GRO:
SAIBA
O QUE É GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS
Em qualquer empresa, em todos os segmentos de
trabalho, é preciso estar atento e conhecer os riscos existentes, seja no
ambiente ou na realização da atividade em si. Por isso, foi criado o
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, também conhecido como GRO.
No dia 9 de março de 2020 foi sancionada a nova versão
da NR 1 que passou a se chamar Disposições
Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. A nova atualização da norma
entrou em vigor no dia 03 de janeiro de 2022.
O principal objetivo dessa atualização da NR 1 foi
determinar cada uma das diretrizes para o gerenciamento de riscos ocupacionais
e também as medidas de controle de risco que devem ser tomadas.
Afinal,
a segurança dos funcionários de uma empresa é um dever do empregador.
E isto deverá ser feito não somente para evitar multas
e processos judiciais, como também para oferecer um ambiente seguro de
trabalho, o que acaba favorecendo a produtividade de todos.
A seguir, explicamos ao longo do texto o que é GRO,
qual é a sua importância e os benefícios de implementar o GRO na sua empresa.
O
que é um GRO?
O GRO é um conjunto de atividades de gestão, voltadas
para construir uma empresa livre de riscos à saúde e segurança dos
colaboradores.
Para isso, são adotadas medidas para identificar, avaliar e prevenir acidentes e
doenças causadas por agentes presentes no ambiente de trabalho ou pelas
atividades profissionais.
Assim, em outras palavras, o principal objetivo da
criação do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais é identificar, avaliar, eliminar
ou atenuar cada um dos riscos do ambiente de trabalho.
Dessa forma, será possível proporcionar um ambiente
seguro e confortável, prezando pela qualidade de vida dos trabalhadores dentro
de uma empresa.
A
parte da NR 1 reservada ao GRO também aborda itens como:
· Critérios para o PGR (Programa de
Gerenciamento de Riscos): o que é o programa, quais empresas o
devem implementar, o que deve ter na estrutura dele, qual a sua periodicidade,
quem o pode elaborar, como será atualizado, etc.
· Inventário de riscos da empresa:
que aponta todos os riscos presentes no ambiente, aponta também o nível de cada
risco;
· Ligação do PGR com outros programas:
e documentos da área de segurança do trabalho;
· Obrigações que as empresas devem
adotar: para lidar com perigos e riscos gerados pela
atividade de trabalho: e também quando, como e de que forma lidar com os
riscos.
· Medidas de prevenção que a empresa
deve adotar: para eliminar reduzir ou controlar os
riscos presentes no ambiente de trabalho;
· Planos de ação:
a empresa deve adotar para lidar com as medidas de prevenção necessárias ao
controle do risco;
· Acompanhamento da saúde ocupacional
dos trabalhadores: as ações que a empresa deve adotar em
parceria com a NR 7 para medidas de prevenção;
· Ações de preparação para emergências:
o que a empresa deve fazer como preparação para respostas a cenários de
emergência. Tais ações estão diretamente ligadas também à legislação estadual
do Corpo de Bombeiros.
· Disposições gerais do gerenciamento
de riscos ocupacionais: o que a empresa deve fazer sozinha
ou em parceria com as terceiras para prover medidas de segurança para todos os
trabalhadores do local;
Quais
as características do GRO?
Em certos setores, a segurança é um fator de maior
realce ainda, como acontece com a segurança na construção civil, dadas as
características do trabalho no âmbito das edificações.
A gestão de riscos é um processo sistemático de
planejamento estratégico que envolve processos de identificação, avaliação,
resposta e monitoramento de riscos, com o objetivo de minimizar ameaças.
Sendo assim, existem diversas práticas que podem ser
implementadas dentro da empresa para reduzir as chances da ocorrência dos
riscos ambientais.
