Melhores
Práticas de SST exigem envolvimento geral, alta gestão e procedimentos bem
definidos
Práticas que visam evitar acidentes não são simples de
serem identificadas. A busca pela prevenção esbarra na falta de procedimentos,
protocolos ou na ausência de informação disponível para tomada de decisão ou
formulação de práticas padronizadas e Planos de Ação. Por isso, é
fundamental manter as Boas Práticas em SST (Saúde e Segurança do Trabalho) arquivadas
e disponíveis.
No
texto de hoje, você vai aprender com a ERPLAN sobre a melhor maneira
para implementar Boas Práticas em SST no ambiente de sua empresa, a
partir dos seguintes pilares:
· Práticas
de administração;
· Práticas
de Segurança;
· Práticas
de Engenharia e
· Práticas
de Fiscalização.
· Práticas
de Administração
· Gestão
e Administração
É evidente que o primeiro passo para evitar riscos é
fazer uma boa administração. São características de uma boa gestão: regularidade do
processo produtivo, boa manutenção, material disponível, regras e procedimentos
bem definidos, treinamento adequado, correção de desvios
de comportamento, vistorias periódicas, investigação de acidentes e planos
de ação para evitar erros.
Faltar com a perícia na hora de administrar esses
processos leva a deterioração de materiais e equipamentos, mina a eficiência
dos processos e, em última instância, expõe os trabalhadores aos riscos que
poderiam ser controlados. E tudo que não se quer no ambiente de trabalho é que
colaboradores estejam sujeitos a riscos incontroláveis ou imprevistos.
Ações
de administração exigem um sistema gerencial robusto e municiado de informações
passíveis de serem aferidas ou rastreadas. A opção por uma ferramenta de Sistema
de Gestão Integrada (SGI) possibilita que se encontre informações em tempo
real e com possibilidade de rastreio.
Análise
do Risco
A Análise de Risco consiste na substituição
da ação por intuição por ações pautadas em dados. Mais do que encontrar uma
estratégia, é preciso incorporar a análise à cultura organizacional da empresa,
transformando o risco em tema primário na mente de gestores.
Disciplina
A elaboração de planos de ação de nada vale se não
houver disciplina para que seus passos sejam seguidos. Assim, é considerado
normativo que haja medidas disciplinares com o objetivo de se instaurar cultura
de autodisciplina, fazendo com que as atividades de trabalho cotidiano passem a
seguir a ótica do controle de comportamentos de risco.
Práticas
de Segurança
Cultura
de Comportamentos Seguros
Este é um dos pilares mais complexos de serem
implementados na estrutura de qualquer empreendimento. Isso porque a Cultura
de Comportamentos Seguros exige esforço integral do quadro de
funcionários, desde a direção de alto nível até aqueles que estão na “linha de
frente”, no chão de fábrica ou em uma mina.
A mudança no comportamento tradicionalmente permissivo
do brasileiro implica em um processo abrangente de treinamento e reeducação dos
trabalhadores. Assim, é fundamental que as ações estejam interligadas entre
os setores que tomam as decisões e aqueles que as colocam as ações de segurança
definitivamente em prática no dia a dia.
Barreiras
Toda atividade que ocorre no ambiente laboral carrega
consigo um potencial de acidentes. Isso, entretanto, não implica em um
risco iminente. Assim, para se expor a uma atividade, é necessário encontrar
barreiras que permitam que aquela parte do processo seja executada em um
contexto em que acidentes sejam improváveis, embora possíveis.
Tais
barreiras podem ser:
· Bloqueios: Medidas
de engenharia que impedem o risco, tais como cadeados, dispositivos de
travamentos ou separação;
· Mecanismos de inibição de
comportamentos errados: Como equipamentos de vigilância
como radares e câmeras ou
· Medidas de gerenciamento
administrativo: Protocolos de ação e procedimentos
de segurança que exigem atuação de gestores.
Práticas
de Engenharia
Ações
de engenharia podem ser implementadas em diversas vertentes, tais quais:
· Engenharia de Processo: Processos
elaborados de acordo com as condições previstas nas Normas
Regulamentadoras (como as NR-06 e NR-12) certamente contêm menor
potencial de risco do que aqueles desenvolvidos sem metodologia. Sempre que se
afasta um trabalhador de uma potencial fonte de risco, diminui-se
consideravelmente a possibilidade de acidentes e seguir as NR’s é determinante
para atingir esse objetivo.
· Engenharia de novos projetos: A inclusão
de uma nova área, linha produtiva ou setor no ambiente da empresa não pode
ocorrer de maneira acrítica e instantânea. Levar os trabalhadores a um ambiente
sem antes fazer uma vistoria completa a fim de se encontrar situações de risco
é decisivo para o aumento da incidência de acidentes. Por isso, assegure-se de
que o novo ambiente é seguro com auxílio da equipe de Saúde e Segurança
do Trabalho.
· Engenharia dos Sistemas de segurança: Manter
o sistema de emergência como hidrantes, combate ao fogo, rotas de fuga e
protocolos de emergência em funcionamento é fundamental.
· Engenharia para eliminação de riscos: Contar
com serviços de uma equipe especializada em Engenharia de Segurança do Trabalho é
fundamental para se adotar processos que exponham os trabalhadores a menos
riscos.
Práticas
de Fiscalização
Quando
se fala em fiscalização, pensa-se apenas naquela feita pelo poder público, no
papel do Ministério Público do Trabalho, do INSS ou demais instituições do
Estado com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Entretanto, o processo é
mais complexo do que parece e pode ser divido em três etapas:
· Inspeção periódica: Este
é o processo responsável por identificar deteriorações em equipamentos,
sinalizações ou barreiras no ambiente de trabalho. A partir da Inspeção de
Segurança, agentes de acidente são combatidos a partir da coleta de
indicadores.
· Auditoria Interna: É
fundamental contar com uma equipe interna de auditoria para conferir o
andamento da implementação das práticas de segurança periodicamente. Não se
deve deixar de fora do processo de fiscalização aqueles trabalhadores que não
pertencem oficialmente ao quadro de funcionários e operam como terceirizados no
ambiente da empresa.
· Fiscalização externa: Agora
sim, somente nesta etapa do processo de fiscalização estão envolvidas
organizações do Estado acompanhadas por sindicatos de trabalho e ações do
Ministério Público do Trabalho. Tendo seguido os passos citados acima, a chance
de sanções serem aplicadas caem drasticamente.
Afinal,
quais são as boas práticas de segurança?
Assim
como todos os processos contidos no funcionamento de uma empresa, a Gestão
de Segurança deve ser feita de maneira adequada à realidade da empresa.
Esse é um processo coordenado integralmente pela alta gestão a partir da
análise de indicativos coletados ao longo dos processos supracitados e, assim,
os seguintes passos podem ser incorporados às rotinas de segurança:
· Áreas
a serem inspecionadas obrigatória e periodicamente nas Inspeções de segurança;
· Procedimento
para acompanhamento dos riscos prioritários;
· Protocolos
de ações a serem desenvolvidos como práticas-padrão;
· Quais
procedimentos operacionais devem ser periodicamente reciclados;
· Procedimento
para orientação de novos funcionários;
· Feedback
de desempenho periódico aos trabalhadores e
Periodicidade
das reuniões da CIPA.
Mesmo tendo em mente quais são as áreas e
procedimentos a serem adotados, nem sempre é natural a elaboração de
procedimentos a serem inseridos na rotina como um padrão de comportamento. Por
isso, sempre que um insight surge, é imprescindível arquivá-lo e
disponibilizá-lo para consulta de gestores, trabalhadores e da equipe
responsável por SST.
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