Técnicas Principais de Análise de Risco
Nome
|
Características Básicas
|
Aplicações Principais
|
Observações
|
APP
– Análise Preliminar de Perigo;
APR - Análise Preliminar de Risco;
AST
- Análise de Segurança da Tarefa,
|
Revisão
dos principais perigos/riscos através de um formato padrão considerado
causas, efeitos, categorias de perigo/risco e medias preventivas e corretivas
|
Técnica
básica e de primeiro ataque a uma situação. Serve de revisão de segurança,
desde a fase inicial de um novo projeto
|
Simplicidade
permite uso geral e ampla participação nos grupos de estudo. Documento de
fácil compreensão
|
ATR
- Autorização para Trabalho em Risco,
PTE
– Permissão para Trabalhos Especiais
PTPR
- Permissão de Trabalho com Potencial de Risco
|
Variante
da APP/APR/AST, considerado os passo de um tarefa na análise
|
Uso
antes de tarefas não rotineiras, e que existe potencial de perigo/risco, que
deverá ser analisado antes de seu início para liberação do trabalho e
monitorado periodicamente
|
Mesma
característica da APP/APR pode ser mais simples usando-se apenas a descrição
dos passos da atividade, o perigo/risco e medidas preventivas
|
HAZOP
– Hazard and
Operability Studies (Estudo de Operabilidade de Risco)
|
Análise
dedicada à área de processamento químico, busca analisar como o processo pode
se desviar das intenções do seu projeto. Através de questionamento
estruturado sobre seus parâmetros (pressão, temperatura, vazão, etc.).
Os
desvios são aplicados com palavras – guias (mais, menos, nenhum) gerando uma
análise sobre causas, efeitos, respostas capazes de reequilibrar e medidas de
controle em geral. São selecionados pontos-chaves para a observação dos
parâmetros, denominados nós ou nodos.
|
Processamento
químico e petroquímico, instalações com automação e controle. Pode ser aplicada em sistemas elétricos (fluxo
por corrente elétrica, etc.)
|
Técnica
muito popular na engenharia de processos.
Deve ser aplicada sistematicamente e de forma exaustiva, exigindo
disciplina.
|
FMEA – Failure
Mode and Effects Analysis
(AMFE - Análise de Modo de Falha e Efeito)
|
Análise
que busca os principais modos de falhas de um dispositivo, equipamento ou
sistema verificando ainda os efeitos, modos de detecção e ações de
compensação a serem tomadas em cada caso.
|
Dispositivos,
mecanismos, equipamentos em geral, sistemas de controle de processos. Útil na
definição de ações nas emergências operacionais oriundas de equipamentos.
|
Os
efeitos considerados incluem a possibilidade de lesões ao pessoal, dano
ambiental e problemas de continuidade operacional. Técnica detalhada, vai ao
nível dos componentes do sistema analisado.
|
Técnicas Principais de Análise de Risco
Nome
|
Características Básicas
|
Aplicações Principais
|
Observações
|
What
if – (E Se)
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Procedimento
de revisão dos perigos/riscos através de um questionamento livre porem
estruturado, produz medidas objetivas de prevenção e controle
|
Uso
geral em projetos , procedimento, mudanças, etc.
|
Altamente
eficiente quando bem aplicado, pode ser exaustivo e única ferramenta de
análise na grande parte dos casos
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AAF
– Análise de Árvores de Falhas
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Técnica
que permite analisar a ocorrência de um evento indesejado, partindo-se do
fato catastrófico e questionando-se, retroativamente, os eventos que levariam
ao mesmo. O processo evolui de forma muito detalhada até as causas básicas
das diferentes ramificações geradas.
|
Eventos
altamente indesejados em sistemas complexos incluindo interações
operacionais.
Aplicações
em confiabilidade de sistemas em geral.
