segunda-feira, 8 de agosto de 2022

 



 

 

ENTENDA A RELAÇÃO ENTRE GESTÃO DE RISCOS E COMPLIANCE

 

 


 

As empresas devem sempre estar em conformidade com as normas vigentes para evitar complicações legais e oferecer um ambiente adequado aos colaboradores. Por isso, a gestão de riscos de compliance merece a atenção dos profissionais de segurança do trabalho.

O descumprimento da legislação de saúde e segurança é uma das situações potencialmente perigosas. Por isso, gestão de riscos e compliance devem compartilhar processos e atividades em benefício da organização.

Para entender o que é gestão de riscos de compliance e qual o papel das duas áreas na empresa, continue a leitura deste conteúdo. A seguir, abordamos os postos-chaves para você melhorar as suas práticas. Confira!

 

Definição de compliance

 

Compliance se refere ao estado de conformidade com regras e princípios legais e éticos. O termo deriva do verbo “to comply” (“cumprir”), mas também é utilizado para se referir à unidade interna e às medidas de controle que garantem a conformidade. Assim, falamos em departamento e práticas de compliance.

No Brasil, o tema se tornou popular após o surgimento da Lei Anticorrupção, que trouxe as normas para elaborar o programa de integridade.

 

No entanto, o setor trata da conformidade com a legislação em diferentes níveis:

 

Ø Legislação de saúde e segurança do trabalho;

Ø Cumprimento das obrigações tributárias;

Ø Combate aos atos de corrupção;

Ø Proteção dos colaboradores contra assédio;

Ø Colaboração com as entidades públicas em caso de infrações;

Ø Respeito às leis ambientais.

 

No setor de saúde e segurança do trabalho, os profissionais lidam com a gestão de riscos e compliance mesmo se a empresa não tem um departamento específico. É que os padrões e critérios utilizados pelos especialistas estão previstos em normas, como a NR1 e a ISO 45001.

 

Conceito de gestão de riscos

 

Já a gestão de riscos é a organização dos recursos (humanos, tecnológicos, financeiros e materiais) para mapear as situações e atividades que podem causar danos às pessoas e às empresas, implementado as medidas necessárias para garantir a segurança.

Essa atividade também pode ser exercida por diferentes áreas e profissionais. Há riscos de o consumidor não gostar dos produtos, de o fornecedor não entregar os pedidos no prazo, de o crédito bancário não ser liberado, entre outros.

Na área ocupacional, o tema é uma prioridade absoluta. Com essa gestão, identificamos os fatores de risco e implementamos medidas para eliminar ou minimizar as probabilidades de eventos indesejados. Logo, prevenimos acidentes e doenças, em vez de apenas reagir aos acontecimentos.

 

Semelhanças entre Gestão de Riscos e Compliance

 

A figura que melhor representa a relação entre gestão de riscos e compliance é a intersecção. Temos dois círculos de atividades com um ponto de contato: a gestão de riscos de compliance. Isto é, certos eventos que potencialmente podem causar danos são igualmente responsáveis por violar normas legais e éticas.

Nesse ponto, a gestão de riscos funciona como uma medida de compliance. Identificamos quais fatores podem levar ao descumprimento das normas e como reforçá-las na organização, por meio de atividades de gerenciamento.

A conformidade é uma meta para a gestão de riscos. Os profissionais de segurança do trabalho, por exemplo, estão frequentemente atentos ao cumprimento das normas reguladoras, até mesmo em relação à documentação e à prestação de contas aos órgãos públicos.

Outra consequência é a integração de processos e atividades. Para ilustrar, a investigação de acidente de trabalho, os diálogos diários de segurança, os treinamentos são atividades que buscam reduzir riscos e ajudam a manter a conformidade com a lei, ou seja, lidam com a gestão de riscos de compliance.

