ENTENDA
A RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DE RISCOS E COMPLIANCE
As empresas devem sempre estar em conformidade com as
normas vigentes para evitar complicações legais e oferecer um ambiente adequado
aos colaboradores. Por isso, a gestão de riscos de compliance merece a atenção
dos profissionais de segurança do trabalho.
O descumprimento da legislação de saúde e segurança é
uma das situações potencialmente perigosas. Por isso, gestão de riscos e
compliance devem compartilhar processos e atividades em benefício da
organização.
Para entender o que é gestão de riscos de compliance e
qual o papel das duas áreas na empresa, continue a leitura deste conteúdo. A
seguir, abordamos os postos-chaves para você melhorar as suas práticas.
Confira!
Definição
de compliance
Compliance se refere ao estado
de conformidade com regras e princípios legais e éticos. O termo deriva do
verbo “to comply” (“cumprir”), mas também é utilizado para se referir à unidade
interna e às medidas de controle que garantem a conformidade. Assim, falamos em
departamento e práticas de compliance.
No Brasil, o tema se tornou popular após o surgimento
da Lei Anticorrupção, que trouxe as normas para elaborar o programa de
integridade.
No
entanto, o setor trata da conformidade com a legislação em diferentes níveis:
Ø Legislação
de saúde e segurança do trabalho;
Ø Cumprimento
das obrigações tributárias;
Ø Combate
aos atos de corrupção;
Ø Proteção
dos colaboradores contra assédio;
Ø Colaboração
com as entidades públicas em caso de infrações;
Ø Respeito
às leis ambientais.
No setor de saúde e segurança do trabalho, os
profissionais lidam com a gestão de riscos e compliance mesmo se a empresa não
tem um departamento específico. É que os padrões e critérios utilizados pelos
especialistas estão previstos em normas, como a NR1 e a ISO
45001.
Conceito
de gestão de riscos
Já a gestão de riscos é a organização dos
recursos (humanos, tecnológicos, financeiros e materiais) para mapear as
situações e atividades que podem causar danos às pessoas e às empresas,
implementado as medidas necessárias para garantir a segurança.
Essa atividade também pode ser exercida por diferentes
áreas e profissionais. Há riscos de o consumidor não gostar dos produtos, de o
fornecedor não entregar os pedidos no prazo, de o crédito bancário não ser
liberado, entre outros.
Na área ocupacional, o tema é uma prioridade absoluta.
Com essa gestão, identificamos os fatores de risco e implementamos
medidas para eliminar ou minimizar as probabilidades de eventos indesejados.
Logo, prevenimos acidentes e doenças, em vez de apenas reagir aos
acontecimentos.
Semelhanças
entre Gestão de Riscos e Compliance
A figura que melhor representa a relação entre gestão
de riscos e compliance é a intersecção. Temos dois círculos de atividades com
um ponto de contato: a gestão de riscos de compliance. Isto é, certos eventos
que potencialmente podem causar danos são igualmente responsáveis por
violar normas legais e éticas.
Nesse ponto, a gestão de riscos funciona como uma
medida de compliance. Identificamos quais fatores podem levar ao descumprimento
das normas e como reforçá-las na organização, por meio de atividades de
gerenciamento.
A conformidade é uma meta para a gestão de riscos. Os
profissionais de segurança do trabalho, por exemplo, estão frequentemente
atentos ao cumprimento das normas reguladoras, até mesmo em relação à
documentação e à prestação de contas aos órgãos públicos.
Outra consequência é a integração de processos e
atividades. Para ilustrar, a investigação de acidente de trabalho, os
diálogos diários de segurança, os treinamentos são atividades que buscam
reduzir riscos e ajudam a manter a conformidade com a lei, ou seja, lidam com a
gestão de riscos de compliance.
Diferenças
entre gestão de riscos e compliance
Tanto a gestão de riscos como o compliance podem ser utilizados
para outros objetivos além dos pontos em comum. Consequentemente, existem
distinções entre as duas áreas na empresa.
