SPDA
É um Sistema de Proteção contra Descargas Elétricas, popularmente chamado de para-raio.
A instalação dos Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) é uma exigência do Corpo de Bombeiros, regulamentada pela ABNT segundo a Norma NBR 5419/2005, e tem como objetivo evitar e/ou minimizar o impacto dos efeitos das descargas atmosféricas, que podem ocasionar incêndios, explosões, danos materiais e, até mesmo, risco à vida de pessoas e animais.
Atualmente existem três métodos de dimensionamento:
1) Método Franklin, porém com limitações em função da altura e do Nível de proteção;
2) Método Gaiola de Faraday;
3) Método da Esfera Rolante, Eletrogeométrico ou Esfera Fictícia.
O método Franklin, devido às suas limitações impostas pela Norma passa a ser cada vez menos usado em edifícios sendo ideal para edificações de pequeno porte.Segundo a norma vigente, os pára-raios do tipo Franklin são instalados para proteger o volume de um cone, onde o captor fica no vértice e ângulo entre a geratriz e o centro do cone, variando de acordo com o nível de proteção e a altura da edificação (NBR 5419/2005).
O método Gaiola de Faraday consiste em instalar um sistema de captores formado por condutores horizontais interligados em forma de malha, método muito utilizado na Europa. É baseado na teoria de Faraday, segundo a qual, o campo no interior de uma gaiola é nulo, mesmo quando passa por seus condutores uma corrente de valor elevado, para isto, é necessário que a corrente se distribua uniformemente por toda a superfície. Quanto menor for a distância entre os condutores da malha, melhor será a proteção obtida ( NBR 5419/2005).
O método da Esfera Rolante é o mais recente dos três acima mencionados e consiste em fazer rolar uma esfera , por toda a edificação. Esta esfera terá um raio definido em função do Nível de Proteção, Os locais onde a esfera tocar a edificação são os locais mais expostos a descargas. Resumindo poderemos dizer que os locais onde a esfera toca, o raio também pode tocar , devendo estes serem protegidos por elementos metálicos (captores Franklin ou condutores metálicos).
Também é permitido utilizar a combinação desses métodos.
Há certos cuidados na instalação do SPDA.
As exigências do uso do SPDA pelo Corpo de Bombeiros são em edificação, estabelecimentos industriais ou comerciais com mais de 1500 m2 de área construída, em edificação com mais de 30 metros de altura, em áreas destinadas a depósitos de explosivos e inflamáveis, e em outras edificações a critério do Corpo de Bombeiros, quando a periculosidade se justificar; e devem obedecer a critérios de confiabilidade e de segurança.
Execução
A execução do sistema começa pela contratação de uma empresa especializada em SPDA. Deve, como em qualquer outra atividade, atender a todos os requisitos (trabalhadores legais, encargos sociais em dia etc.), e que sigam as exigências de segurança no trabalho (treinamento de segurança básico, treinamento específico para trabalho em altura, NR-10 etc.). Os trabalhadores devem ser treinados e utilizar EPIs adequados a cada tarefa. A empresa deve realizar um estudo preliminar de riscos e apresentar medidas preventivas de segurança. Durante a realização dos serviços, deve-se realizar uma fiscalização permanente.
Controle da qualidade
O controle de qualidade começa pela especificação correta, no projeto, nos materiais com as características previstas em norma. Todos os materiais deverão ser rigorosamente vistoriados e conferidos para evitar retrabalho e problemas legais.
Na Manutenção
Os SPDA's devem passar por inspeções visuais anualmente e inspeções completas (de acordo com o nível de proteção requerido), e nessas inspeções deverão ser identificadas eventuais irregularidades e, no caso, corrigidas imediatamente para garantir e eficiência do sistema.
Não há uma proteção 100% segura, mas sim a utilização de dispositivos de proteção que diminuam os riscos e a probabilidade de danos aos equipamentos e instalações e/ou estruturas físicas ao serem atingidas.É imprescindível a divulgação e difusão dos conhecimentos capazes de subsidiar a definição e a adoção de práticas eficientes para minimizar os efeitos destrutivos das descargas.
Fonte: artigonal.com
O
PARA-RAIOS:
Também é popularmente
conhecido, é normatizado pela ABNT através da Norma NBR-5419-2015 com
o nome de SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
Segundo a norma, é dividido entre SPDA externo e SPDA interno.
O SPDA externo pode
ser isolado ou não-isolado da estrutura a ser protegida.
Layout
de instalação do SPDA
Os sistemas externos
não-isolados são compostos de 3 subsistemas: subsistema captor, subsistemas de
descidas e subsistema de aterramento, sendo que o método de proteção mais
utilizado atualmente é a Gaiola de Faraday,
SPDA / Torre de Franklin /
Gaiola de Faraday / Captação / Descidas / Aterramento
onde todos os perímetros
superiores da edificação são circundados por um anel metálico (subsistema
captor), interligado a descidas metálicas intercaladas a uma distância variável
entre 10m e 25m, de acordo com o nível de proteção, que por sua vez depende do
tipo de ocupação da estrutura. Os subsistemas captor, de descidas e de aterramento podem
utilizar elementos naturais, próprios da estrutura da edificação, ou não
naturais, os quais são construídos para atender as exigências normativas.
Exemplos de elementos naturais são coberturas metálicas e suas estruturas usados como subsistema captor, pilares e colunas metálicas, assim como as armações metálicas do concreto armado das colunas usados como subsistema de descidas, armações metálicas das lajes usadas como anel de equilíbrio e armação metálica das fundações usadas como subsistema de aterramento. O mastro de Franklin
Para-Raios
Tipo Franklin
É uma alternativa de elemento
não natural do subsistema captor. É um terminal acoplado a uma haste de metal,
comumente de cobreou alumínio, destinado a dar proteção aos edifícios atraindo
as descargas elétricas atmosféricas, raios, para as suas pontas e desviando-as,
através do subsistema de descidas para o solo através de cabos de pequena
resistência elétrica, onde as correntes serão dispersadas através do subsistema
de aterramento, minimizando a possibilidade de danos físicos e/ou pessoais.
Como o raio tende a atingir o
ponto mais alto de uma área, o para-raios é instalado no topo do prédio.
Para Raios / Topo do Prédio
Chama-se também para-raios
externo ou SPDA externo o DPS – Dispositivo Protetor de Surtos,
cujo uso no Brasil é exigido pela norma ABNT NBR 5410 e mencionado
na NBR 5419. Estes dispositivos são destinados a proteger instalações
elétricas (quadros de entrada e de distribuição) e aparelhos eletrônicos
individuais contra o efeito de cargas excessivas (sobretensões).
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