terça-feira, 7 de dezembro de 2021

 



 

BRASIL: A 4ª NAÇÃO COM MAIS ACIDENTES DE TRABALHO

 

 

Dados revelados pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho revelam que, em 2016, acontecia um acidente de trabalho a cada 47 segundos, no Brasil. Com este alto índice de casos, o país registrou mais de 3,5 milhões de acidentes laborais entre os anos de 2012 a 2016.

 

A situação dos trabalhadores do Brasil se torna ainda mais alarmante ao se considerar que 13.363 acidentes resultaram em morte, neste mesmo período de tempo (2012 – 2016), segundo os dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

 

O quadro da segurança e saúde do trabalho não apresentou melhoras muito significativas em 2017.  Pelo contrário, com a estimativa de 700 mil acidentes ocorridos por ano, o Brasil garantiu a quarta posição no ranking entre as nações que mais registram acidentes durante as atividades laborais em todo o mundo, perdendo apenas para a China, Índia e Indonésia.

 

O assunto é sério e merece uma atenção especial tanto dos empregadores, quanto dos próprios trabalhadores, que muitas vezes, não dão a devida importância ao assunto e se expõe às situações de riscos, comprometendo desnecessariamente a sua saúde e segurança e gerando despesas para todo o país.

 

Somente entre os anos de 2012 a 2016, os acidentes de trabalho geraram um custo de mais de R$ 22 milhões aos cofres públicos, que tiveram que arcar com os gastos da Previdência Social, garantindo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente para os trabalhadores acidentados e suas famílias. Neste valor, não está incluso, no entanto, os casos de acidentes em ocupações informais, que poderia aumentar os gastos para até R$ 40 milhões.

 

Perfil dos acidentes e acidentados

 

Os condutores de caminhões e carretas estão entre as principais vítimas dos acidentes de trabalho no Brasil.

A estimativa de acidentes registrados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social inclui todo tipo de caso que possa trazer danos à saúde e integridade do trabalhador, como fraturas, cortes, lacerações, contusões, esmagamentos, amputações, entre outros. Além disso, os índices incluem não apenas os acidentes que ocorrem durante o expediente e dentro do ambiente de trabalho, mas também durante o deslocamento dos profissionais.

 

As doenças ocupacionais também são consideradas acidentes de trabalho.  Inclusive, são elas as principais responsáveis pelos afastamentos que acontecem atualmente dentro das organizações. Entre as doenças laborais, as que mais se destacam são a depressão e outros casos psiquiátricos, além das doenças osteomusculares, como LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

 

No quadro de acidentes e doenças ocupacionais, os trabalhadores entre 30 e 34 anos de idade aparecem como as principais vítimas. Já entre as áreas que mais registram acidentes de trabalho estão a indústria, a engenharia civil, e o setor de serviços, com ênfase nos motoristas de caminhões e carretas, que lideram o número de óbitos e ficam em segundo lugar entre os profissionais que mais registram casos de incapacidade permanente.

 

Confira, na tabela abaixo, outros dados relacionados aos acidentes de trabalho ocorridos em todo o Brasil*:



*Quantidade mensal de acidentes de trabalho liquidados, dos anos de 2014 a 2016.
Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social 2016

 

Como mudar este cenário

 

Mais preocupante e alarmante do que os altos índices de acidentes do Brasil, é considerar que a grande maioria poderia e pode ser evitada. Basta que as empresas e os trabalhadores olhem para a questão da segurança e saúde do trabalho com mais atenção e se comprometam a assumir as suas responsabilidades.

 

Aos empregadores, cabe fornecer todos os equipamentos de proteção individual e coletiva; treinar e atualizar a sua equipe de funcionários para que ela realize suas atividades corretamente e com segurança; respeitar os horários de trabalho e não promover excesso de jornada; e garantir que o ambiente e as condições de trabalho protejam a integridade do trabalhador. É válido lembrar, também, que todas as exigências do MTE devem ser atendidas, incluindo as determinações das Normas Regulamentadoras e a elaboração de documentos.

 

Já a responsabilidade dos colaboradores é exigir que a empresa cumpra com todos as suas obrigações e informar ao órgão responsável caso os equipamentos e treinamentos necessários não sejam fornecidos. Também cabe ao profissional adotar todas as medidas prevencionistas necessárias para a realização de suas atividades, assim como denunciar a empresa se ela o expor a situações de riscos.

 

Sua empresa pode fazer a diferença

 

Os seus colaboradores podem ficar fora dos índices dos acidentes de trabalho do Brasil, basta que você forneça a eles todo o suporte necessário para a realização de suas atividades.

 

 

 

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