GRO:
TUDO SOBRE A NOVA NR 1 E O GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS
Todas as empresas, independentemente do setor de
atuação ou tamanho de negócio, devem se atentar para os riscos ocupacionais do
ambiente e sobre as atividades ali exercidas. Afinal, a prevenção de riscos é
obrigatória por lei e garante uma operação segura e produtiva. Nesse sentido, o
GRO é um importante
instrumento.
Sigla para Gerenciamento
de Riscos Ocupacionais, o GRO é
estabelecido pela NR 1, que foi
atualizada em janeiro de 2022. Assim, é ela que fornece as disposições gerais
sobre esse documento, bem como as medidas de controle que devem ser tomadas.
Você já conhece as mudanças da NR 1 e as etapas do GRO?
Continue a leitura e confira tudo o que você precisa saber sobre o tema.
O
que é GRO?
GRO
é a sigla para Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais e trata-se de um conjunto de ações cujo objetivo é a prevenção
de riscos no trabalho.
Assim, a empresa que implementa o GRO é capaz de reduzir o número e a frequência de acidentes de
trabalho, bem como paralisações, afastamentos e despesas inerentes a esse tipo
de situação.
É por isso que o GRO
tem forte impacto sobre Saúde e Segurança do Trabalho. Além da
implementação de medidas de prevenção, um de seus principais benefícios é o
fortalecimento de uma cultura prevencionista na organização – o que também
contribui para a diminuição da severidade na ocorrência de acidentes.
O
que mudou com a nova NR 1?
O GRO
consta na nova NR 1, cuja
atualização entrou em vigor em janeiro de 2022 e trouxe, além do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais,
o Programa de Gerenciamento de
Riscos - PGR, ambos obrigatórios para empresas de todo o Brasil.
De acordo com a NR
1, as diretrizes se aplicam a empregadores e empregados urbanos e rurais,
além de organizações e órgãos públicos da administração direta e indireta.
Também se aplica aos profissionais admitidos em regime CLT pelos Poderes
Legislativo, Judiciário e Ministério Público.
Vale ressaltar que o PGR substituiu o PPRA,
como veremos adiante.
Qual
a diferença entre PPRA, PGR e GRO?
O GRO é uma
etapa do PGR. Ou seja, o GRO está dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos. Juntos, esses dois recursos
representam uma evolução do Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, o PPRA,
que era usado antes da NR 1 ser
atualizada.
Desse modo, o PPRA
não é mais utilizado, uma vez que o PGR é seu substituto. Nesse sentido, o PGR contempla todas as questões antes
determinadas pelo PPRA, e ainda
outras. Isso porque o PPRA apenas
reconhecia e identificava os riscos ocupacionais.
O PGR, por
outro lado, avalia e classifica todos os riscos de acordo com o nível de dano
que podem causar ao trabalhador.
Assim, o PGR
não se limita apenas à avaliação de riscos físicos, químicos e biológicos, como
o PPRA já fazia, mas também
contempla os riscos ergonômicos e mecânicos.
Além disso, o PPRA apenas identificava, reconhecia e
avaliava os riscos no ambiente de trabalho. Com o PGR, deve-se fazer uma
classificação deles.
Essas são apenas as principais mudanças do PPRA para o PGR (que funciona junto com o
GRO). Entretanto, há ainda outras diferenças quanto à periodicidade de
revisão do documento, integração com as normas ISO, entre outras questões.
Qual o objetivo do Gerenciamento de Riscos Operacionais?
O principal objetivo do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais é identificar, avaliar,
classificar, eliminar ou minimizar cada um dos riscos do ambiente de trabalho.
Dessa maneira, garantindo um ambiente seguro e
confiável para os trabalhadores, promovendo a qualidade de vida no ambiente
empresarial.
Quais
as responsabilidades do GRO?
Como se trata dos riscos ocupacionais, cada setor
apresenta particularidades diferentes. Por isso, não há uma diretriz única para
todas as empresas. No entanto, o Programa solicita a implementação de normas e
processos que atuem na prevenção desses riscos.
Assim, fica a cargo dos controles internos e
no compliance se certificar sobre quais são as responsabilidades do GRO da empresa, quais são os processos
do GRO neste ambiente em específico,
e como mensurar sua aderência à rotina dos colaboradores.
Como
elaborar um GRO?
A implementação do GRO começa com a elaboração de um documento, em que se devem
registrar os riscos identificados no ambiente de trabalho. A partir disso é que
serão definidas as ações necessárias para eliminação ou mitigação desses
riscos.
Quem
deve fazer o GRO?
Não é necessário um profissional responsável
legalmente pelo GRO, como era o caso
do PPRA. Sua elaboração e
implementação é de responsabilidade da empresa e dos trabalhadores como um
todo.
Isso significa que o GRO deve ser estruturado e implementado por um time
multidisciplinar, cada um com uma capacidade técnica legal e sua respectiva
responsabilidade na identificação de riscos.
O
que deve constar no GRO?