Conheça
as principais:
· atendimento
às determinações impostas pelas Normas Regulamentadoras;
· fornecimento
dos instrumentos adequados às atividades exercidas e ao tipo de risco
ocupacional, além do monitoramento dos colaboradores em relação às medidas
protetivas;
· controle
da utilização correta dos EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) fornecidos
para parte dos trabalhadores;
· correção
do colaborador que já tiver sido orientado, e que mesmo assim esteja
desenvolvendo atividades de forma que ofereça perigo;
· elaboração
do Mapa de Risco, pois, além de reduzir os perigos, propicia a possibilidade de
definição das políticas de prevenção de acidentes, imprescindíveis para o
crescimento do negócio;
· treinamentos
frequentes, que façam com que o empregado esteja bem orientado e siga boas
práticas durante a execução de sua função;
· criação
de uma equipe para averiguar o uso de proteção e elaborar planos de ações
relacionados à prevenção de acidentes.
03
(três) premissas do GRO
O Programa de Gerenciamento de Riscos propõe formas de
combater qualquer ação que represente uma ameaça, considerando assuntos
relacionados à segurança do trabalho, aos riscos ambientais, físicos, químicos,
biológicos e ergonômicos e aos riscos de acidentes.
Por isso, é necessário analisar e avaliar os riscos
que se originam dos perigos identificados.
É nessa fase do processo de gerenciamento que o
responsável deve estimar tudo o que pode acontecer ao trabalhador e qual a
probabilidade de acontecimentos danosos se materializarem.
Dessa forma, todos os riscos para cada fonte, situação
ou ação identificada e capaz de causar algum dano devem ser avaliados.
Para realizar esta tarefa, a metodologia qualitativa
baseada na matriz de risco deve ser utilizada. Neste método, a estimação do
risco é feita através da probabilidade da ocorrência e a gravidade das
consequências.
Como resultado, para promover um ambiente seguro ao
trabalhador, é preciso conhecer, primeiramente, quais são os riscos aos quais
ele está exposto no seu dia a dia e feito isso, o risco deve ser eliminado,
reduzido ou controlado.
1.
Eliminar perigos que podem ser eliminados
Após avaliados os riscos, aqueles que forem
considerados inaceitáveis devem ser obrigatoriamente tratados e eliminados. A implementação
de medidas de controle deve levar em conta a adequada proteção do trabalhador.
Por exemplo, eliminar o manuseio manual de uma
ferramenta perigosa por um manuseio mecânico.
Os
meios de prevenção mais importantes e eficientes são:
· Eliminação
de riscos através da utilização de engenharia;
· Implementação
de medidas de proteção coletiva (EPC’s);
· Medidas
administrativas para adequação do horário de trabalho;
· Cursos
de formação, eventos de conscientização como SIPAT e DDS;
Utilização de EPI.
Sendo assim, a adoção de equipamentos de proteção
individual (EPI’s) deve ser a última alternativa a ser considerada, utilizada
somente quando as demais alternativas não forem viáveis.
2.
Reduzir riscos que não podem ser eliminados
Reduzir ou mitigar o risco consiste em adotar medidas
para reduzir a probabilidade ou a consequência dos riscos ou até mesmo ambos.
Isso é realizado quando o risco em questão não pode ser eliminado totalmente.
Mas mesmo que ele não possa ser eliminado ele deve ser
reduzido, desse modo ele oferece menos risco ao trabalhador envolvido na
atividade que o risco foi identificado.
3.
Controlar riscos que não podem ser reduzidos e eliminados
Deve-se controlar o risco quando o risco está dentro
do nível de tolerância da organização, ou seja, quando o risco é considerado
baixo ou a capacidade para fazer qualquer coisa sobre o risco é limitada.
Basicamente, existem três áreas nas quais as Medidas
de Controle do Risco podem ser aplicadas.
São
elas:
· Na
origem do contaminante (Fonte);
· Ao
longo do percurso entre a origem e o trabalhador (Ambiente);
· No
receptor (Trabalhador).
Qual
a diferença entre GR e PGR?
O GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) e o PGR (Programa
de Gerenciamento de Riscos) surgiram com a aprovação da nova redação da Norma
Regulamentadora 01 pela publicação da Portaria 6.730, de 9 de março de
2020 no Diário Oficial da União.
O que causa muita confusão é a questão do GRO em
relação ao PGR. Um substitui o outro? Um complementa o outro? O PGR deixou de
existir?
GR
A resposta é que o GRO está contido dentro do PGR. Ou
seja, o GRO é parte do Programa de Gerenciamento de Riscos.
O GRO possui um método próprio para a identificação e
gestão de todos os possíveis riscos e perigos encontrados em ambiente
ocupacional. Assim, o processo se torna mais simples e menos burocrático.
PGR
O Programa de Gerenciamento de Riscos tem como
objetivo, evitar, ou seja, prevenir que acidentes ambientais ocorram, que
possam prejudicar a vida de colaboradores, a propriedade privada e também o
meio ambiente.
Como
fazer um Gro?
Existem
alguns passos para fazer o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, entre eles:
Identificar
os perigos e os riscos: para compreender o que é GRO é muito
importante saber diferenciar riscos de perigos. Os riscos são possíveis causas
de acidentes quanto à exposição a um agente. Já o perigo, é o próprio agente em
si.
Analisar
e avaliar cada um dos riscos: depois de avaliar a
possibilidade de eliminar os perigos do ambiente de trabalho, é necessário
realizar a análise e avaliação dos riscos.
Eliminar
e/ou controlar os riscos identificados: depois de toda a análise
inicial quanto a identificação dos perigos e riscos e análise e avaliação dos
agentes, chegou a hora de implementar as medidas de controle de risco. Aqui
deverão ser implementadas medidas tanto no próprio risco (eliminação); quanto
no ambiente de trabalho (atenuar o agente de risco); quanto no trabalhador (EPI’s);
Monitorar
e supervisionar os riscos: Mesmo depois de implementadas as
medidas de controle de risco, é preciso averiguar com frequência se as mesmas
ainda estão eficientes ou se os riscos não voltaram a aparecer.
Quem
pode fazer Gro?
Em resumo, o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais não
especifica um modelo de documento a ser seguido, mas uma estrutura básica de
gestão para a sua implementação e melhoria contínua.
Além disso, não é necessário um profissional
responsável legalmente pelo GRO, como no caso de alguns documentos como o
PCMSO, PPRA, Laudo de Insalubridade, Laudo de Periculosidade e LTCAT.
Sendo assim, a responsabilidade da elaboração e
implementação do GRO é da empresa e dos trabalhadores. Desta forma, o GRO será
estruturado, implantado e melhorado por uma equipe multidisciplinar, sendo que
cada um, dentro de sua capacidade técnica e limitação legal, terá sua
respectiva responsabilidade.
O
que deve constar no Gro?
Para
atender o GRO todas as empresas precisarão:
· Evitar
os riscos ocupacionais gerados em suas atividades;
· Identificar
todos os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados com suas
atividades;
· Avaliar
os riscos ocupacionais indicando o nível, ou seja, quantificando;
· Classificar
os riscos para poder determinar ações preventivas;
· Implementar
ações preventivas de acordo com a classificação dos riscos;
Monitorar
o controle de riscos ocupacionais.
Além dos itens mencionados acima, as empresas também
precisarão implementar e manter procedimentos para investigação de acidentes e
doenças relacionadas ao trabalho.
Assim como procedimento para respostas aos cenários de
emergências, de acordo com os riscos, as características e as circunstâncias
das atividades.
Já
em relação ao PGR, o mesmo deve conter, no mínimo, os seguintes documentos:
· inventário
de riscos; e
· plano
de ação.
Os documentos integrantes do PGR devem ser elaborados
sob a responsabilidade da organização, respeitado o disposto nas demais Normas
Regulamentadoras, datados e assinados.
Os documentos integrantes do PGR devem estar sempre
disponíveis aos trabalhadores interessados ou seus representantes e à Inspeção
do Trabalho.
