quinta-feira, 28 de maio de 2020









O QUE É A OHSAS 18001?
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Seja bem-vindo ao artigo que aborda todas as informações importantes que você precisa saber sobre a Norma ABNT OHSAS 18001, uma das mais requeridas no mercado internacional.


Vamos tratar neste artigo sobre o que ela é, sua origem, seus benefícios para empresas e sua relação com a ISO 45001.


Qual a origem da OHSAS 18001?


OHSAS é uma sigla em inglês para Occupational Health and Safety Assessment Series, cuja melhor tradução é Série de Avaliação de Segurança e Saúde Ocupacional. 


OHSAS 18001


A OHSAS 18001 é fruto de uma série de normas britânicas, desenvolvidas pelo BSI Group.


É uma norma internacional que define os requisitos mínimos para a construção de um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional (SSO) para todos os tipos de organizações, independentemente do tamanho que elas tenham.


Para tanto, a organização deve estudar os perigos e riscos do trabalho realizado pelos trabalhadores (próprios ou terceiros).


Ou seja, é uma “ferramenta” para que a organização implante e se avalie quanto aos seus procedimentos de saúde e segurança do trabalho.


Essa norma foi criada para suprir a urgente necessidade do mercado: a falta de uma norma de Sistema de Gestão da Saúde e da Segurança do Trabalho reconhecida internacionalmente e certificável.


Dessa forma, essa norma visa proteger e assegurar que os trabalhadores tenham um ambiente de trabalho saudável e seguro.


Sua adoção


A OHSAS 18001 é adotada de forma voluntária pelas empresas, não havendo uma obrigatoriedade na sua implantação.


  • Geralmente, é inserida pelas empresas por:

  • Busca por maior segurança e saúde dos trabalhadores;

  • Marketing;

  • E/ou exigência do mercado.


O sistema de gestão proposto por essa norma pode ser integrado ao sistema de gestão ambiental e ao sistema de qualidade. Todavia, é independente deles.


Objetivo da OHSAS 18001


A OHSAS 18001 estabelece como as empresas podem controlar os riscos ambientais já existentes ou que possam vir a existir no ambiente de trabalho, considerando a saúde, segurança e integridade dos trabalhadores.


Foi redigida de modo a ser aplicável às organizações de todos os tipos e dimensões, além de adaptar-se a diversas condições geográficas, culturais e sociais.


e por que devo implementá-la?


Hoje em dia é essencial que as empresas se preocupem e demonstrem seu compromisso com a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.


Um Sistema de Gestão de SSO promove esse ambiente de trabalho seguro e saudável.


E isso é possível por meio da identificação e controle consistente, por parte da empresa, de seus riscos à segurança e saúde.


O sucesso da implantação dessa norma depende do compromisso de todos os níveis e funções da organização, em especial da diretoria.


Desse modo, ao verificar essas questões, a organização estará reduzindo a probabilidade de acidentes, irá atender as disposições legais pertinentes e melhorar seu desempenho de maneira geral.


Quais são os benefícios da OHSAS 18001?


  • Reduzir os riscos de acidentes, doenças ocupacionais;

  • Aumenta a identificação e a motivação dos colaboradores;

  • Aumento da credibilidade e visibilidade da empresa;

  • Isso porque ela demonstra seu comprometimento em ter um ambiente saudável e seguro para seus empregados.



Fornecedor qualificado;


Permite a sua empresa trabalhar em parceria com empresas que exigem certificação OHSAS 18001 como requisito contratual.


Evita o risco de passivos trabalhistas e ações judiciais,


Isso porque está em dia com as obrigações legais aplicáveis ao empreendimento.


  • Identificação dos perigos e riscos presentes no ambiente de trabalho;

  • Aumento da produtividade;

  • Melhoria na qualidade dos serviços e produtos;

  • Redução dos custos;

  • Melhoria contínua;

  • Bem-estar no ambiente de trabalho;

  • Dentre outros.


Como é o funcionamento da OHSAS 18001?


A certificação na OHSAS 18001 tem como base a antecipação dos riscos que as atividades da sua empresa podem trazer à saúde e segurança dos trabalhadores.


Além disso, sua estrutura assemelha-se com a ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade) e a ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental), como por exemplo o modelo PDCA – Planejar -Executar – Verificar – Atuar ou Plan-Do-Check-Act.

