ÍNDICE
DE RISCOS DE TRABALHO EM ALTURA
Quando falamos de trabalho em altura, o primeiro
risco que temos e o maior causador de acidentes é o acesso ao local de
trabalho. Existem vários tipos de acessos como: escada móveis, andaimes,
escadas fixas (tipo marinheiro), plataforma elevatórias ou plataformas articuladas
e o alpinismo industrial ou acesso por cordas.
Cada acesso tem sua particularidade de uso, montagem e
riscos. Trouxemos para vocês um Índice de riscos no uso desses acessos. Abaixo
as particularidades de cada um deles e dicas de como utilizar de maneira
correta.
Alto
Risco de Acidente
Escadas Móveis
Os acessos com escadas portáteis são os mais perigosos
e que causam mais acidentes, é por isso que o mais recente anexo da NR35 (Anexo
III) traz que devem ser utilizadas em serviços de pequeno porte e de curta
duração.
Para realizar atividades com escadas portáteis a
primeira etapa é sempre realizar a APR (Analise Preliminar de Riscos) afim
de identificar os possíveis riscos do local e na atividade a ser realizada,
após a análise é importante realizar o estaiamento da escada, fixando ela nas
proximidades do local para garantir a estabilidade da escada. Existem técnicas
de montagem de linha de vida móvel em escadas portáteis podendo ser
debreável, que garante um resgate eficiente e rápido.
Abaixo
os itens normativos para melhor uso deste tipo de acesso:
NR35
– TRABALHO EM ALTURA – ANEXO III (ESCADAS)
4 – Escadas Individuais Portáteis
4.1 – As escadas portáteis devem ter uso restrito ao
acesso de trabalhadores e serviços de pequeno porte de curta duração.
4.2 – É vedada a colocação de escadas portáteis nas
proximidades de portas ou áreas de circulação, de aberturas e vãos e em locais
onde haja risco de queda de objetos ou materiais, exceto quando adotadas medida
de proteção.
4.3 – A escada portátil deve ser selecionada:
a – de acordo com a carga projetada, de forma a
resistir ao peso aplicado durante o acesso ou a execução da tarefa,
trabalhador, equipamentos e materiais;
b – considerando os esforços quando da utilização de
sistemas de proteção contra quedas;
c – considerando as situações de resgate.
4.4 – As escadas individuais portáteis devem ser
apoiadas em piso estável e possuir bases (sapatas) antiderrapantes, apropriadas
à natureza do piso.
4.5 – As escadas portáteis devem ser inspecionadas:
(Obs.: No arquivo PDF ou DOC, as alíneas deste subitem aparecem após o subitem
4.5.1.1.1)
4.5.1 – Na existência de defeitos ou imperfeições
suscetíveis de comprometer o desempenho das escadas portáteis estas devem ser
retiradas de uso.
4.5.1.1 – Quando suscetíveis de recuperação as escadas
portáteis devem ser reparadas pelo fabricante ou por empresa especializada.
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Andaimes
Assim como as escadas portáteis/móveis o risco no uso
de andaimes é altíssimo devido sua instabilidade e as particularidades na
montagem e uso.
Para realizar atividades com andaimes a primeira etapa
é sempre realizar a APR (Analise Preliminar de Riscos) afim de identificar os
possíveis riscos do local e na atividade a ser realizada, após a análise é
importante realizar o estaiamento do andaime, fixando nas proximidades do local
para garantir a estabilidade.
Abaixo
os itens normativos para melhor uso deste tipo de acesso:
NR18
– CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
ANDAIMES
SIMPLESMENTE APOIADOS
18.15.10 Os montantes dos andaimes devem ser
apoiados em sapatas sobre base sólida e nivelada capazes de resistir aos
esforços solicitantes e às cargas transmitidas.
18.15.11 É proibido trabalho em andaimes apoiados
sobre cavaletes que possuam altura superior a 2,00m (dois metros) e largura
inferior a 0,90m (noventa centímetros).
18.15.12 É proibido o trabalho em altura em andaimes
na periferia da edificação sem que haja proteção tecnicamente adequada, fixada
a estrutura da mesma.
18.15.13 É proibido o deslocamento das estruturas dos
andaimes com trabalhadores sobre os mesmos.
18.15.14 Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam
situados a mais de um metro de altura devem possuir escadas ou rampas.
18.15.15 O ponto de instalação de qualquer aparelho de
içar materiais deve ser escolhido, de modo a não comprometer a estabilidade e
segurança do andaime.
18.15.16 Os andaimes de madeira somente podem ser
utilizados em obras de até três pavimentos ou altura equivalente e devem ser
projetados por profissional legalmente habilitado.
18.15.17 O andaime deve ser fixado à estrutura da
construção, edificação ou instalação, por meio de amarração e estroncamento, de
modo a resistir aos esforços a que estará sujeito.