Vantagens
que a sua empresa terá ao implementar o GRO
Implementar o GRO na empresa é uma decisão
estratégica, uma vez que responde ou atende a determinações legais.
No entanto, sua importância maior reside nos
resultados que oferece para a segurança da organização e de seus colaboradores.
Nesse
sentido, eis os principais motivos que reforçam a importância de a empresa elaborar
e implementar seu GRO:
Aumento
da produtividade
Quando a empresa adota diretrizes de saúde e segurança
do trabalho, em pouco tempo é possível perceber o aumento da produtividade de
seus colaboradores.
Isso é resultado de um ambiente mais seguro, pois o
GRO consegue eliminar e reduzir os riscos de acidentes e doenças ocupacionais.
Como resultado, o colaborador se sente mais seguro e motivado no exercício de
suas atividades.
Isso tudo resulta em um aumento da produtividade dos
funcionários, que passarão a entregar mais resultados positivos em suas
atividades.
Redução
do absenteísmo
Outra consequência de um ambiente mais seguro é a diminuição
das faltas dos colaboradores.
Afinal, questões relacionadas à saúde são as principais
causas de faltas no trabalho, seja por causa de doenças virais ou acidentes de
trabalho.
Como o GRO foca na preservação da saúde dos
trabalhadores e reduz os riscos ocupacionais, menos trabalhadores precisarão se
afastar do trabalho.
Logo, entre as vantagens do GRO, também está a redução
das faltas e ausências, algo que é muito bom para as empresas.
Pois quando um funcionário falta a produtividade
diminui e toda a empresa é comprometida.
Redução
de custos
A redução de custos está relacionada tanto ao aumento
da produtividade quanto à diminuição de faltas no trabalho.
Pois, empresas que sofrem com muitos acidentes de
trabalho acabam tendo que afastar os seus colaboradores, colocar outro
colaborador no lugar do afastado e até paralisar as operações.
Assim sendo, ao implementar o GRO, em médio prazo,
tende a ocorrer a redução de custos nas empresas. Afinal, menos colaboradores
sofrerão acidentes de trabalho e se afastarão das suas atividades diárias.
Além disso, quando a empresa segue as normas de
segurança ela terá menos chance de sofrer com multas trabalhistas.
Preservação
da imagem e reputação
Manter uma boa imagem e reputação é fundamental para a
sua empresa, por isso quando o número de acidentes em uma empresa ou até mesmo
a alta rotatividade de funcionários pode manchar a imagem da empresa.
Desse modo, tanto a sociedade começará a associar a
sua empresa a uma empresa que não respeita seus funcionários e os expõe a
riscos de acidentes. Isso acaba marcando o nome da sua empresa para sempre.
Por isso, implementar o GRO evitará que acidentes
aconteçam e a imagem e a reputação da empresa sejam preservadas. Além disso, os
seus funcionários falarão bem da empresa e isso também ajudará a manter uma boa
imagem e reputação no mercado de trabalho.
Preservar
a saúde e a integridade física dos trabalhadores
É papel e obrigação de toda empresa preservar a saúde
e a integridade física dos trabalhadores, afinal, o capital humano é o que as
empresas têm de mais valioso.
Por isso, implementar medidas de proteção como o GRO,
garante a saúde e a integridade física dos trabalhadores e permite que eles
possam executar as suas atividades de forma plena sem se preocupar com
possíveis acidentes.
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Conclusão
A implantação do GRO se dá inicialmente por meio da
elaboração de um documento com o propósito de identificar os perigos e riscos
existentes no ambiente de trabalho e nas operações.
Feito isso, é hora de definir as ações necessárias
para eliminação das condições de risco encontradas. Quando a empresa implanta o
gerenciamento de riscos ocupacionais, consegue reduzir o número de acidentes de
trabalho.
Por essa razão, é um forte instrumento para o
desenvolvimento de uma cultura forte na organização.
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