Isso permite que sejam perfeitamente integradas a um único sistema de gestão, popularmente denominado por Sistema de Gestão Integrada.
PDCA – OHSAS 18001






Esta metodologia pode ser explicada da seguinte forma:

  • Planejar: nesta fase, a empresa estabelece os objetivos e os processos necessários para atingir seus resultados, de acordo com a sua política de gestão de SSO;

  • Executar: nesta irá implementar os processos na empresa;

  • Verificar: a empresa irá monitorar os processos tendo em vista a política de gestão de SSO, seus objetivos, normas legais e outros requisitos, e relatar os resultados;

  • Atuar: O que irá gerar melhorias continuas para a gestão de SSO.


Sendo assim, o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho é facilmente integrado com outros Sistemas de Gestão, como da Qualidade ou do Ambiente.


Quais são os principais itens da OHSAS 18001?


São as seções principais:


1- Introdução


2- Sistemas de gestão da saúde e da segurança do trabalho – requisitos (objetivo, definições)


3- Requisitos do sistema de gestão da SST (planejamento, requisitos legais)


4- Implementação e operação (recursos, atribuições, obrigações e autoridade)


5- Verificação (não conformidades, ação corretiva)


6- Relação com as demais normas.


Como faço para implementar a OHSAS 18001?


Segue um passo a passo:


1 – Estabeleça uma política de saúde, higiene e segurança no trabalho;


2 – Identifique os prováveis perigos e riscos para a saúde e a segurança dos trabalhadores, sejam eles químicos, físicos, biológicos ou organizacionais;


3 – Cumpra as disposições normativas legais vigentes de SSO;


4 – Estabeleça um controle operacional para as atividades que tenham alguma chance de risco;


5 – Documente, registre e mantenha os processos;


6 – Divulgue a política de gestão de SSO à todos os colaboradores;


7 – Revise periodicamente a política de gestão, promovendo a melhoria contínua dos processos e realize verificação interna por meio de auditorias.


OHSAS 18001 e os Requisitos Legais


Um dos principais itens da OHSAS 18001 é o atendimento às obrigações legais aplicáveis ao sistema de gestão de SSO.


Isso se deve ao fato de que uma empresa que atende às disposições legais vigentes está, de fato, comprometida com o melhor para seus empregados.


E este é um fato tão importante que as auditorias de certificação possuem uma fase específica para analisar se as empresas estão de fato cumprindo com as normas.


Assim, é essencial que as empresas tenham um registro de atendimento da legislação aplicável ao seu negócio.


OHSAS 18001 x ISO 45001

A OHSAS 18001 será substituída pela ISO 45001.

A  ISO 45001 promete vir aprimorar o Sistema de Gestão em SST e torná-lo mais eficiente e melhor aplicável.

Tendo em vista essa mudança, preparamos um guia completo com todas as informações que você precisa saber sobre o assunto.



“OHSAS 18001 E ISO 45001: PRINCIPAIS MUDANÇAS”, NO QUAL DESTACAMOS OS BENEFÍCIOS DA NOVA NORMA.





A norma internacional OHSAS 18001 foi substituída pela norma ABNT ISO 45001. A mudança vem sendo discutida há alguns meses, mas foi em janeiro deste ano que a nova norma de saúde e segurança ocupacional foi publicada e em março ela entrará em vigor.


Principais mudanças da ISO 45001! Conheça!

Abaixo apontaremos as principais mudanças na nova norma ABNT ISO 45001:

– Estrutura do Anexo SL

Está é a maior diferença entre a OHSAS 18001 e a ISO 45001. O anexo SL é um padrão das normas da ABNT, que segue com uma terminologia e estrutura padronizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.