Obtenção
da probabilidade de eventos de risco, como parte de estudos de risco social e
individual em um entorno industrial, para fins de proteção ambiental
|
Aplicabilidade
limitada, pois sua profundidade e detalhamento demandam maiores esforços e
uso de software especializado. Grandes benefícios podem ser obtidos mesmo na
fase qualitativa. Estudos completos permitem gerenciar a alocação de verbas
de controle, onde sua eficiência seja máxima na redução dos riscos (estudos
de custo-benefício).
|
ADC - Árvores das Causas
|
Forma
simplificada das Árvores de Falhas, serve muito bem para a descrição e a
análise de acidentes (basicamente a posteriori) não inclui quantificação e o
uso de comportas lógicas é limitado às principais. Os eventos da cadeia são
analisados quanto à sua possível “inibição”, para fins de ações de controle.
|
Análise
e descrição de acidentes ocorridos. Podem eventualmente ser usados "a
priori".
|
Simplicidade
permite seu uso generalizado, seja pela CIPA ou pelo SESMT, incluindo–se
trabalhadores no grupo de estudo.
|
Técnica
de Incidentes Críticos
|
Técnica
que desenha uma sistemática organizacional para o relato, pelo próprio
trabalhador, dos incidentes que ocorrem em uma empresa, para sua posterior
análise e gestão dos perigos por eles representados. Os relatos são voluntários, resguardando-se
o anonimato e sem qualquer tipo de represália. Deve-se divulgar os avanços e
dar retorno adequado às informações recolhidas, permitindo uma
retroalimentação positiva do processo.
|
Todo
tipo de empresa, em qualquer fase do seu ciclo de vida, para o reconhecimento
constante de perigo e seu controle.
|
Os
incidentes ocorrem em quantidade muito superior aos acidentes, e representam
os mesmo perigos, sem redundar em danos, daí seu enorme potencial
preventivo. A técnica deve ser bem
implantada, para que se consiga sua perenização como um valor de prevenção.
|
ESTUDO DE
OPERABILIDADE E RISCOS
HazOp - HAZARD AND OPERABILITY STUDIES
1. APRESENTAÇÃO
O estudo de operabilidade e
riscos (HazOp) é uma metodologia de Análise de Riscos que foi desenvolvida na
década de 60, pela indústria química ICI, para identificar riscos e problemas
operacionais em plantas de processos industriais, os quais, apesar de
aparentemente não apresentarem riscos imediatos, podem comprometer a
produtividade e a segurança da planta. Apesar de ter sido desenvolvido originalmente
para análise qualitativa de riscos e problemas operacionais principalmente
quando da utilização de novas tecnologias, onde o conhecimento sobre a
operacionalidade das mesmas é escasso ou inexiste, esta técnica tem sido
efetivamente utilizada em qualquer estágio da vida útil de plantas industriais.
2 CONCEITOS
FUNDAMENTAIS
O processo de execução de um estudo de HazOp é
estruturado e sistemático. Portanto, se faz necessário o entendimento de alguns
termos específicos que são utilizados no desenvolvimento de uma Análise de
Riscos desta natureza:
- Nós-de-estudo (Study Nodes): são os pontos do processo, localizados através dos fluxogramas da planta, que serão analisados nos casos em que ocorram desvios.
- Intenção de operação: a intenção de operação define os parâmetros de funcionamento normal da planta, na ausência de desvios, nos nós-de-estudo.
- Desvios: os desvios são afastamentos das intenções de operação, que são evidenciados pela aplicação sistemática das palavras-guia aos nós-de-estudo (p. ex., mais pressão), ou seja, são distúrbios provocados no equilíbrio do sistema.
- Causas: são os motivos pelos quais os desvios ocorrem. As causas dos desvios podem advir de falhas do sistema, erro humano, um estado de operação do processo não previsto (p. ex., mudança de composição de um gás), distúrbios externos (p. ex., perda de potência devido à queda de energia elétrica), etc.
- Consequências: as consequências são os resultados decorrentes de um desvio da intenção de operação em um determinado nó-de-estudo (p. ex., liberação de material tóxico para o ambiente de trabalho).
