SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO –
TUDO SOBRE AS NORMAS E LEIS
O
que é segurança e saúde no trabalho?
Segurança e Saúde no Trabalho - SST é um
conjunto de normas e procedimentos legalmente exigidos às empresas e
funcionários visando prevenir doenças ocupacionais, acidentes de trabalho e
proteger a integridade física do trabalhador.
Existem, no Brasil, profissionais específicos
responsáveis por garantir que as normas sobre saúde e segurança do trabalho
sejam devidamente aplicadas nas organizações.
No âmbito do Ministério da Economia, é a
Coordenação-Geral de Segurança e Saúde no Trabalho – CGSST, vinculada à
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, a responsável pela gestão no
Brasil das atividades relacionadas à segurança e saúde no trabalho no âmbito do
Poder Executivo.
No entanto, outros órgãos e instituições também atuam
na matéria, embora não possuam a atribuição de editar NR’s. Como exemplo,
pode-se citar a Justiça do Trabalho, a qual lidera o Programa Nacional de
Prevenção de Acidentes de Trabalho (Trabalho Seguro).
As empresas entendem a importância de atuar em prol da
segurança e da saúde de seus colaboradores. No âmbito do conjunto de requisitos
que precisam ser implementados, é possível citar ações como a criação de
políticas de SST, organização, planejamento e avaliações periódicas dos
colaboradores.
Qual
a importância da saúde e segurança no trabalho?
As ações que promovem saúde e segurança no trabalho
criam ambientes seguros e saudáveis oferecem condições adequadas aos
trabalhadores o que contribui para o aumento da produtividade.
Para auxiliar as indústrias do país a promoverem um
ambiente de trabalho seguro e saudável com proteção e integridade a seus
funcionários, o Serviço Social da Indústria - SESI oferece diversos
serviços às empresas, como diagnósticos, programas e laudos, assessorias e
consultorias especializadas, cursos, capacitações / treinamentos, serviços de
higiene ocupacional, atendimento médico ocupacional.
Uma das principais entregas do SESI dentro deste
escopo é o SESI que tem por objetivo consolidar em um único ambiente
os dados de saúde e segurança, fornecendo ferramentas para mapear e gerir o
estilo de vida do trabalhador da indústria brasileira, possibilitando a
geração de informações qualificadas e estruturadas, além de viabilizar o
desenvolvimento de estudos epidemiológicos para apoiar as indústrias na redução
de riscos legais e ocupacionais, contribuindo com a redução de custos com saúde
e afastamentos e na prevenção de acidentes.
Qual
a relação entre segurança e saúde no trabalho?
Programas de Segurança e Saúde no Trabalho nas
organizações contribui para a manutenção da saúde do trabalhador e capacidade
de dar sua contribuição social no trabalho, na comunidade e na família. Ações
de SST também potencializam os resultados, reduzindo afastamentos de longo
prazo e contribuindo para manutenção da capacidade laboral do trabalhador.
Dessa forma, a Saúde e Segurança no Trabalho pode ser
entendida também como fator crítico de produtividade e competitividade na
indústria brasileira.
Também é importante destacar que as empresas, ao
atuarem proativamente para a promoção de segurança e saúde no trabalho
vinculam-se ao bem-estar dos seus trabalhadores, atuando de acordo com as
modernas atitudes de responsabilidade social corporativa.
Trata-se de práticas que aliam interesses e benefícios
não só para os colaboradores, como para as empresas.
Em sentido oposto, a ocorrência de acidentes de trabalho acarreta danos sociais
imediatos. O mais importante é o comprometimento da saúde e integridade física
do trabalhador.
Mas também deve-se mencionar o impacto nos seus
dependentes, e custos para a sociedade, tanto no sistema de saúde como na
Previdência, além do próprio absenteísmo e aumento de custos da empresa com a
seguridade (FAP, ações regressivas, por exemplo).