Veja abaixo o padrão do Anexo SL:

Prefácio





Introdução

1. Escopo

2. Referências normativas

3. Termos e definições

Contexto da organização

4.1 Entendendo a organização e seu contexto
4.2 Entendendo as necessidades e expectativas das partes interessadas
4.3 Determinação do escopo do sistema de gestão da SST
4.4 Sistema de gestão da SST

Liderança

5.1 Liderança e comprometimento
5.2 Política
5.3 Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais

Planejamento

6.1 Ações para tratar riscos e oportunidades
6.1.1 Generalidades
6.1.2 Identificação de perigos
6.1.3 Determinação de requisitos legais e outros requisitos
6.1.4 Avaliação de riscos de SST
6.1.5 Planejamento de mudanças
6.1.6 Planejamento para tomar ações
6.2 Objetivos de SST e planejamento de como alcançá-los
6.2.1 Objetivos de SST
6.2.2 Planejamento para alcançar os objetivos de SST

Suporte

7.1 Recursos
7.2 Competência
7.3 Conscientização
7.4 Informação, comunicação, participação e consulta
7.4.1 Informação e comunicação
7.4.2 Participação, consulta e representação
7.5 Informação documentada
7.5.1 Generalidades
7.5.2 Criação e atualização
7.5.3 Controle da informação documentada

Operação

8.1 Planejamento e controle operacional
8.1.1 Generalidades
8.1.2 Hierarquia de controle
8.2 Gestão de mudanças
8.3 Terceirização
8.4 Aquisição
8.5 Contratados
8.6 Preparação e resposta a emergências

Avaliação do desempenho

9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação
9.1.1 Generalidades
9.1.2 Avaliação de Compliance
9.2 Auditoria interna
9.2.1 Objetivos da auditoria interna
9.2.2 Processo da auditoria interna
9.3 Análise crítica pela direção

Melhoria

10.1 Incidente, não-conformidade e ação corretiva
10.2 Melhoria contínua

Anexo A (informativo) Orientações para uso desta Norma

– Alinhamento com as normas nacionais de Saúde e Segurança Ocupacional
Há uma grande variedade de normas relacionadas a saúde e segurança dos trabalhadores. A ISSO 45001 vem para estar alinhada com as normas nacionais de SSO, com o objetivo de diminuir a fragmentação deste mercado.

– Contexto da organização
Seguindo o Anexo SL, que é padronizado pela ABNT, terá um foco maior na empresa. Com isso, as organizações deverão considerar também os impactos diretos dos problemas de SSO, e também levar em questão a sociedade como um todo e como o trabalho da empresa pode impactar as comunidades do seu entorno.


Dados sobre problemas relacionados à falta do Sistema de Saúde e Segurança Ocupacional nas empresas





Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), acontecem em todo o mundo aproximadamente 337 milhões de acidentes do trabalho não fatais. As pesquisas mostram também que a cada ano tem-se 16 milhões de casos de doenças relacionadas ao trabalho. Os dados têm se mostrado alarmantes.


Mais de 6300 pessoas morrem a cada dia devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. A carga de lesões e doenças profissionais é significativo, tanto para empregadores quanto para a economia em geral, resultando em perdas de reformas antecipadas e a ausência do pessoal.


A regulamentação e a normatização têm como objetivo a diminuição desses números de acidentes e doenças do trabalho. Essa nova norma integra sistemas de gestão já existentes, e com isso complementando também os aspectos relacionados à segurança e bem-estar dos trabalhadores.


A nova norma também está pronta para ser adequada aos outros sistemas da ISO, como a ISO 9001 e a ISO 14001.


O valor da ISO 45001




Com a consciência da melhoria das condições de trabalho e a necessidade de cumprir as obrigações legais, as empresas têm colocado a saúde e segurança do trabalhador com prioridade, e não apenas como uma ação secundária do negócio.


A implementação da ISO 45001 se tornou uma necessidade das empresas que procuram aumentar a produtividade do negócio a partir do investimento do bem-estar dos colaboradores.


Mais algumas mudanças da ISO 45001

Quanto a norma, vejamos mais algumas mudanças que podem ser esperadas:


Maior envolvimento da alta direção

Os gestores deverão se posicionar perante as responsabilidades de proteção a integridade de seus trabalhadores. A alta direção deverá se comunicar com as partes interessadas do seu sistema de saúde e segurança do trabalho, além de treinar e capacitar as pessoas para contribuição geral de todo o sistema.


Substituta a OHSAS 18001, a ISO 45001 terá como objetivo melhorar a segurança dos funcionários, reduzir os riscos no local e criar melhores condições de trabalho, em todo o mundo.


O padrão terá a mesma estrutura da ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015, inclusive a terminologia. Isso facilitará o processo de integração.