- Parâmetros de processo: são os fatores ou componentes da intenção de operação, ou seja, são as variáveis físicas do processo (p. ex., vazão, pressão, temperatura) e os procedimentos operacionais (p. ex., operação, transferência).
- Palavras-guia ou Palavras-chave (Guide Words): são palavras simples utilizadas para qualificar os desvios da intenção de operação e para guiar e estimular o grupo de estudo ao brainstorming. As palavras-guia são aplicadas aos parâmetros de processo que permanecem dentro dos padrões estabelecidos pela intenção de operação. Aplicando as palavras-guia aos parâmetros de processo, em cada nó-de-estudo da planta em análise, procura-se descobrir os desvios passíveis de ocorrência na intenção de operação do sistema. Assim, as palavras-guia são utilizadas para levantar questões como, por exemplo: "O que ocorreria se houvesse mais... ?" ou "O que aconteceria se ocorresse fluxo reverso?".
3. COMO
DESENVOLVER UM HAZOP?
Para realizar um estudo de
riscos e operabilidade de um projeto ou uma planta industrial, é condição sine qua non a organização e o
planejamento prévio das atividades a serem desenvolvidas.
Com este objetivo, pode-se
dividir o desenvolvimento de um estudo de HazOp em cinco etapas:
·
Definição do escopo do estudo.
·
Seleção do grupo de estudo.
·
Preparo do material necessário ao estudo.
·
Execução do estudo.
·
Registro dos resultados.
Cabe salientar que todos estes passos podem ser
desenvolvidos ao mesmo tempo, pois a técnica HazOp é desenvolvida de forma
recursiva. A seguir, cada etapa de desenvolvimento do estudo será discutida
isoladamente.
3.1.
Estabelecendo o escopo do estudo
A explicitação do escopo, ou
objetivos, do HazOp deve ser o mais claro possível, de modo a definir o campo
de atuação da equipe responsável pelo desenvolvimento do estudo. Normalmente,
os objetivos do estudo são estipulados pela pessoa responsável pela planta ou
projeto, assistido pelo líder do grupo responsável pelo desenvolvimento do
estudo.
Dentre as diversas razões
que conduzem a realização de um HazOp podemos citar as seguintes:
·
checar os itens de segurança de um projeto;
·
melhorar a segurança de uma planta existente;
·
checar a segurança dos procedimentos de operação de um processo;
·
verificar o funcionamento da instrumentação de segurança;
·
decidir sobre o local onde pode ser construída uma unidade industrial;
·
desenvolver uma lista de questões (Checklist) a serem apresentadas ao
fornecedor de uma determinada tecnologia.
Além dos objetivos do estudo
se faz também necessário a determinação de quais fatores, ou pessoas, serão
afetados pelo desenvolvimento do mesmo, assim como:
·
a segurança dos empregados (na planta em estudo ou nos arredores da
mesma);
·
os danos aos equipamentos ou à planta;
·
a perda de produção;
·
a segurança pública;
·
os impactos ambientais;
·
etc.
Por exemplo, um estudo de HazOp pode ser conduzido
para determinar o local onde deve ser construída uma planta de forma que se
obtenha o mínimo impacto na segurança pública. Neste caso específico o grupo
responsável pelo estudo deveria dar maior ênfase aos desvios que resultam em
riscos externos (população afetada).
3.2.
Selecionando o grupo de estudo
A equipe para
desenvolvimento de um estudo de HazOp deve ser constituída de, no máximo, sete
a oito pessoas de áreas de conhecimento diferentes. A experiência mostra que um
grupo maior torna o andamento do trabalho excessivamente lento. Caso se opte
pela formação de um grupo menor, as pessoas que o constituírem devem possuir
conhecimento suficiente para cobrir as áreas correspondentes as operações da
planta ou projeto, a fim de garantir a integridade do trabalho.
