com
tamanhos diferentes e nas cores dos riscos relacionados. Para os riscos de
acidentes de trabalho menos expressivos, coloque um círculo pequeno.
Em locais onde as chances de acidades e doenças de
trabalho são razoáveis, utilize círculos medianos. As regiões onde os riscos
forem maiores deverão ser indicadas com círculos maiores.
Utilizando tais proporções de tamanhos dos círculos
com a atenção que deve ser dada a cada ameaça e o tipo de perigo indicado pela
cor, somente falta fazer uma coisa: escrever exatamente qual o risco indicado
no mapa.
Assim, se uma área for identificada com um círculo
verde (riscos físicos), é importante que você coloque, por exemplo, a palavra
“calor”. Dessa maneira, todos saberão que há alguma chance de acidentes naquela
área por queimaduras físicas.
Depois de feito todo o trabalho, é muito importante
que você cuide para que cada mapa de risco seja afixado nas áreas
correspondentes e que todos os funcionários sejam informados de como eles
identificam os riscos daquele setor.
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