Como sua empresa pode implantar a nova norma?




Se a sua empresa já conta com um Sistema de Gestão de Saúde e Saúde do Trabalho (SGSST) o processo será muito mais simples, basta apenas implementar as mudanças com ajuda de uma empresa especialista e procurar uma certificadora para a conquista do selo.

Uma Consultorias pode auxiliar sua empresa em cada um dos detalhes que foram alterados de uma norma para a outra e conduzi-lo no processo de certificação.


Para escolher uma certificadora, deverá ser credenciada pelo INMETRO.





Fonte





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GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO:
UM GUIA COMPLETO PARA VOCÊ



Exercer uma boa gestão de segurança do trabalho é uma das principais preocupações dos gestores, pois minimiza a ocorrência dos riscos ambientais de trabalho - como os de acidentes ou ergonômicos. Por essa razão que investir nessa gestão é crucial para o desenvolvimento saudável da empresa, bem como sua sobrevivência a longo prazo.


Esse é um conceito complexo que envolve muitos termos, documentos e metodologias, gerando inúmeras dúvidas tanto para profissionais no ramo como gestores. Por meio deste artigo, apresentamos um guia completo que responderá às principais questões sobre o assunto. Confira!


Qual é o conceito de gestão de segurança do trabalho?


A segurança do trabalho é um conjunto de normas, ações, atividades e medidas preventivas destinadas à melhoria do ambiente de trabalho, prevenção de ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e proteção à integridade e capacidade do trabalhador.


No Brasil, esse conceito é tratado como Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), que é obrigatória a todas as empresas e regulamentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego por meio de Normas Regulamentadoras (NR’s).


Geralmente as empresas têm um departamento destinado à gestão da segurança e saúde do trabalho (SST), os responsáveis realizam estudos para identificar possíveis causas de acidentes ou doenças, bem como desenvolvem procedimentos, metodologias e técnicas que garantam o controle e prevenção dessas ocorrências.


Quais são os termos mais comuns da segurança do trabalho?

Antes de conhecer as NR’s sobre a segurança do trabalho, é relevante conhecer os termos e as siglas usadas na SST. Assim você elimina eventuais dúvidas que você ao seu aprofundar no assunto. A seguir esclarecemos alguns deles.


Comissão Interna de Prevenção dos Acidentes (CIPA)

Trata-se de um grupo formado pelos representantes dos funcionários e da empresa, sendo que os primeiros são eleitos pelos colaboradores enquanto os segundos são indicados pelos empreendedores. Esses representantes fazem reuniões para discutir situações de risco na empresa e discutir suas respectivas soluções.


Mapa de risco

Trata-se de uma representação visual de todos riscos e suas intensidades presentes no ambiente de trabalho, além de incluir medidas preventivas e corretivas para evitar situações de risco. Ele é obrigatório e deve estruturado pelos membros da CIPA.


Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

Esse é um programa que estabelece metodologias para garantir uma melhor qualidade de vida para os colaboradores, evitando doenças e acidentes do trabalho por meio da análise do ambiente. Todas as empresas devem ter o PPRA, independente do risco que os funcionários estão suscetíveis.


Programa de Controle Médico de Saúde operacional (PCMSO)

Esse é outro programa que objetiva identificar de forma antecipada os desvios capazes de comprometer a saúde dos funcionários. As atividades inclusas no PCMSO estão o mapeamento de zonas de risco, identificação de doenças por meio de exames ocupacionais, realização o mapeamento das doenças mais frequentes e direcionamento dos colaboradores para tratamentos.


Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

São acessórios e produtos de uso individual que têm a finalidade de proteger os usuários contra ameaças à sua saúde e segurança. Eles devem ser fornecidos pelo empregador e podem eliminar total ou parcialmente os riscos do ambiente de trabalho.


Alguns exemplos de EPIs são:

  • óculos de proteção;


  • protetor auricular;


  • abafador de som;


  • capacete;


  • luva;


  • cinto de segurança;


  • protetor solar.



Ficha de EPI

Documento que comprova que os EPI’s foram devidamente entregues aos funcionários, devendo ser assinado pelos mesmos antes de iniciar a atividade. Isso garante que a empresa não seja penalizada pela falta de entrega dos equipamentos em eventual litígio judicial.