No caso de plantas
industriais em fase de projeto, a composição básica do grupo de estudo deve ser
aproximadamente a seguinte:
Líder da equipe: esta pessoa deve ser um
perito na técnica HazOp e, preferencialmente, independente da planta ou projeto
que está sendo analisado. Sua função principal é garantir que o grupo siga os
procedimentos do método HazOp e que se preocupe em identificar riscos e
problemas operacionais. Esta pessoa deve ter experiência em liderar equipes.
Chefe do projeto: este normalmente é o
engenheiro responsável por manter os custos do projeto dentro do orçamento.
·
Engenheiro de processos: geralmente é o engenheiro
que elaborou o fluxograma do processo. Deve ser alguém com considerável
conhecimento na área de processos.
·
Engenheiro de automação: devido ao fato de as
indústrias modernas possuírem sistemas de controle e proteção bastante
automatizados, este engenheiro é de fundamental importância na constituição da
equipe.
·
Engenheiro eletricista: se o projeto envolver
aspectos importantes de continuidade no fornecimento de energia, principalmente
em processos contínuos, esta pessoa também deverá fazer parte do grupo.
Para complementar a equipe de estudo devem ser
incluídas pessoas com larga experiência em projetos e processos semelhantes ao
que será analisado. No caso de estudo de uma planta já existente, o grupo deve
ser constituído como segue:
·
Líder da equipe: como no caso anterior.
·
Chefe da unidade ou
engenheiro de produção: engenheiro responsável pela operação da planta.
·
Supervisor-chefe da unidade: é a pessoa que conhece
aquilo que de fato acontece na planta e não aquilo que deveria estar
acontecendo.
·
Engenheiro de manutenção: responsável pela
manutenção da unidade.
·
Responsável pela
instrumentação: é aquela pessoa responsável pela manutenção dos instrumentos do
processo, que pode ser executada tanto por engenheiros de automação como por
eletricistas, ou por ambos.
·
Engenheiro de pesquisa e
desenvolvimento: responsável pela investigação dos problemas técnicos e pela
transferência dos resultados de um piloto para a fábrica.
Além das pessoas
recomendadas acima, em certas ocasiões se faz necessário o auxílio de outros membros,
especialistas em determinados aspectos operacionais ou do projeto, como
controle de processos, incêndios, computação, etc.
4 - Fluxograma
Hazop
UNIDADE DE PROCESSO: Produção de DAP 4
NÓ-DE-ESTUDO: 01 PARÂMETRO DE PROCESSO: Fluxo
|
5 - Exemplo de
processo contínuo.
Neste processo, ácido
fosfórico e amônia são misturados produzindo fosfato diamônio (DAP), o qual não
é um produto perigoso caso a reação seja completa. Se pouco ácido fosfórico for
adicionado ao reator a reação será incompleta, sobrando amônia em excesso. A
adição de pouca amônia ao reator resulta em um produto seguro mas com
características indesejáveis.
O grupo de HazOp recebe a
tarefa de investigar riscos da reação com relação aos funcionários. Portanto, a
análise do parâmetro de processo "fluxo", no nó-de-estudo 1, poderia
ser a seguinte:
5.
1 Exemplo de Tabela de HazOp.
PALAVRA
-GUIA
|
DESVIO
|
CAUSAS
|
CONSEQUÊNCIAS
|
AÇÕES SUGERIDAS
|
Nenhum
|
Ausência
de fluxo
|
(1)
Válvula A não abre.
(2)
Suprimento de ácido fosfórico esgotado.
(3)
Entupimento ou ruptura da linha de ácido fosfórico.
|
Excesso
de amônia no reator e liberação para a área de trabalho.
|
Fechamento
automático da válvula B na redução do fluxo da tubulação de suprimento de
ácido fosfórico.
|
Menos
|
Menor
vazão
|
(1)
Válvula A parcialmente fechada.
