A
IMPORTÂNCIA DE UMA BOA COMUNICAÇÃO
PARA
TÉCNICOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Comunicar-se bem já é algo
fundamental em nossa vida pessoal, imagina na profissional, quando decisões são
tomadas e futuros são definidos com base em diversos pontos de comunicação.
Muitas pessoas costumam
utilizar a frase “você não entendeu o que eu quis dizer”, quando na realidade a
responsabilidade de entendimento da mensagem é sempre do seu emissor, ou seja,
se o outro não entendeu o que você disse, a culpa é sua!
Repense e comunique-se de uma
forma mais compreensível para que o receptor de sua mensagem consiga
compreender sua ideia principal.
“Você não entendeu o que eu
quis dizer” é terceirizar a responsabilidade pela falha na comunicação ao invés
de assumi-la.
O emissor da mensagem deve
sempre se fazer entender e a responsabilidade da boa comunicação é dele.
Comunicação
na área de SST
Na área de Segurança do
Trabalho a (boa) comunicação se torna ainda mais importante pelo fato de
lidarmos com diversas camadas dentro da hierarquia de uma mesma organização,
logo, devemos estar atentos à forma como nos comunicamos com cada uma dessas
camadas.
Por exemplo, quando vamos
aplicar um DDS para pedreiros, serventes e ajudantes em uma construção civil,
abordaremos determinados assuntos de uma forma específica.
Precisamos evitar o uso
de termos muito técnicos ou de especificidades normativas (a não ser que seja
imprescindível). Tentar se fazer entender é fundamental, pois estamos lidando
com a segurança alheia, logo, qualquer falha na emissão da sua mensagem pode
custar uma vida.
Quando vamos falar dos mesmos
assuntos com um engenheiro e/ou com a diretoria, devemos utilizar outra
linguagem. Aqui sim podemos desfilar termos técnicos e vocabulário mais
rebuscado (caso seja sua intenção).
Devemos transmitir as mesmas
ideias, porém, de formas diferentes. Devemos sempre respeitar o público
receptor da mensagem, suas especificidades e particularidades.
Não
se corrompa à Língua Portuguesa das redes sociais
Outro ponto chave na
comunicação corporativa é sua parte escrita e o hábito das redes sociais.
Escrevemos muito errado na internet e muitas vezes levamos isso (sem perceber)
para o trabalho.
É aquela questão do hábito que
comentei mais acima, fazemos algumas coisas sem nem perceber, porém, que não
passam despercebidas por outras pessoas.
Enviamos e-mails importantes
repletos de “vc, blza, qndo” dentre muitas outras formas “internéticas” de se
expressar.
Comunicados corporativos com
expressões do tipo “kkkkkkk” ou “rsrsrsrs” são inaceitáveis (pode não parecer,
mas são!) Isso akaba fzdo com q a gnt naum veja erros q naum tem nd dms
qndo falamos com amgs pelo zapzap ‘mais’ saum orríveis dentro da comunicassão
de uma empreza.
Hoje em dia a quantidade de
decisões baseadas na escrita para um técnico em Segurança do Trabalho é enorme
e alguns materiais atingem muitas pessoas, logo, se for mal redigido vai ter
muita gente ciente desta sua falta de habilidade, inclusive gente importante na
empresa com poder de decisão, como, por exemplo, aquele gerente que odeia ter
na sua equipe um colaborador incapaz de redigir uma redação sem que a mesma
necessite de revisão.
Para isso, uma sugestão:
escreva certo na internet! Crie o hábito de não se corromper à Língua
Portuguesa das redes sociais, escreva da forma correta e não tenha hábitos
ruins relacionados à escrita.
Digite corretamente no WhatsApp,
no chat do Facebook ou no direct do Instagram, seja lá com quem você conversa.
Isso vai fazer com que você se habitue a escrever sempre da forma certa,
independente do canal utilizado.
Não é fácil, mas vale a pena.
Hábito é hábito, quando é ruim ele acaba sendo replicado e utilizado sempre que
possível (de forma inconsciente) para poupar esforço do cérebro.
O contrário também ocorre,
quando é um bom hábito ele se torna frequente pelo mesmo motivo, portanto, já
que nosso cérebro precisa poupar esforço (ele vai fazer isso você querendo ou
não) que seja por meio de hábitos positivos que não vão lhe prejudicar no
trabalho.
Treine seu cérebro para
escrever da forma correta. Acredite, é questão de treino!
Aprimore
seus conhecimentos gra
Outra atitude péssima é enviar
um relatório ou e-mail repleto de erros de gramática. Não dá! Ninguém precisa
ser o professor Pasquale, mas saber a diferença entre “por que” e “porque” não vai
fazer mal (com L) a ninguém.
Muito pelo contrário,
dominando a escrita você tem boa oportunidade de se tornar referência na
elaboração de materiais (avisos, memorandos, relatórios, documentos, dentre
outros), o que será extremamente positivo para seu crescimento.
Já imaginou, sempre que houver
a necessidade de criação de algum documento com o mínimo de importância,
solicitarem sua colaboração para revisar a redação? Ponto para você!
Para isso, a sugestão é:
pesquise pelos termos que geram mais dúvidas e que são muito usados (mais acima
dei exemplos de por que/porque, mas/mais, agente/a gente, dentre MUITOS
outros).
Pesquise a empregabilidade de
cada um e busque alternativas. Quando tiver dúvida, insira outra palavra
(substituindo a que te causou dúvida) e mantenha o contexto da sua mensagem.
Só para exemplificar: dia
desses fui pesquisar a diferença entre ONDE e AONDE, para verificar qual dos
dois era mais adequado dentro do contexto da minha comunicação.
Quantas pessoas você acha que
sabem que existe diferença entre ONDE e AONDE? Pouquíssimas, porém, existe sim
uma diferença e eu me preocupei em buscar esta informação para otimizar minha
comunicação.
Você pode fazer isso sempre
que for necessário e com o passar do tempo já vai ter aprendido bastante coisa
importante para utilizar em seu cotidiano.
Outra sugestão é: LEIA MUITO.
Mas muito MESMO! Não necessariamente algo específico da sua área profissional,
isso já é obrigação sua para adquirir conhecimento técnico.
Para ampliar o vocabulário é
melhor que seja uma leitura agradável e prazerosa, que não se torne cansativo.
Eu, por exemplo, quando não
estou lendo nada sobre Segurança do Trabalho, gosto de ler biografias (a do
Steve Jobs é fabulosa) e autoconhecimento (“O poder do hábito” e “O velho e o
menino” são ótimos!).
E de vez em quando leio alguma
ficção que tenha ligação com a realidade (“O caçador de pipas” está no meu top
3 de livros que já li).
Cada um sabe de si e vai saber
buscar as melhores alternativas.
O mais importante é buscar
conhecimento e ampliar o vocabulário, afinal de contas, a área de Segurança do
Trabalho vai exigir, cada vez mais, o desenvolvimento desta habilidade:
comunicação.
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