Ordem de serviço

Essa ordem tem a finalidade de apresentar os riscos presentes no ambiente de trabalho ao colaborador, bem como apresentar as medidas de proteção que devem ser usadas ao desenvolver as atividades.


Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)

Esse atestado evidencia se o colaborador está apto ou não para exercer uma determinada função. No documento são registrados os exames de admissão, de desligamento, de retorno ao trabalho e de alteração de funções realizadas pelo colaborador.


Laudo Técnico da Condição de Ambiente do Trabalho (LTCAT)

Obrigatório para empresas que têm funcionários celetistas (contratados de forma direta), independente do setor de atuação e número do pessoal. O documento apresenta se os colaboradores têm direito a aposentadoria especial, que é concedida aos trabalhadores que são expostos a agentes nocivos à saúde.


Laudo de Insalubridade

Esse é um laudo que documenta a existência de agentes que causam danos graduais à saúde e integridade do trabalhador, o que gera a obrigação do pagamento de adicional de insalubridade. Alguns exemplos desses agentes são ruídos, umidade, frio e radiações não ionizantes.


Laudo de Periculosidade

Esse documento define a existência ou não de situações que colocam a vida do colaborador em risco de morte, como manejo de explosivos, inflamáveis, substâncias radioativas e a atividade de segurança. Tudo isso gera o direito de adicional de periculosidade.


O que são normas regulamentadoras (NR)?

As normas regulamentadoras (NR) são textos legais relativos à segurança e medicina do trabalho, elas trazem de forma detalhada as atividades práticas a serem exercidas pelas entidades para garantir a segurança no ambiente de trabalho.

Atualmente há 36 NR’s aprovadas pelo MTE que tratam de diferentes aspectos e áreas, como indústria, agricultura, mineração, trabalha a céu aberto, procedimentos contra incêndios etc.

Elas devem ser seguidas obrigatoriamente pelas empresas privadas, públicas e órgãos da administração direta e indireta que possuem funcionários regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).


Quais são as principais NR’s sobre segurança do trabalho?

Apesar do amplo número de normas, são apenas 7 as NRs que dizem respeito à saúde e segurança do trabalho. Confira-as nos tópicos abaixo.


NR 1 — Disposições gerais

Trata-se de um documento base para aplicação de todas as outras NR’s. Ela apresenta, de forma geral, os direitos e obrigações dos empregadores, funcionários e o governo em relação à SST.

A NR 1 considera empregador qualquer entidade que tenham empregados. Bem como afirmar que as frentes do trabalho, canteiros de obra e outros locais onde são exercidos os trabalhos devem ser considerados parte da empresa para aplicação da norma.


NR 2 — Inspeção prévia

Determina que todo estabelecimento deve requisitar a inspeção e aprovação das instalações pelo MTE antes de iniciar suas atividades ou quando realizar modificações no ambiente.

Se a inspeção na empresa não for aprovada, ela ficará impedida de funcionar, mas a apresentação dos projetos de construção das instalações é opcional. Porém, essa NR 2 está atualmente revogada, por força da Portaria n. º 915/2019 da SEPREVT.


NR 4 — Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)

Estabelece quando as organizações devem constituir o SESMT, que é um grupo formado por profissionais das áreas de segurança e da saúde.

O SESMT é um serviço que elimina ou reduz riscos do trabalho, impõe o uso de EPIs, conscientiza e orienta os colaboradores, registra a ocorrência de acidentes, entre outras funcionalidades. A NR 4 também apresenta modelos de documentos do SESMT, com espaços para colocar o número de acidentes (com ou sem vítimas), insalubridade e doenças ocupacionais.


NR 5 — Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

Essa norma detalha a formação, diretrizes e funcionamento da CIPA, incluindo:

  • sua forma de constituições;


  • atribuições;


  • processo eleitoral dos representantes;


  • treinamento dos membros eleitos;


  • quantidade de membros (que varia de acordo com o número de empregados e área de atuação).



NR 6 — Equipamento de Proteção Individual (EPI)

A NR 6 explica o que são EPIs e traz uma lista de equipamentos que se encaixam no seu conceito. Ela também determina que as empresas devem fornecê-los obrigatoriamente aos colaboradores de acordo com as atividades desenvolvidas, bem como capacitar e registrar o pessoal que os utilizam.