18.15.18 As torres de andaimes não podem exceder, em
altura, quatro vezes a menor dimensão da base de apoio, quando não estaiadas.
Médio
Risco de Acidente
Escadas fixas
Para ser usada com segurança, a escada marinheiro deve
seguir uma série Normas regulamentadoras (NR-12, NR-18 e NR-35, por exemplo,
tanto em seu projeto quanto em seu uso.
As escadas fixas para evitar quedas em altura devem
ser usadas com linhas de vida verticais podendo ser em cabo de aço com trava
quedas ou trava quedas retrátil, na ausência da linha de vida deve-se usar
talabarte Y conectando-se aos degraus.
De
acordo com a NR-12, Norma Regulamentadora de Segurança no Trabalho em Máquinas
e Equipamentos, artigo 12.76, a escada marinheiro deve possuir:
a) dimensão, construção e fixação seguras e
resistentes, de forma a suportar os esforços solicitantes;
b) constituição de materiais ou revestimentos
resistentes a intempéries e corrosão, caso estejam expostas em ambiente externo
ou corrosivo;
c) gaiolas de proteção, caso possuam altura superior a
3,50m, instaladas a partir de 2,0m do piso, ultrapassando a plataforma de
descanso ou o piso superior em pelo menos de 1,10m a 1,20m;
d) corrimão ou continuação dos montantes da escada
ultrapassando a plataforma de descanso ou o piso superior de 1,10m a 1,20m;
e) largura de 0,40m a 0,60m;
f) altura total máxima de 10,00m, se for de um único
lance;
g) altura máxima de 6,00m entre duas plataformas de
descanso, se for de múltiplos lances, construídas em lances consecutivos com
eixos paralelos, distanciados no mínimo em 0,70m;
h) espaçamento entre barras de 0,25m a 0,30m;
i) espaçamento entre o piso da máquina ou da
edificação e a primeira barra não superior a 0,55m;
j) distância em relação à estrutura em que é fixada
de, no mínimo, 0,15m;
k) barras de 0,025m a 0,038m de diâmetro ou espessura;
e
l) barras com superfícies, formas ou ranhuras a fim de
prevenir deslizamentos.
Desta forma, a escada marinheiro é excelente para
o uso em indústrias, caixas d’água, casas de máquinas em prédios, torres de
iluminação e telefonia, tanques de tratamento de água e esgoto e qualquer lugar
que necessitem a realização de trabalhos em altura com segurança.
Para ser usada de maneira adequada, o usuário
da escada marinheiro deve usar os pés nas barras inferiores e apoiar
as mãos nas barras superiores ao mesmo tempo.
Plataformas Elevatórias
Considerada um dos mais seguros acessos e o mais
utilizado na área industrial, as plataformas aéreas conseguem acessar locais de
difícil acesso. Para uso dela o trabalhador deve ter treinamento para manobrar
e utilizar a PTA. Abaixo algumas informações necessárias da NR18 – Anexo III
para uso das plataformas aéreas.
NR18
– CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO – ANEXO IV
(PLATAFORMAS DE TRABALHO AÉREO)
PLATAFORMAS
DE TRABALHO AÉREO
1
Definição
1.1 Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA é o equipamento
móvel, autopropelido ou não, dotado de uma estação de trabalho (cesto ou
plataforma) e sustentado em sua base por haste metálica (lança) ou tesoura,
capaz de erguer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado.
2
Requisitos Mínimos de Segurança
2.1 A PTA deve atender às especificações técnicas do
fabricante quanto a aplicação, operação, manutenção e inspeções periódicas.
2.2 O
equipamento deve ser dotado de:
a) dispositivos de segurança que garantam seu perfeito
nivelamento no ponto de trabalho, conforme especificação do fabricante;
b) alça de apoio interno;
c) guarda-corpo que atenda às especificações do
fabricante ou, na falta destas, ao disposto no item 18.13.5 da NR-18;
d) painel de comando com botão de parada de
emergência;
e) dispositivo de emergência que possibilite baixar o
trabalhador e a plataforma até o solo em caso de pane elétrica, hidráulica ou
mecânica;
f) sistema sonoro automático de sinalização acionado
durante a subida e a descida.
2.2.1 É proibido o uso de cordas, cabos, correntes ou
qualquer outro material flexível em substituição ao guarda corpo.
2.3 A PTA deve
possuir proteção contra choques elétricos, por meio de:
a) cabos de alimentação de dupla isolação;
b) plugs e tomadas blindadas;
c) aterramento elétrico;
d) Dispositivo Diferencial Residual (DDR).
3
Operação
3.1 Os manuais de operação e manutenção da PTA devem
ser redigidos em língua portuguesa e estar à disposição no canteiro de obras ou
frentes de trabalho.
3.2 É responsabilidade do usuário conduzir sua equipe
de operação e supervisionar o trabalho, a fim de garantir a operação segura da
PTA.