(2)
Entupimento ou vazamento na tubulação.
|
Excesso
de amônia no reator e liberação para a área de trabalho; a quantidade
liberada está relacionada à redução quantitativa do suprimento. Um dos
integrantes do grupo ficou designado para calcular a relação grau de
toxicidade X redução do fluxo.
|
Fechamento
automático da válvula B na redução do fluxo da tubulação de suprimento de
ácido fosfórico. O set point
depende do cálculo de grau de toxicidade X redução de fluxo.
|
Mais
|
Maior
vazão
|
(1)
Válvula A aberta além do parâmetro.
(2)
Elevação do nível de ácido fosf'órico.
|
Excesso
de ácido fosfórico degrada o produto, mas não apresenta riscos ao local de
trabalho.
|
Controle
automático da válvula A em função do nível do tanque para regulagem da vazão.
|
Parte de
|
Decréscimo
da concen-tração de ácido fosfórico
|
(1)
Fornecedor entrega produto errado ou com concentração diferente.
(2)
Erro no carregamento do tanque de ácido fosfórico.
|
Excesso
de amônia no reator e liberação para a área de trabalho; a quantidade
liberada está relacionada à redução quantitativa do suprimento.
|
Estabelecer
procedimento de checagem da concentração de ácido fosfórico do tanque de
suprimento de ácido após o carregamento do tanque.
|
Além de
|
Aumento
da concen-tração de ácido fosfórico
|
Esta
é uma consideração não passível de ocorrência, uma vez que a concentração de
armazenagem é a mais alta possível
|
-----------------------------
|
---------------------------
|
Outro que não
|
Outro
material que não o ácido fosfórico
|
(1)
Fornecedor entrega produto errado.
(2)
Contaminação da linha com outro produto.
|
Depende
do produto substituído. Um dos integrantes do grupo ficará encarregado de
testar as substituições potenciais baseado na disponibilidade de outros
materiais na planta.
|
Procedimento
para checagem do material pego antes de car-regá-lo no tanque de suprimento
de ácido fosfórico
|
FMEA –
Failure Mode and Effects Analusis
Análise do Tipo e Efeito da
Falha Potencial
FMEA – Failure Mode and
Effects Analusis (Análise do Tipo e Efeito da Falha Potencial) técnica analítica empregada pela Engenharia
de Projetos, Processo, Serviços e da Qualidade, como o objetivo de identifica,
prevenir, quais são os tipos de falhas em potencial que possam apresentar, bem
como suas prováveis causas, efeitos e risco envolvidos.
Essa ferramenta também está
sendo utilizada na Segurança e Prevenção de Acidentes do Trabalho, com o
objetivo e prevenir e identificar as causa e efeito dos riscos provenientes dos
processos industrial, realizando certas adaptações.
1 – Objetivo:
Identificar e analisar os
tipo de falhas e seu potencial de causa danos à saúde das pessoas ao patrimônio
e ao meio ambiente, no projeto ou processo.
2 –
Terminologia utilizada
A Terminologia utilizada pela
Engenharia de Projetos, Processo, Serviços e da Qualidade, foi adaptada para a
Segurança e Prevenção de Acidentes do Trabalho:
Ø Desvio:
não significa a ocorrência de acidentes, porém são características que
contribuem para sua ocorrência, poderá ser:
·
Desvio inaceitável da especificação ou das medidas de proteção - Não
utilização do EPI indicado, etc.;
·
Característica indesejável do procedimento ou processo (Propriedades
físicas e químicas da Matéria Prima utilizada, etc.;
Ø Falha:
Causa direta do Acidente que poderá ocasionar danos materiais ou pessoais
(riscos Químicos, Físicos, Biológicos, Ergonômico e Mecânicos, presentes no
local de trabalho)
Ø Não conformidade: Deficiência de ação, característica ou documentação exigida por norma
técnica ou legislação, que poderá ocasionar o dano.
Ex.: Falta de CA de um EPI
fornecido, Falta de registro de treinamento, ou fornecimento de EPI, etc.
