SEGURANÇA
DO TRABALHO – POR ONDE COMEÇAR?
Tenho recebido muitos e-mails e contatos através do
blog, de colegas recém-formados e que estão no primeiro emprego. Assim como em
qualquer outra profissão, bate aquele frio na barriga e as perguntas vêm.
Já faz algum tempo que escrevi uma série de textos sobre
esse assunto e sugiro a leitura:
Meu
primeiro dia como Técnico de Segurança do Trabalho
No entanto, neste texto abordarei de forma mais direta
o que chamo de roteiro da segurança para começar do zero. Vejam bem,
tudo que vou tratar aqui, será partindo do princípio de que a empresa não tem
nada. Vamos ao roteiro:
Avaliação
de risco
Esse é o primeiro item a ser trabalhado em qualquer
empresa que não tem nada ou que nunca teve uma avaliação de risco. Use o modelo
sugerido nesta postagem Levantamento de Perigos e Riscos – Como fazer e
modelo de planilha.
Se a avaliação for bem-feita, ao final você terá uma
série de medidas de controle obrigatório em função dos riscos levantados.
Procedimentos
Escrever procedimentos não é algo que deve ser feito
pelo Técnico de Segurança, mas pode ter certeza de uma coisa – se não tem
nenhum, você será o cara que vai puxar isso. Crie um modelo para a empresa e
adote um nome, tais como: IS – Instrução
de Segurança, IOT – Instrução
Operacional de Trabalho; PO –
Procedimento Operacional, enfim, aquele que você achar melhor. O mais
importante é o conteúdo.
Esses procedimentos devem conter o passo a passo da
atividade, quais são os perigos, riscos, agentes, consequência e medidas de
controle.
IMPORTANTE:
Todos os empregados envolvidos na atividade devem ser treinados nesse
procedimento.
Nesta fase, também deve ser definido o Plano de
EPI’s para cada atividade.
Documentação
legal
Se a empresa não tem nada, então você terá muito
trabalho pela frente!
Enquanto trabalha nos itens anteriores, inicie o
atendimento ao básico da legislação, tais como: CIPA, PPRA, PCMSO, PPR, PCA, PPRPS, AVCB, etc.
Em um segundo momento, vem os Laudos de Insalubridade,
Periculosidade, Ergonômico, Elétrico.
Autorização
Para Trabalho
Você deve definir, também, uma sistemática de
autorização para trabalhos envolvendo riscos críticos, tais como: operação de
veículos e equipamentos móveis, bloqueio de energias, substâncias perigosas,
içamento de carga, trabalho a quente, sistemas pressurizados, escavação,
trabalho em altura, espaço confinado, riscos elétricos. O sistema deve prever
para tais cargos, quais exames e treinamentos serão necessários e suas
respectivas validades.
Por
exemplo: O funcionário só poderá fazer trabalhos em altura se
estiver com um crachá de autorização, onde conste a data de validade do exame
médico e do treinamento da NR35.
Conclusão
Seguindo os passos acima, você estará praticamente
montando um Sistema de Gestão de Segurança na empresa. É um trabalho que demanda
tempo e exige bastante do profissional, pois não podemos esquecer que ainda
existem as atividades de rotina: inspeções, atendimento de emergências,
reuniões, etc. Eu diria que que é um trabalho para no mínimo dois anos.
Isso, levando em consideração uma empresa de pequeno porte com no máximo 100
funcionários.
Lembrando que para cada item principal que citei,
temos muitos subitens que tomarão muito tempo. Aliás, dentro de cada grupo
desse, há itens que nunca terminará.
Eu sugiro que seja criado um cronograma de atendimento
e apresentado a gerência, pois alguns itens exigirão investimentos que devem
ser orçados.
A grande verdade é que não existe um modelo único de
gestão (eu comecei a preparar um, mas ainda não terminei), cada empresa tem
suas particularidades. No geral eu penso que os itens acima atendem bem
qualquer empresa, mas é possível adaptar, pois também são apenas sugestões.
Cada um deve trabalhar conforme as condições lhe sejam favoráveis!
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