3.3 Cabe ao operador, previamente capacitado pelo
empregador na forma do item 5 deste Anexo, realizar a inspeção diária do local
de trabalho no qual será utilizada a PTA.
3.4 Antes do uso diário ou no início de cada turno
devem ser realizados inspeção visual e teste funcional na PTA.
Verificando-se
o perfeito ajuste e funcionamento dos seguintes itens:
a) Controles de operação e de emergência;
b) Dispositivos de segurança do equipamento;
c) Dispositivos de proteção individual, incluindo
proteção contra quedas;
d) Sistemas de ar, hidráulico e de combustível;
e) Painéis, cabos e chicotes elétricos;
f) Pneus e rodas;
g) Placas, sinais de aviso e de controle;
h) Estabilizadores, eixos expansíveis e estrutura em
geral;
i) Demais itens especificados pelo fabricante.
Baixo
Risco de Acidente
Alpinismo Industrial ou Acesso por Cordas
Para quem vê de fora parece ser o tipo de acesso
mais perigos de todos, pois o trabalhador fica pendurado em cordas, cheio de
equipamentos estranhos aos olhos de leigos.
Porém é o tipo de acesso mais seguro que existe e o
mais eficaz em relação a acesso difíceis.
O Alpinismo Industrial exige treinamentos específicos
obrigatórios como ABENDI, IRATA ou ANEAC que são instituições que ministram
esses treinamentos de altíssimo nível.
A montagem dos sistemas de acesso por cordas é de
complexidade, com distribuições de cargas, redução de forças, equalizações e
uso obrigatório de corda de backup, que nada mais é que uma corda secundária
para garantir segurança em dobro.
Em
comparação com os métodos tradicionais de acesso, a natureza leve e flexível do
Alpinismo Industrial proporciona muitas vantagens, como:
Custo–benefício –
o acesso por corda é um método económico, porque não inclui a montagem e/ou
desmontagem de andaimes, por sua vez poupa tempo e necessita de menor
quantidade de mão-de-obra;
Eficiente e rápido –
sistemas de acesso por corda são instalados e desmontados rapidamente. Menos
tempo em montagens e desmontagens significa menos tempo de inatividade e mais
tempo em obra. O equipamento de alpinismo permite ao técnico alcançar as áreas
mais confinadas e inacessíveis de qualquer edifício ou estrutura;
Segurança –
segundo um estudo realizado pela IRATA sobre o número de lesões ocorridas em
múltiplas indústrias, técnicos alpinistas formados são os profissionais que
correm o menor risco de ferimento, acidente ou qualquer perigo no local de
trabalho, encontrando-se no fim da tabela de número de lesões e ferimentos,
abaixo de todas as categorias;
Solução ideal –
no caso de uma altitude muito elevada (torres de transmissão, aerogeradores),
ou estruturas sobre a água (pontes, barragens, viadutos) – alpinismo industrial
é a opção mais prática e vantajosa para a pintura e restauro das mesmas;
Produtividade –
os trabalhos de reparação realizados pelos alpinistas industriais, não implicam
a interrupção dos processos de produção da indústria, independentemente da
complexidade das obras a realizar;
Facilidade de acesso –
acesso fácil e rápido às estruturas com o mínimo de equipamentos necessários.
Não possui limitações em altura e chega facilmente a zonas de acesso limitado;
Montagem –
rapidez de instalação e desocupação dos locais de obra. O Sistema de Alpinismo
Industrial pode ser montado e desmontado rapidamente, maximizando a
produtividade;
Discrição e comodidade – Mínimo
de perturbação das áreas adjacentes ao local de trabalho – o acesso às estruturas
é feito independentemente das condições do local, como escavações ou edifícios
e estruturas adjacentes, passagens estreitas, pontes ou viadutos, plataformas
sobre as águas, etc.;
Flexibilidade e versatilidade – devido
À rapidez e flexibilidade do sistema, mobilização e desmobilização do projeto é
minimizado, reduzindo assim os custos e prazos de entrega de obra;
Inspeção “In loco” –
o acesso por corda permite inspeções tácteis muito próximas do local e em
prazos bastante mais curtos que outras formas de acesso;
Impacto visual –
alpinismo industrial tem um menor impacto visual em estruturas e edifícios.
Este aspeto é especialmente relevante em trabalhos com monumentos e estruturas
históricas. Igualmente o acesso por corda reduz significativamente o risco de
danos de acabamento da fachada ou estrutura.
As
normas que se aplicam a esse tipo de acesso são a NBR15475 –
Acesso por Cordas – Qualificação e certificação de pessoas e NBR15595 – Acesso
por Cordas – Procedimento para aplicação de método.
Quando falamos de trabalho em altura, procure
sempre o acesso mais seguro para sua necessidade, valorize sempre a vida!
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