Ø Análise do Tipo de Falha – constatar o tipo e o mecanismo da falha
(determinar os perigos e riscos presentes)
Ø Análise do Efeito da Falha – determinar o efeito provável da falha (determinar
as conseqüências):
Ø Análise Crítica da Falha - determinar a severidade da falha em termos de
risco ou perdas inaceitáveis – (determinar os prováveis danos)
3 – Etapas de
Desenvolvimento
a) Identificação das funções,
atividades, processo e suas características esperadas;
b) Identificação dos tipos de
falhas em potencial que estes itens possam apresentar;
c) Identificação da cadeia de
efeitos prováveis quando ocorrer algum tipo de falha em potencial identificada;
d) Identificação das causas
comuns que podem contribuir para o aparecimento do tipo de falha em potencial;
Como ferramenta para
pesquisar as prováveis causas, podemos utilizar a metodologia da Espinha de
Peixe ou 6Ms de Ishikawa.
e) Identificação das formas de
controle utilizados, para evitar a ocorrência, ou detectar os tipos de falhas
em potencial.
f) Obtenção dos índices de
severidade, ocorrência, detecção e risco, para os diversos tipos de falhas em
potencial consideradas;
g) Proposição de ações
recomendadas para reduzir o índice de risco, identificação dos responsáveis e a
data prevista para sua efetivação implementação, através da:
·
Redução da sua severidade,
·
Minimização ou eliminação das causas prováveis
·
Melhoria da sua detecção;
h) Implementação das ações
recomendadas e ou tomadas:
i) Reavaliação dos novos
índices de severidade, ocorrência, detecção e risco, para os diversos tipos de
falhas em potencial consideradas, após implementação das ações recomendadas e
ou tomadas;
j) Retroalimentação do Sistema
de Informações
4 – Formas de
Controle Atuais
Descrição
das formas de controle formalmente estabelecidas para a atividade ou processo
em análise,
·
Controle por Prevenção: sistemáticas que estão
formalmente estabelecidas em procedimentos e que se aplicadas sobre as
prováveis causas do tipo de falha em potencial, minimizarão a sua probabilidade
de ocorrência.
·
Controle de Detecção: sistemáticas que estão
formalmente estabelecidas em procedimentos com o objetivo de detectar e impedir
um tipo de falha
5
– Avaliação dos Riscos
Nesta fase são
definidos pelo grupo os índices de severidade (Is), ocorrência (Io) e detecção
(Id) para cada causa de falha, de acordo com critérios previamente definidos
(um exemplo de critérios que podem ser utilizados é apresentado nas tabelas abaixo,
mas o ideal é que a empresa tenha os seus próprios critérios adaptados a sua
realidade específica). Depois são calculados os coeficientes de prioridade de
risco (Ir),.
Quando estiver
sendo avaliando um índice, os demais não podem ser levados em conta, ou seja, a
avaliação de cada índice é independente. Por exemplo, se estamos avaliando o
índice de severidade de uma determinada causa cujo efeito é significativo, não
podemos colocar um valor mais baixo para este índice somente porque a
probabilidade de detecção seja alta.
a) Índice de Severidade (Is):Estima-se o impacto quanto à ocorrência de um tipo
de falha.
Efeito
|
Índice
|
Critérios
|
Inexistente
|
1
|
Provavelmente
não ocorrerá nenhum dano ou efeito adversos
|
Insignificante
|
2
|
Provavelmente
implicará em danos ou efeitos adversos reversíveis de pouca importância
|
Baixo
|
3
|
Provavelmente
implicará em danos ou efeitos adversos reversíveis de moderada importância
|
Moderado
|
4
|
Provavelmente
implicará em danos ou efeitos adversos reversíveis de grande importância
|
Alto
|
5
|
Ocasionará
danos ou efeitos adversos irreversíveis de pouca importância
|
Critico
|
6
|
Ocasionará
danos ou efeitos adversos irreversíveis de moderada importância
|
Catastrófico
|
7
|
Ocasionará
danos ou efeitos adversos irreversíveis de grande importância
|
b) Índice de Ocorrência (Io): Estima-se a probabilidade de ocorrência de um tipo
de falha.