Saúde
e segurança do trabalho no Brasil
Conforme disposto na CLT sobre saúde e segurança do
trabalho no brasil, as empresas têm a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
normas de segurança do trabalho e de instruir os empregados sobre as precauções
para evitar acidentes. Aos empregados, também cabe observar os requisitos das
normas de segurança. Assim, todos têm parcela de responsabilidade na
prevenção. Ações preventivas em saúde e segurança do trabalho aumentam a
produtividade
Caso as medidas de eliminação ou mitigação
riscos ocupacionais de agentes insalubres químicos, físicos e biológicos
ou de agentes periculosos, por exemplo, não sejam suficientes para adequar o
ambiente aos níveis de segurança previstos na legislação, as empresas deverão
pagar os empregados expostos à condição de risco o adicional de insalubridade
ou de periculosidade respectivo.
São consideradas atividades perigosas aquelas em que o
trabalhador tem contato com fatores de riscos de acidentes tais como
inflamáveis, explosivos, energia elétrica, radiação ionizante ou exposição a
roubos e outras violências físicas.
Já atividades insalubres são as que expõem os
empregados a agentes nocivos à saúde acima dos limites de tolerância, fixados
em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos
seus efeitos. Entre eles podem ser citados ruído, calor, frio, umidade,
radiações ionizantes e não ionizantes, agentes químicos e agentes biológicos.
Os constantes investimentos da indústria em segurança
e saúde no trabalho reduzem, ao longo dos anos, o número de acidentes e as
doenças ocupacionais. Diante desse cenário, o SESI auxilia empresas a
identificar as ameaças, a implementar uma gestão de segurança e saúde do
trabalho e a atender às 36 normas reguladoras definidas pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Social e os requisitos legais do Ministério da
Previdência e Saúde.
O
que é classificação de riscos ocupacionais?
As empresas são classificadas quanto ao risco das
atividades econômicas que desempenham. Os níveis do risco das suas atividades
são proporcionais às características de produção de bens e serviços de cada
ramo de atividade econômica.
Conhecer os fatores de riscos no trabalho que são mais
comuns é o primeiro passo para garantir ambientes mais seguros.
Os colaboradores de cada ramo econômico estão diariamente expostos a riscos que
podem ser de caráter físico, químico, biológico, ergonômico e de acidente.
Os riscos ocupacionais devem ser devidamente
gerenciados por meio da identificação, classificação, priorização, prevenção e
controle dos perigos. Esses perigos estão associados, por exemplo a fontes
geradoras de ruídos, vibrações, aerodispersóides, calor, levantamento de peso,
queda por diferença de nível, queimaduras, dentre várias outras
possibilidades.
Pensando nisso, a partir de 2021, entra em vigor a
revisão das Normas Regulamentadoras, em especial, a nova NR 01 que incorporou o
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO). Para ajudar as empresas, a CNI e o
SESI elaboraram um documento de orientação. GRO é uma prática reconhecida
internacionalmente e está alinhada com a ABNT NBR ISO 31000 (Gestão de riscos
Princípios e diretrizes), bem como com a ISO 45001 (Sistemas de Gestão para
Saúde e Segurança Ocupacional).
Qual
a importância da proteção coletiva e individual?
Por meio do inventário de riscos ocupacionais previsto
na nova NR 01 é possível descobrir quais locais de trabalho exigem o uso de
equipamentos de proteção. A elaboração do inventário é fundamental para que os
riscos ocupacionais sejam corretamente avaliados e controlados.
Os equipamentos de segurança são itens indispensáveis
e devem ser usados corretamente pelo trabalhador, com a devida orientação da
empresa para prevenir doenças e acidentes no local de trabalho.
A implementação de proteção é dividida seguindo essa
ordem de prioridade: Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), Medidas de
Controle Administrativas ou Organizacionais e Equipamentos de Proteção
Individual (EPI), ambos com o objetivo de proteger o trabalhador dos riscos
ambientais.
Eles são implementados e sugeridos por profissionais
da segurança no trabalho.
Os EPC’s são utilizados no ambiente de desenvolvimento de atividades para
proteger todos os funcionários de algum risco inerentes aos processos, ou
seja, risco que o conjunto está exposto.
Sinalização, sensores de presença, sistema de
ventilação e exaustão, sistema de iluminação de emergência, entre outros, são
exemplos de medidas coletivas tomadas para diminuição algum risco de um
grupo de funcionários de uma empresa.
Uma vez realizados, os efeitos são válidos para várias
pessoas por um determinado tempo, geralmente longos períodos, com necessidade
de manutenção preventiva até que seja necessária a manutenção corretiva ou
implementação de novas medidas.