NR 7 — Programa de Controle Médico de saúde Ocupacional (PCMSO)

Traz a obrigatoriedade da implementação do PCMSO, com o objetivo de promover e preservar a saúde dos funcionários. De acordo com a norma, o programa deve ser coordenado por um médico do trabalho, que também mapeará as zonas de risco e coordenará a realização dos exames ocupacionais periódicos para identificar doenças de forma antecipada.


NR 26 — Sinalização de segurança

Estabelece que os riscos presentes no ambiente de trabalho deverão ser sinalizados utilizando determinadas cores. A cor laranja é utilizada para indicar perigo, indicando que há partes móveis de equipamentos ou dispositivos elétricos, por exemplo.
A NR 26 também traz como a rotulagem deve ser feita, qual a classificação a ser utilizada, como será elaborada a ficha dos produtos químicos, entre outras obrigações. Além disso, os funcionários devem receber treinamentos adequados para compreender todas essas informações.


Quais são as vantagens da boa gestão de segurança do trabalho?

Exercer uma boa gestão de segurança do trabalho traz mais vantagens do que muitos gestores imaginam. Esses proveitos estão diretamente ligados à maior segurança no ambiente de trabalho, mas ainda se desdobram em diferentes impactos positivos tanto para as empresas como para os funcionários. Entenda melhor a seguir.


Redução dos custos

Apesar de ser necessário desembolsar certa quantia para investir na gestão de segurança do trabalho, a empresa terá um retorno financeiro através da minimização dos riscos que gerariam diversos custos como:

  • indenização decorrente de acidentes de trabalho;


  • multas dos órgãos fiscalizadores;


  • danos às máquinas;


  • afastamentos constantes dos colaboradores;


  • entre outros.



Aumento da qualidade de vida

Com a aplicação das normas regulamentadoras, a empresa promoverá uma melhor qualidade de vida de todos os presentes no ambiente de trabalho, como os operadores, supervisores, gestores e até clientes.


Aumento da produtividade

O fato de o ambiente de trabalho ser mais seguro torna o clima organizacional mais agradável, sendo importante para aumentar a produtividade do escritório ou aumentar a produtividade dos funcionários da empresa, ou da indústria. Isso acontece das seguintes formas:

  • o colaborador estará mais motivados a trabalhar;


  • há maior confiança entre as equipes;


  • a relação entre os grupos é melhorada, fazendo com eles se ajudem na resolução de problemas.


Além disso, o pessoal conseguirá utilizar os equipamentos e as máquinas com mais eficiência, pois eles passarão por treinamentos específicos de segurança.


Retenção de talentos

Talentos são colaboradores que se identificam com os valores das empresas e desejam o seu sucesso no mercado, assim eles são mais produtivos e almejam crescer na organização. Entretanto, eles buscam condições melhores de trabalho, por isso é importante que você invista na segurança do trabalho para atrair e reter os funcionários com esse perfil.

Isso também diminui o turnover (rotatividade de funcionários) do negócio, o que reduz despesas com encargos trabalhistas decorrentes de desligamentos, custos com processos seletivos — o que inclui entrevista, dinâmicas, testes — e treinamentos.


Melhoria da imagem da empresa

Implementar uma boa gestão de segurança do trabalho melhora sua credibilidade e reputação perante a sociedade de forma generalizada.

Isso inclui os:

  • clientes internos (colaboradores): atrai talentos e líderes que buscam melhor qualidade de vida;


  • clientes externos (clientes): atualmente as pessoas estão mais preocupadas com causas sociais, por isso terão uma visão melhor da empresa;


  • parceiros e fornecedores: enxergarão o negócio com maior profissionalismo e saberão que ela conseguirá sobreviver a longo prazo, o que pode gerar negociações mais benéficas.


Além disso, a gestão de segurança do trabalho diminui o índice de reclamações trabalhistas da empresa, o que possibilita maior organização financeira e, consequentemente, permite que ela obtenha melhores condições de empréstimos e financiamentos perante instituições financeiras e bancárias.


Quais são as funções do departamento de segurança do trabalho?