Não há um modelo estabelecido para a elaboração do GRO. Porém, aqui, trazemos algumas
informações obrigatórias para te auxiliar no cumprimento dessa atividade:
Caracterização dos processos e ambientes de
trabalho: descrever como os insumos entram no processo, como são tratados
e transformados.
Caracterização das atividades: detalhamento de
todas as atividades e operações que compõem as diferentes etapas da operação,
como duração, frequência, maquinário utilizado, ferramentas manuais utilizadas,
etc.
Descrição de perigos e possíveis acidentes: é
preciso encontrar fontes ou circunstâncias desses perigos, bem como os riscos gerados
por eles, além de identificar quais trabalhadores estão sujeitos a esses riscos
e quais são as medidas de prevenção implementadas.
Dados de análise preliminar e monitoramento de
exposição: deve ocorrer sobre os agentes físicos, químicos e biológicos
conforme a NR 9, e sobre a
avaliação de ergonomia conforme a NR 17.
Avaliação e classificação de riscos para elaboração de
planos de ação: os riscos ocupacionais devem ser classificados e os planos de ação devem ser
elaborados de acordo com os insights gerados neste trabalho.
Quais
são as etapas do Gerenciamento de Riscos Operacionais
Para criar o GRO
na sua empresa, é importante estar atento a algumas etapas específicas.
Elencamos as principais a fim de facilitar essa tarefa, sem que nenhuma etapa seja
deixada para trás:
Identificação
dos perigos e riscos
Embora pareçam sinônimos, riscos e perigos são
conceitos diferentes, sobretudo quando se trata de GRO. Assim, é importante saber a diferença entre eles.
Os riscos são as possíveis causas de acidentes sobre a
exposição de um agente, que oferece esse risco. O perigo, por outro lado, é o
próprio agente em si.
Ambos devem ser identificados e constar no seu GRO. Para essa tarefa, vale avaliar as
condições de trabalho do ambiente, a percepção dos riscos dos próprios
colaboradores, os apontamentos realizados pela CIPA e as análises do time de SST.
Analisar
e avaliar os riscos
Após a identificação, é hora de analisa-los em busca
de estratégias para eliminação dos perigos e seus respectivos riscos ocupacionais.
Controlar
os riscos
Após a análise inicial dos perigos e riscos, bem como
a avaliação dos agentes, é hora de implementar as medidas de controle
necessárias para a redução ou até a eliminação total desses riscos. Assim, vale
pensar na implementação de EPC’s ou EPI’s, por exemplo, além de
determinar rotinas de manutenção, realizar inspeções, entre outros
processos.
Monitorar
e supervisionar
A gestão de riscos é um trabalho contínuo, ou seja,
mesmo depois de implementar as medidas de controle, é preciso acompanhar com
frequência se elas ainda são eficientes e os riscos não voltaram a
aparecer.
Ainda, é preciso ficar de olho em nossos perigos que
podem surgir, principalmente a longo prazo, em que há degradação natural do
ambiente de trabalho, necessidade de substituição de equipamentos antigos por
novos, compra de máquinas mais seguras, entre outras medidas.
Como
implementar o GRO na empresa?
Conforme abordamos, a implementação do GRO começa com a elaboração de um
documento de natureza analítica.
A partir dos perigos e riscos identificados nesta
etapa é que a empresa estará pronta para definir as ações de eliminação de
riscos e controle de medidas de prevenção.
Quais os benefícios da implementação do GRO nas empresas?
Além de ter processos mais seguros para todos os
colaboradores da empresa, o GRO
também é uma eficiente ferramenta para redução de custos decorrentes de
acidentes, tais como: assistência médica, licenças, afastamentos e até
processos trabalhistas.
Ademais, é preciso pensar no valor gerado pelo aumento
da produtividade dos profissionais, que ficam menos indispostos e também há
menos ausências. Isso também gera maior estabilidade para a operação, o que
significa o aumento na qualidade do produto ou serviço oferecido.
Tudo isso aumenta a percepção positiva do mercado
sobre a marca, e permite à empresa a antecipação de imprevistos, o que gera
mais oportunidades. Uma empresa confiável atrai investimentos, retém talentos e
atrai bons profissionais para o trabalho.
Por
que a tecnologia é essencial para cumprir a NR 1?
Como você pode conferir, a implementação do GRO envolve uma série de etapas que
devem ser controladas meticulosamente. É por isso que as empresas que desejam
simplificar esse processo contam com a automação para gerenciar
riscos.
Um bom exemplo é a ferramenta digital, que facilita o
controle das etapas de implementação, além da aplicação de checklists
durante auditorias e inspeções de segurança.
Assim, é possível se certificar, por exemplo, que
manutenção de EPC’s e controle
de EPI’s, por exemplo, é feita de
modo assertivo – com a possibilidade de incluir mídias, imagens e comentários
no próprio sistema, agilizando a comunicação e a tomada de decisões.
Além disso, é possível fazer agendamentos de
checklists para não perder nenhuma data de manutenção de máquinas ou outras
ferramentas.
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