O
uso de EPI’s na Construção Civil
O mercado de Segurança do Trabalho é regido por uma
série de normas regulatórias, das quais faz parte a NR 8. Ela delimita as
práticas obrigatórias para garantir a segurança dos trabalhadores da construção
civil e proporcionar a eles o máximo de ergonomia e de eficiência no dia a dia.
Mas o que diz esse texto legal e quais são os principais EPI’s utilizados na
construção civil?
No artigo de hoje, você descobrirá tudo sobre a NR 8 e
entenderá, de uma vez por todas, como escolher equipamento de proteção individual
para a construção civil. Pronto para aprender? Então, vamos lá!
O
que é a NR 8?
Como outras normas do setor, ela foi criada no ano de
1978 por meio da Portaria n. 3214. O objetivo desse texto legal é classificar
todas as normas relativas à Segurança do Trabalho, à Medicina do Trabalho e à
Higiene do Trabalho para garantir o máximo de salubridade nas empresas e
indústrias.
Todo o texto descrito nas NR’s é obrigatório, ou seja,
tem que ser seguido por todas as empresas que fazem a contratação de colaboradores
pelo regime da CLT. Cada norma se dedica a descrever as melhores práticas e
regras para um determinado setor ou atividade comercial, e a NR 8 é aquela que
se destina a regulamentar todas as proteções e garantias específicas para os
trabalhadores da construção civil e de edificações.
Quais
são os principais pontos dessa norma reguladora?
A NR 8 não apenas descreve os principais EPI’s
utilizados na construção civil e os recursos que devem ser adotados pelas
empresas para melhorar o conforto, a ergonomia e a segurança no ambiente de
trabalho. Ela também versa sobre os ambientes de circulação da construção civil
e sobre as adaptações necessárias para torná-los mais seguros.
Nos tópicos abaixo, você conferirá os principais
pontos dessa norma reguladora.
Circulação
Em sua primeira parte, a NR 8 se concentra em
descrever como devem ser feitas as instalações de pisos para garantir a melhor
circulação no espaço da obra. Ela determina que os pisos instalados não podem apresentar
saliências ou depressões, que as aberturas em passos e paredes devem ser
vedadas para impedir a queda de pessoas e objetos e que pisos, escadas e rampas
devem oferecer resistência para suportar as cargas que trafegam sobre eles.
Além disso, a norma estabelece a necessidade da
instalação de materiais antiderrapantes e outros recursos antiqueda para evitar
acidentes em locais em que há risco de escorregamento.
Proteção
contra intempéries
Outro ponto importante dessa norma está relacionado às
regras para proteger os trabalhadores de intempéries que, segundo o
entendimento legal, são todos os fatores externos que fogem do controle do
responsável pela obra, como é o caso dos temporais.
Para estar pronta para lidar com esses fatores, a NR 8
define que cada unidade autônoma ou parte externa de uma obra deve observar as
normas técnicas oficiais para garantir que os espaços tenham:
· resistência
ao fogo;
· isolamento
térmico;
· isolamento
acústico;
· resistência
estrutural;
· alta
impermeabilidade.
O texto ainda exige que esses locais da obra ofereçam
proteção contra a chuva e a umidade e que eles não ofereçam risco de insolação
excessiva ou falta de sol.
Quais
EPIs são os principais utilizados na construção civil?
Uma empresa cuja atividade-fim está submetida a essa norma
reguladora (construtoras e empresas especializadas em reformas e manutenção de
edificações, por exemplo) também tem a obrigação legal de obedecer às demais
normas, inclusive à NR 6, que trata do uso de equipamentos de proteção.
O equipamento de proteção individual é um dos
principais recursos que uma organização tem para manter a segurança da
atividade laboral e, portanto, é fundamental identificar quais são os
equipamentos de proteção que não podem faltar na rotina dos seus trabalhadores.
Abaixo, você descobrirá os principais EPIs utilizados
na construção civil e entenderá como eles colaboram para melhorias na Segurança
do Trabalho.
Capacete
de segurança
Como quedas de objetos e escorregões são muito comuns
nos canteiros da construção civil, um equipamento de proteção individual
indispensável para o setor é o capacete. Ele deve ser rígido e oferecer algum
tipo de fixação que garanta o conforto e a proteção, principalmente quando o
trabalhador está em movimento.
Máscaras
e respiradores
Obras movimentam muita poeira e detritos que, quando
inalados, podem resultar em problemas respiratórios de longo prazo. Por isso,
as máscaras e os respiradores também não podem faltar entre os EPIs da
construção civil.
Calçado
de segurança
Como você pode notar, o objetivo principal dessa
normatização é oferecer proteção para que o trabalhador não caia, mas, se cair,
não se machuque durante a queda. Um equipamento que ajuda a contornar esse
problema é o calçado de segurança antiderrapante, utilizado para evitar
escorregões e proteger as pontas dos pés no caso de queda de materiais pesados,
como as vigas de sustentação.
Os calçados de segurança também têm uma ponta
especial, feita em metal, que cobre os dedos para que eles não sejam quebrados
ou amassados em caso de acidente.
Luvas
de segurança
Proteger as mãos é igualmente muito importante para
garantir a qualidade do trabalho e a segurança dos profissionais da construção
civil. Dessa forma, as luvas de segurança tratam de evitar os cortes e as
escoriações causados por equipamentos comuns na construção civil e são muito
utilizadas no setor para garantir a Segurança no Trabalho.
Cintos
de segurança
Por último, não devemos esquecer que a construção
civil é um setor que depende do trabalho em grandes alturas. Para coibir riscos
de queda e evitar acidentes com consequências drásticas, o cinto de segurança é
utilizado nesse segmento para assegurar que os profissionais não despencarão
durante a execução de tarefas em suspensão.
As normas regulatórias são essenciais para o bom
funcionamento das empresas e indústrias, pois garantem a proteção e a segurança
dos colaboradores. A NR 8 determina especificações relacionadas ao ambiente de
trabalho que fazem muita diferença na qualidade de vida e no conforto dos
profissionais.
Quais
são os 5 erros mais comuns na segurança de edificações?
Agora que você já conhece os principais tipos de EPI’s
usados na construção civil, que tal entender como a maioria dos acidentes nesse
setor acontece? Selecionamos os principais erros na segurança de edificações e
mostramos a você como contorná-los com estratégias de Segurança do Trabalho,
como a utilização de EPI’s. Confira!
1.
Usar EPIs de má qualidade
Uma obra é tão eficiente quanto os equipamentos que
usamos nela, não é mesmo? Do cimento ao tijolo e às madeiras, tudo deve ser
escolhido para que apresente qualidade, durabilidade e alta segurança para os
futuros moradores. Mas, buscando maneiras de economizar, algumas construtoras
cortam o orçamento de EPI’s e adquirem equipamentos de baixa qualidade ou sem
certificação.
Investir em EPI’s de qualidade é um jeito simples de
garantir que os seus profissionais estarão bem equipados para realizar as
atividades do dia a dia e incorrerão em menores riscos.
2.
Ignorar as regras do setor
Conforme mostramos ao longo deste texto, a NR 8
regulamenta como e quais tipos de EPIs são usados na construção civil. Mas,
mesmo com esse texto legal bastante claro, muitas empresas falham em aplicar as
suas instruções no dia a dia e aumentam o risco da incidência de acidentes.
Por isso, faça uma boa leitura do documento e compare
com as ações de segurança implementadas pela organização. Há grandes chances de
algumas delas não estarem de acordo com o texto da lei sobre proteção aos
indivíduos que trabalham no segmento e contornar isso é uma das formas mais
fáceis de prevenir acidentes.
3.
Não ter a iluminação adequada
Quando um edifício está em construção, nem sempre ele
tem os equipamentos necessários para que o trabalho dos profissionais da
construção civil seja bem executado. Um desafio constante nas obras é referente
à iluminação adequada.
Nem sempre a luz natural é a mais indicada para
garantir a segurança dos colaboradores, principalmente quando consideramos os
ambientes internos da obra. Verificar se há uma boa visibilidade em todas as
horas da jornada de trabalho é uma maneira de evitar acidentes comuns, como
quedas e escorregões na construção.
4.
Não ter profissionais qualificados
Outro problema comum na construção civil é não
encontrar profissionais qualificados o suficiente para trabalhar em uma obra.
Ao contrário do que você imagina, isso não refletirá apenas em uma qualidade
menor no resultado final. Profissionais com baixa qualificação também estão
mais em risco de acidentes porque não conhecem os procedimentos adequados para
se proteger.
Por isso, é necessário ter atenção no momento de
contratação e verificar o quanto cada um dos colaboradores sabe sobre Segurança
do Trabalho antes de enviá-los para a obra. Se preciso, vale investir em
treinamentos curtos sobre Segurança do Trabalho, que podem ser ministrados
pelos membros mais experientes da equipe e que ajudarão a reduzir o risco de
acidentes na obra.
5. Não investir em uma boa análise de riscos
O primeiro passo de qualquer projeto é a análise de
risco. Durante essa análise, são observados os pontos fracos e fortes do
projeto, bem como o que fazer para que surjam tão poucos percalços quanto
possível.
A Segurança do Trabalho deve ser incluída entre os
procedimentos de análise de risco. Fazer isso permitirá que a equipe saiba
quais são as áreas mais sensíveis do processo de construção, com maior
incidência de acidentes, e possa dar atenção especial aos procedimentos de
segurança nessas etapas de maior risco.
Descumprir qualquer uma das disposições legais
determinadas pela NR 8 acarreta muitos problemas para as empresas, como multas
e punições severas, chegando até ao fechamento da obra. Portanto, é fundamental
ter atenção aos pontos mencionados aqui e procurar implementá-los o quanto
antes para não sofrer prejuízos desnecessários.
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