BRASIL:
A 4ª NAÇÃO COM MAIS ACIDENTES DE TRABALHO
Dados revelados pelo Observatório Digital de
Saúde e Segurança do Trabalho revelam que, em 2016, acontecia um acidente
de trabalho a cada 47 segundos, no Brasil. Com este alto índice de casos, o
país registrou mais de 3,5 milhões de acidentes laborais entre os anos de 2012
a 2016.
A situação dos trabalhadores do Brasil se torna ainda
mais alarmante ao se considerar que 13.363 acidentes resultaram em morte, neste
mesmo período de tempo (2012 – 2016), segundo os dados fornecidos pelo
Ministério do Trabalho e Previdência Social.
O quadro da segurança e saúde do trabalho
não apresentou melhoras muito significativas em 2017. Pelo
contrário, com a estimativa de 700 mil acidentes ocorridos por ano, o Brasil
garantiu a quarta posição no ranking entre as nações que mais registram
acidentes durante as atividades laborais em todo o mundo, perdendo apenas
para a China, Índia e Indonésia.
O assunto é sério e merece uma atenção especial tanto
dos empregadores, quanto dos próprios trabalhadores, que muitas vezes, não dão
a devida importância ao assunto e se expõe às situações de riscos,
comprometendo desnecessariamente a sua saúde e segurança e gerando despesas
para todo o país.
Somente entre os anos de 2012 a 2016, os
acidentes de trabalho geraram um custo de mais de R$ 22 milhões aos cofres
públicos, que tiveram que arcar com os gastos da Previdência Social, garantindo
auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e
auxílio-acidente para os trabalhadores acidentados e suas famílias. Neste
valor, não está incluso, no entanto, os casos de acidentes em ocupações
informais, que poderia aumentar os gastos para até R$ 40 milhões.
Perfil
dos acidentes e acidentados
Os condutores de caminhões e carretas estão entre as
principais vítimas dos acidentes de trabalho no Brasil.
A estimativa de acidentes registrados pelo Ministério
do Trabalho e Previdência Social inclui todo tipo de caso que possa trazer
danos à saúde e integridade do trabalhador, como fraturas, cortes, lacerações,
contusões, esmagamentos, amputações, entre outros. Além disso, os índices
incluem não apenas os acidentes que ocorrem durante o expediente e dentro do
ambiente de trabalho, mas também durante o deslocamento dos profissionais.
As doenças ocupacionais também são consideradas
acidentes de trabalho. Inclusive, são elas as principais responsáveis
pelos afastamentos que acontecem atualmente dentro das organizações. Entre as
doenças laborais, as que mais se destacam são a depressão e outros casos
psiquiátricos, além das doenças osteomusculares, como LER (Lesão por Esforço
Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).
No quadro de acidentes e doenças ocupacionais, os
trabalhadores entre 30 e 34 anos de idade aparecem como as principais vítimas.
Já entre as áreas que mais registram acidentes de trabalho estão a indústria, a
engenharia civil, e o setor de serviços, com ênfase nos motoristas de caminhões
e carretas, que lideram o número de óbitos e ficam em segundo lugar entre os
profissionais que mais registram casos de incapacidade permanente.
Confira, na tabela abaixo, outros dados relacionados
aos acidentes de trabalho ocorridos em todo o Brasil*:
*Quantidade
mensal de acidentes de trabalho liquidados, dos anos de 2014 a 2016.
Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social 2016
Como
mudar este cenário
Mais preocupante e alarmante do que os altos índices
de acidentes do Brasil, é considerar que a grande maioria poderia e pode ser
evitada. Basta que as empresas e os trabalhadores olhem para a questão da segurança
e saúde do trabalho com mais atenção e se comprometam a assumir as suas
responsabilidades.
Aos empregadores, cabe fornecer todos os equipamentos
de proteção individual e coletiva; treinar e atualizar a sua equipe de
funcionários para que ela realize suas atividades corretamente e com segurança;
respeitar os horários de trabalho e não promover excesso de jornada; e garantir
que o ambiente e as condições de trabalho protejam a integridade do
trabalhador. É válido lembrar, também, que todas as exigências do MTE devem ser
atendidas, incluindo as determinações das Normas Regulamentadoras e a
elaboração de documentos.
Já a responsabilidade dos colaboradores é exigir que a
empresa cumpra com todos as suas obrigações e informar ao órgão responsável
caso os equipamentos e treinamentos necessários não sejam fornecidos. Também
cabe ao profissional adotar todas as medidas prevencionistas necessárias para a
realização de suas atividades, assim como denunciar a empresa se ela o expor a
situações de riscos.
Sua
empresa pode fazer a diferença
Os seus colaboradores podem ficar fora dos índices dos
acidentes de trabalho do Brasil, basta que você forneça a eles todo o suporte
necessário para a realização de suas atividades.
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o tema.
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