Os
EPI’s são utensílios disponibilizados individualmente para cada funcionário da
empresa.
O colaborador, uma vez e capacitação, fica responsável
pelo correto o uso, higienização, manutenção e solicitações de troca ou reparos
dos equipamentos.
Utilizar estes equipamentos se faz necessário quando
não é possível tomar medidas que permitem eliminar completamente os riscos do
ambiente em que a atividade desempenhada está envolvida. Alguns exemplos de EPI
são: capacete de segurança, protetor auricular, coletes, luvas de segurança,
braçadeiras, calçados de segurança etc.
Garantir a saúde dos colaboradores é um grande desafio
das empresas. Nesse sentido, as práticas de saúde ocupacional são de extrema
importância. Além de lidar com a gestão dos exames ocupacionais, a gestão
integrada em saúde se faz necessária para garantir a prevenção de doenças e
agravos.
A promoção e preservação da saúde do trabalhador é um
fator-chave para o sucesso de uma empresa. Quando o trabalhador atua em um
ambiente seguro e saudável, com condições adequadas, seu desempenho cresce e,
com ele, os resultados do negócio. Além de aumentar a produtividade e
fortalecer a imagem da empresa, diminui o presenteísmo, o absenteísmo e
evitam-se doenças e acidentes do trabalho.
O
que é Segurança e Saúde no Trabalho 4.0?
A tecnologia vem sendo propulsora de transformações no
modo como nos relacionamos, compramos, aprendemos e trabalhamos. De maneira
rápida, realizamos transações financeiras, consultamos a situação do trânsito,
conhecemos hábitos, costumes, cultura de outros países e tantos outros
benefícios. Nesta mesma vertente, a saúde e segurança do trabalhador embarca na
era digital.
Estudo publicado pela Deloitte Center for Health
Solutions, 2019, destaca que o futuro da saúde será guiado pela transformação
digital, possibilitada pela geração de dados interoperáveis e pela criação de
plataformas abertas e seguras. Dessa forma, tem-se três categorias de negócios,
arquétipos no futuro ambiente da saúde: Bem-estar + cuidados; Dados +
plataforma e capacitações para o cuidado.
Os dados interoperáveis irão empoderar os consumidores
mais engajados para sustentar o bem-estar, tornando o tratamento necessário
somente em casos em que o cuidado preventivo falhar. Cinco tarefas que
os players deste ecossistema irão executar em favor dos consumidores:
monitoramento, suporte, avaliação, recomendação e tratamento.
Neste contexto, surgem novos serviços ofertados no
contexto de saúde digital, entre eles: coach de saúde, telemedicina, concierge
de saúde, coach financeiro que aborda custos totais dos tratamentos para
auxiliar na decisão de que tratamento a seguir, recomendações de médicos e
agendamento com disponibilidade em tempo, recebimento de recomendação de dietas
baseada no valor nutricional e compra da refeição on-line.
A consultoria Digital Authority Parners em 2019,
especializada em implantação de sistemas de transformação digital apresenta
tendências para o setor de saúde: Big Data, tratamento com realidade virtual,
saúde preditiva, inteligência artificial, dispositivos de saúde vestíveis
(wearables).
Na mesma direção, surgem novas soluções de segurança
para os trabalhadores da indústria. Dados de saúde, afastamentos, incidentes
são utilizados para prevenir o risco de acidente de trabalho.
Cruzamento de dados são transformados em dashboards,
propiciando tomadas de decisão com foco na segurança do trabalho com impacto na
redução de custos.
Nesta transformação digital da saúde e segurança, o
SESI, por meio dos Centros de Inovação SESI, vem desenvolvendo soluções, tais
como: plataforma digital de gestão dos custos com a saúde e segurança, sistema
integrado de gestão em ergonomia, simulação de realidade virtual que contribui
para redução do afastamento por transtornos mentais, aplicativo de
autoconhecimento para promover a saúde emocional nas pessoas e nas empresas,
solução que identifica os fatores psicossociais na Análise Ergonômica do
Trabalho (AET), entre outras.
Fonte: https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/seguranca-saude-trabalho/
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