 

Diferenças entre gestão de riscos e compliance

 

Tanto a gestão de riscos como o compliance podem ser utilizados para outros objetivos além dos pontos em comum. Consequentemente, existem distinções entre as duas áreas na empresa.

A gestão de riscos pode ser aplicada em áreas que não geram o descumprimento da legislação. Por exemplo, se a empresa deseja abrir um novo estabelecimento, existem riscos que nada têm a ver com as normas legais — como as pessoas simplesmente não estarem interessadas nos produtos e serviços.

Na gestão ocupacional, temos as empresas que tratam o bem-estar como benefício ou meio para aumentar a produtividade. Por exemplo, a organização pode não ter um risco legal ligado à alimentação do colaborador em casa, mas ao orientá-lo minimiza as chances de ausências ao trabalho por doenças.

Já o compliance lida com a reparação e colaboração, denúncias internas e comunicação da empresa quando os danos já foram implementados, entre outros exemplos. E, em relação ao gerenciamento de riscos ocupacionais, ele é mais amplo, lidando com corrupção, sustentabilidade, tributos etc.

Com o crescimento da empresa, a gestão de riscos ocupacionais e o departamento de compliance costumam ser unidades próprias, mas com integração. O motivo é tornar o setor de compliance independente, julgando atos contrários a normas legais e morais sem risco de interferência.

 

Benefícios de uma gestão integrada

 

A gestão de riscos ocupacionais integrada ao compliance gera benefícios para a empresa, porque os conceitos se encontram na maioria das atividades. Para finalizar, listamos as principais vantagens de adotar o modelo, confira!

 

Valorização da empresa

 

Uma empresa que respeita as normas de saúde e segurança do trabalho promove o bem-estar dos colaboradores e constrói uma imagem positiva junto ao mercado. Com isso, torna-se um lugar mais atrativo para os profissionais mais qualificados.

 

Maior gestão e alinhamento de processos

 

Internamente, é possível evitar retrabalhos e manter as atividades direcionadas para os propósitos comuns. Até porque, diversas medidas de saúde e segurança do trabalho também são ações de compliance, uma vez que se baseiam nos requisitos legais.

 

Integração entre departamentos

 

O conhecimento técnico dos profissionais de segurança é fundamental para fazer gestão de riscos de compliance, e os processos e atividades alinhadas favorecem essa comunicação.

Um bom exemplo de integração é a tecnologia na segurança do trabalho. O software especializado já traz as classificações de risco, programas e atividades dentro daquilo que preveem as normas regulamentadoras. E ambos os setores podem atuar em conjunto, com visibilidade dos processos e atividades em andamento.

 

Prevenção de riscos à atividade exercida

 

A gestão integrada favorece os resultados diretos, especialmente a prevenção de riscos adequada a cada atividade. As justificativas de compliance dão força para que as orientações dos profissionais de segurança sejam ouvidas junto à administração da empresa, como os investimentos em tecnologia, em mudanças nos ambientes de trabalho e em treinamentos.

 

Fortalecimento da cultura da empresa

 

As duas áreas fortalecidas e integradas ajudam a consolidar uma cultura de segurança na empresa. Tanto a gestão de riscos ocupacionais como o compliance realizam atividades para reforçar comportamentos seguros, e a integração permite que as medidas sejam implementadas em conjunto, otimizando as atividades e reduzindo custos.

 

Conclusão

 

Os benefícios apontados mostram a importância da integração entre gestão de riscos e compliance. Uma atividade depende da outra para que ambas tenham sucesso na empresa e contribuam para uma organização livre de processos judiciais, bem como para oferecer um ambiente de trabalho adequado aos colaboradores.

Sendo assim, vale a pena investir na gestão de riscos de compliance como uma meta para o setor de segurança do trabalho. Os profissionais de segurança conseguem interpretar os fatores de riscos, avaliando se a empresa obedece às leis e às normas regulamentadoras. Logo, contribuem para que a organização esteja em conformidade.

 

 

 

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