A gestão de riscos pode ser aplicada em áreas que não
geram o descumprimento da legislação. Por exemplo, se a empresa deseja abrir um
novo estabelecimento, existem riscos que nada têm a ver com as normas
legais — como as pessoas simplesmente não estarem interessadas nos
produtos e serviços.
Na gestão ocupacional, temos as empresas que
tratam o bem-estar como benefício ou meio para aumentar a produtividade. Por
exemplo, a organização pode não ter um risco legal ligado à alimentação do
colaborador em casa, mas ao orientá-lo minimiza as chances de ausências ao
trabalho por doenças.
Já o compliance lida com a reparação e colaboração, denúncias
internas e comunicação da empresa quando os danos já foram implementados, entre
outros exemplos. E, em relação ao gerenciamento de riscos ocupacionais, ele é
mais amplo, lidando com corrupção, sustentabilidade, tributos etc.
Com o crescimento da empresa, a gestão de riscos
ocupacionais e o departamento de compliance costumam ser unidades próprias, mas
com integração. O motivo é tornar o setor de compliance independente,
julgando atos contrários a normas legais e morais sem risco de interferência.
Benefícios
de uma gestão integrada
A gestão de riscos ocupacionais integrada ao
compliance gera benefícios para a empresa, porque os conceitos se encontram na
maioria das atividades. Para finalizar, listamos as principais vantagens de
adotar o modelo, confira!
Valorização
da empresa
Uma empresa que respeita as normas de saúde e
segurança do trabalho promove o bem-estar dos colaboradores e constrói uma
imagem positiva junto ao mercado. Com isso, torna-se um lugar mais atrativo
para os profissionais mais qualificados.
Maior
gestão e alinhamento de processos
Internamente, é possível evitar retrabalhos e manter
as atividades direcionadas para os propósitos comuns. Até porque, diversas
medidas de saúde e segurança do trabalho também são ações de compliance, uma
vez que se baseiam nos requisitos legais.
Integração
entre departamentos
O conhecimento técnico dos profissionais de segurança
é fundamental para fazer gestão de riscos de compliance, e os processos e
atividades alinhadas favorecem essa comunicação.
Um bom exemplo de integração é a tecnologia na
segurança do trabalho. O software especializado já traz as classificações de
risco, programas e atividades dentro daquilo que preveem as normas
regulamentadoras. E ambos os setores podem atuar em conjunto, com visibilidade
dos processos e atividades em andamento.
Prevenção
de riscos à atividade exercida
A gestão integrada favorece os resultados diretos,
especialmente a prevenção de riscos adequada a cada atividade. As
justificativas de compliance dão força para que as orientações dos
profissionais de segurança sejam ouvidas junto à administração da empresa, como
os investimentos em tecnologia, em mudanças nos ambientes de trabalho e em
treinamentos.
Fortalecimento
da cultura da empresa
As duas áreas fortalecidas e integradas ajudam a
consolidar uma cultura de segurança na empresa. Tanto a gestão de
riscos ocupacionais como o compliance realizam atividades para reforçar
comportamentos seguros, e a integração permite que as medidas sejam
implementadas em conjunto, otimizando as atividades e reduzindo custos.
Conclusão
Os benefícios apontados mostram a importância da
integração entre gestão de riscos e compliance. Uma atividade depende da outra
para que ambas tenham sucesso na empresa e contribuam para uma organização
livre de processos judiciais, bem como para oferecer um ambiente de trabalho
adequado aos colaboradores.
Sendo assim, vale a pena investir na gestão de riscos
de compliance como uma meta para o setor de segurança do trabalho. Os
profissionais de segurança conseguem interpretar os fatores de riscos,
avaliando se a empresa obedece às leis e às normas regulamentadoras. Logo,
contribuem para que a organização esteja em conformidade.
Gostou do conteúdo? Conte para gente nos comentários e
não deixe de compartilhar nas redes sociais.
Siga o Blog e Deixe seu comentário e compartilhe este
artigo em suas redes sociais para que mais pessoas se informem sobre
o tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário