COMO
ENGAJAR O TRABALHADOR NA SEGURANÇA DO TRABALHO?
Como engajar o trabalhador na segurança do
trabalho? Essa é uma tarefa interessante e difícil dependendo da
organização.
Para começar, que tal a gente pensar no que o
trabalhador quer? Sabe o que todo mundo quer? Todo mundo quer ser ouvido!
O que fazer para ouvir, e consequentemente engajar os
trabalhadores? Crie grupos de discussão, grupos de conversa e estimule o
trabalhador para que o trabalhador traga os problemas e em grupo trabalhem
nisso. Ouvir os trabalhadores é fundamental.
Nós da segurança do trabalho somos muito bons em
mandar (já ouviu o termo “comando e controle? ”), em falar que isso ou aquilo
deve ser feito, em apontar erros, mas ruins em escutar, engajar, em trazer para
perto, em atribuir responsabilidades, em dar feedbacks, e tudo isso serve de
chave para engajar os trabalhadores.
Quer
engajar alguém? Ouça, dê trabalho para essa pessoa, tem
até um efeito chamado de efeito Benjamin Franklin, que se trata justamente
disso onde para engajar você ouve, dá trabalho. Como diria o Scott Geller, “as
pessoas só apoiam aquilo que ajudam a criar”.
Que tal uma conversa imaginária sobre como seria isso
na prática? Imagina que você encontra um trabalhador desengajado da cultura de
segurança, e você vê a máquina dele sem proteção.
A ideia é então conversar com ele, e
então você começa a conversa:
–
João, como você está hoje?
–
Cara, deixa eu te perguntar, sua máquina está segura?
Daí
o João diz:
–
Está mais ou menos segura…
– Certo João, o que
poderíamos fazer para que ela fique mais segura?
– Ah, se tivesse uma
proteção nessa parte ficaria bem mais segura.
– É mesmo, você acha que
uma proteção nessa parte ficaria legal? Como você acha que conseguíamos colocar
uma proteção lá?
Daí
o João responde:
– Mas você que é o
Técnico de Segurança, eu esperava que você dissesse…
– João, você é o
especialista na sua área. O SESMT não tem a intenção de mudar um parafuso aqui
sem seu consentimento. Por isso te pergunto, na sua visão qual seria a melhor
forma?
– Nestor, eu acho que o
pessoal da manutenção poderia ajudar!
– Certo, estou com tempo
agora, se quiser posso chamá-los, e provavelmente eles virão agora. Fica bom
assim, posso chamar?
–
Pode!
A ideia então é chamar alguém da manutenção, e se for
possível, fazer como o empregado disse dar os créditos da ideia ao João, olha
que simples!
O efeito que provavelmente teremos nesse cenário é que
depois da proteção instalada a visão do João sobre o SESMT, sobre mim, e sobre
a segurança do trabalho mude absurdamente.
A mudança ocorre finalmente porque alguém o ouviu, a
sugestão dele veio para a prática, toda vez que ele olhar para a proteção
colocada, se lembrará de que ela está lá, de certa forma, por sugestão dele, ou
seja, de certa forma, a medida de proteção é dele também. Assim geramos o
sentimento de pertencimento.
Por exemplo, eu tinha um colega que estava com um
grande problema na empresa com relação às empilhadeiras, o pessoal arranhava as
empilhadeiras na parede, de vez em quando o equipamento quebrava por falta de
cuidado.
Então o que eles reuniram os trabalhadores operadores,
perguntaram quais eram as dificuldades anotaram, trataram, e fizeram uma
excelente manutenção nas empilhadeiras.
Pintaram todas elas e fizeram, e deixaram um espaço
tipo em velcro para que toda vez que o operador iniciasse o turno ele colocasse
uma placa com o nome dele. Cada trabalhador tinha uma placa com o seu nome.
Depois disso, acabaram os problemas com as paredes e
empilhadeiras arranhadas e equipamento sempre com defeito, pois ninguém mais
deixava arranhar, a empilhadeira agora era do trabalhador, ele sentia
pertencimento, tinha o nome dele na máquina.
Outra ação que tomaram era que todo o final do mês os
líderes se reuniam com os operadores. Na reunião havia refrigerante, sucos,
salgadinhos, e era falado sobre os resultados do mês, e aproveitavam para
agradecer por estarem cuidando dos equipamentos. Ou seja, algo simples, fácil e
que ajudava a fomentar o sentido de pertencimento, sentido de time.
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