Como a segurança do trabalho é um tema extenso e complexo, as funções desse departamento são bastante amplas. Para que você entenda melhor sobre o trabalho dos profissionais do ramo, listamos neste tópico as principais atividades desempenhadas na rotina da empresa.


Avaliar os ambientes de trabalho

O primeiro trabalho exercido pelos profissionais é a avaliação do ambiente de trabalho empresarial. Eles realizarão o diagnóstico completo dos riscos ambientais. Aqui há duas formas de fazê-lo:

  • avaliação qualitativa: consiste em conversar com os colaboradores de cada setor para identificar as atividades exercidas e funções realizadas na empresa;


  • avaliação quantitativa: feita pelo técnico em segurança e com equipamento de medição para identificar os agentes ambientais.



Cuidar da integridade dos colaboradores

O setor se preocupará em cuidar da saúde e integridade dos funcionários é aplicado em todos os sentidos (psicológico, físico e mental). Os profissionais avaliarão ambientes de trabalho e medir riscos, níveis de insalubridade etc.
Será a partir desse estudo de doenças e acidentes, bem como o acompanhamento das situações de risco e da integridade ocupacional que o setor será encarregado de elaborar pareceres médicos sobre a integridade dos funcionários.


Determinar procedimentos e cuidados

O pessoal do setor também terá a responsabilidade de fazer e promover o mapa de risco, educar os gestores sobre as ameaças, efetuar treinamentos para as operações e mais.

Por exemplo, um colaborador que depende várias horas seguidas digitando em um computador precisa seguir a NR 17, que dispõe sobre a distância mínima da tela, altura da escrivaninha, tipo de cadeira e mais. O objetivo do setor será o de evitar que o funcionário desenvolva lesões como DORT, LER, entre outras.


Garantir o cumprimento das normas regulamentadoras

Mesmo que os gestores e funcionários conheçam as regras de segurança, eles terão dificuldades em segui-las à risca, já que elas são bastante extensas e complexas. Por isso os profissionais também deverão providenciar EPIs, acompanhar a manutenção dos aparelhos, tomar as medidas para que os demais colaboradores as sigam etc.


Realizar demais atividades que lhe são competentes

Ainda há um amplo número de atividades desempenhadas pelo setor. Alguns exemplos das outras atividades são:

  • acompanhar perícias;


  • divulgar e elaborar o mapa de risco e o programa de segurança;


  • elaborar o mapa de risco;


  • fornecer e orientar a entrega dos EPIs;


  • elaborar o laudo ergonômico;


  • preencher CAT e EPP;


  • promover o programa de proteção respiratória e auditiva;


  • efetuar palestras sobre segurança;


  • fazer inspeção periódica com envio de relatórios;


  • elaborar ordem de serviço operacional;


  • realizar treinamentos introdutórios de segurança e específicos por função;


  • entre outras.



Como implementar esse departamento na empresa na prática?

Toda empresa deve ter um departamento de gestão de segurança do trabalho. Se você quer saber como implementá-lo de eficiente, veja os passos abaixo.


Desenvolva um plano de ação

Trata-se de um planejamento específico para sua empresa que criará o departamento, devendo ser elaborado em conjunto pelo gestor e profissionais da área. Basicamente, ele consiste nos seguintes passos:

  • identificação de problemas: encontram-se problemas que podem ocorrer no ambiente de trabalho;


  • estudo da situação: análise minuciosa de todos os setores da empresa e suas características;


  • definição das equipes de trabalho: definição da equipe responsável pela segurança do trabalho;


  • definição das ações: registro dos objetivos, metas, custos, data de início e fim da atividade, forma de medição dos resultados etc.;


  • mobilização: envolvimento de todos os colaboradores sobre a segurança do trabalho;


  • avaliação das ações: medição dos resultados atingidos.



Implemente o OHSAS 18001

O OHSAS 18001 (também conhecido como ISO 45001) é uma certificação que se baseia em um padrão internacional de segurança do trabalho e focada no Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO).

Essa é uma iniciativa que aperfeiçoa a performance da segurança e saúde do trabalho das empresas, fornecendo as orientações e ferramentas necessárias para fazê-lo.