Freqüência
|
Índice
|
Critérios
|
Improvável
|
1
|
Provavelmente
não ocorrerá
|
Remota
|
2
|
Pequena
possibilidade de ocorrer, quando não são atendidas as medidas de proteção
|
Baixa
|
3
|
Moderada
possibilidade de ocorrer, quando não são atendidas as medidas de proteção
|
Moderada
|
4
|
Grande
possibilidade de ocorrer, quando não são atendidas as medidas de proteção
|
Grande
|
5
|
Pequena
possibilidade de ocorrer, mesmo que sejam atendidas as medidas de proteção
|
Alta
|
6
|
Grande
possibilidade de ocorrer, mesmo que sejam atendidas as medidas de proteção
|
Muito
Alta
|
7
|
Certamente
ocorrerá mesmo que sejam atendidas todas as medidas de proteção
|
c) Índice de Detecção (Id): Estima-se a probabilidade da não detecção para um
tipo de falha.
Detecção
|
Índice
|
Critérios
|
Certa
|
1
|
Certamente será facilmente detectado por qualquer pessoa
|
Elevada
|
2
|
Probabilidade de ser detectado por qualquer
pessoa
|
Moderada
|
3
|
Grande probabilidade de ser detectado por membro da CIPA
|
Baixa
|
4
|
Grande probabilidade de ser detectado por membro do SESMT
|
Mínima/Pequena
|
5
|
Poderá
ser detectado por pessoa especializada sem a utilização de equipamentos,
porém com a utilização de metodologias específicas
|
Remota
|
6
|
Somente
será detectado por pessoa especializada e com utilização de equipamentos e
metodologia específicos
|
Absoluta
Incerteza
|
7
|
Provavelmente
não será detectado
|
d) Índice de Risco (Ir): Estima o risco em
potencial da falha em um projeto ou processo, como base no seu Impacto, na
probabilidade de sua ocorrência e na probabilidade de sua não detecção, é
calculado pela formula:
IRisco = ISeveridade X IOcorrência X IDetecção
O índice
de Risco tem, como função:
·
Estimar os riscos envolvidos;
·
Identificar quais são as falhas mais criticas ;
·
Identificar e priorizar as ações aplicáveis;
·
Avaliar a eficiência das ações efetivamente tomadas para minimizar as
causas dos tipos de falhas, reduzir sua severidade e melhor sua detecção.
6 –
Identificação e Seleção das Ações Preventivas.
Nesta fase o
grupo, utilizando os conhecimentos, criatividade e até mesmo outras técnicas
como brainstorming, lista todas as ações que podem ser realizadas para diminuir
os riscos.
Estas medidas
são analisadas quanto a sua viabilidade, sendo então definidas as que serão
implantadas
·
Ações Recomendadas: são escolhidas as ações
consideradas como as mais adequadas para a empresa e ao projeto e processo em
estudo e aquela que proporciona a efetiva redução dos índices de severidade,
ocorrência, detecção e risco.
·
Ações Tomadas: são as que efetivamente
foram ou puderam ser implementadas pela empresa.
7 – Reavaliação dos Índices:
Após a implementação de uma ação preventiva, devemos
obter os novo índices e compará-los com os anteriores, para verifica a eficácia
da ação tomada
Formulário para análise de Risco pelo Método FMEA
Data da Avaliação:
|
||
Atividade/Projeto/Processo
analisada:
|
||
Composição da Equipe de
analistas:
|
||
Tipo de Falha
|
Efeito
|
Is
|
Causa
|
Controle Atual
|
Ir
|
ações
|
Novos Índices
|
|||||||
Prevenção
|
Io
|
Detecção
|
Id
|
Recomendada
|
Tomada
|
Is
|
Io
|
Id
|
Ir
|
|||||
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