Conheça as funções de cada profissional do setor

No setor há diferentes profissionais e cada um contribui para a gestão de segurança do trabalho com seus conhecimentos técnicos específicos. Confira os cargos e seus respectivos requisitos mínimos para cumpri-los:

  • técnico da segurança de trabalho: deve ter curso técnico na área e registro no MTE;


  • engenheiro da segurança de trabalho: graduado em arquitetura ou engenharia e ser especializado na engenharia da segurança do trabalho;


  • médico de trabalho: deve ter diploma de médico, especializado na medicina do trabalho ou residência em uma área afim;


  • enfermeiro de trabalho: formado em enfermagem com pós-graduação na enfermagem do trabalho;


  • auxiliar de enfermagem de trabalho: técnico em enfermagem com especializado em enfermagem de trabalho.


É possível terceirizar os serviços de segurança do trabalho, ou seja, é contratada uma empresa especializada no ramo para lidar sobre essas questões. Isso elimina gastos e riscos decorrentes das contratações diretas, como também há terceirizadas para certos setores, como SST para empresas contábeis.


5 dicas para fazer uma gestão da segurança do trabalho eficaz?

Neste tópico trazemos as dicas mais eficientes para que o departamento de segurança do trabalho de forma eficiente, garantindo a melhor qualidade de vida do ambiente.


1. Elabore um check-list

Crie planilhas destinadas à checagem da usabilidade e controle de manutenção periódicas de ferramentas EPIs, materiais, equipamentos etc. Entre alguns itens dessas listas estão:

  • ferramentas: verifique se há necessidade de enviar ferramentas para a área de reparos;


  • EPIs: consiste no uso de capacetes, lucras, botas, coletes, aventais e outros usados na rotina da empresa;


  • máquinas: certifique-se que as máquinas estão plenamente operáveis.



2. Monitore os processos

Designe um supervisor para acompanhar de perto a execução das atividades desempenhadas pelos operadores, garantindo que tudo ocorra conforme planejado e imprevistos sejam evitados.


3. Realize a manutenção das máquinas

Estruture um cronograma para realização de manutenção das máquinas utilizadas pelos colaboradores. É importante que você conheça os tipos de manutenções existentes e aplique a preventiva. Entenda cada tipo:

  • preventiva: realizam-se reparos antecipadamente com o objetivo de evitar que ele apresente defeitos durante o trabalho;corretiva: corrige os defeitos dos equipamentos depois que os defeitos surgem;


  • preditiva: monitora-se a máquina com o intuito de identificar suas condições de funcionamento.



4. Invista em treinamentos de integração

Trata-se de um treinamento introdutório que deve ser ministrado assim que um funcionário é admitido.  Ele somente pode ser ministrado após a contratação do empregado e durante horário de expediente do colaborador.


5. Crie programas de incentivo

Essas são metodologias baseadas no esforço e recompensa dos colaboradores pelos seus trabalhos. Crie programas de incentivo cujas metas incluem a utilização dos EPIs e cumprimento dos procedimentos na área.


Qual é a relação entre o eSocial e a gestão de segurança do trabalho?

O eSocial é um sistema em que as empresas comunicam o Governo as informações previdenciárias e trabalhistas de seus colaboradores. Essa novidade fornecerá maior economia e simplicidade no cumprimento das obrigações.

Os gestores devem considerar as especificidades, mudanças e obrigações do eSocial na SST ao falarmos sobre a gestão de segurança do trabalho, já que a sua utilização será obrigatória para as empresas a partir das seguintes datas:

  • julho/2019: empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões em 2016 (grupo 1);


  • janeiro/2020: empresas com faturamento de até R$ 78 milhões em 2016 (grupo 2);


  • julho/2020: entidades sem fins lucrativos, optantes do Simples Nacional, empregadores e produtores rurais pessoas físicas (grupo 3);


  • janeiro/2021: entes públicos (grupo 4).


A empresa poderá investir em uma plataforma de gestão que automatizará o máximo de atividades dessa obrigação, o que aumenta a produtividade da empresa, reduz diversos custos, aumenta a segurança, entre muitos outros benefícios.

A gestão de segurança do trabalho pode parecer bastante complexa, entretanto, o envio das informações ao governo será facilitada. Assim, com o investimento na SST e utilização inteligente da economia, a empresa conseguirá aproveitar de inúmeros benefícios e desenvolver seu negócio saudavelmente.



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