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ELEMENTOS QUE DIFICULTAM A IMPLEMENTAÇÃO DE CUIDADO ATIVO
Nesse artigo veremos 5 elementos que dificultam a
implementação de cuidado ativo na empresa. Ele é peça fundamental nas
estratégias para aumentar no nível da cultura de segurança e com isso, diminuir
acidentes e doenças do trabalho
O cuidado ativo é uma filosofia que leva as partes, no
nosso contexto, trabalhadores e empregados a irem além do seu papel natural de
meramente produzir. Ele prega que as pessoas se preocupem com o todo, ou seja,
cuidar de si, cuidar do outro, e se deixar cuidar.
Logicamente que mesmo as melhores intenções podem
fracassar quando se chocam com uma cultura organizacional (ou de segurança)
imatura.
Sempre orientamos a nossos clientes que somente
implementem ações que estejam adequadas ao nível da cultura de segurança. Em
alguns casos vale a pena trabalhar a cultura antes de tentar implementar a
ferramenta.
1.
A empresa que não acredita em no ir além da função
A empresa que não acredita que o trabalhador possa ir
além da sua função, ou seja, a empresa acredita que o trabalhador é apenas uma
mão de obra, ele foi contratado para produzir e nada mais.
A empresa não acredita que o trabalhador consegue
melhorar a própria performance, influenciar na performance do colega, acredita
basicamente na limitação pessoal.
Em alguns casos o cuidado ativo ainda não foi vendido
como ideia para a organização como política corporativa, então passa a ser
visto como algo que o SESMT quer, o time de segurança quer.
Então, a dica que sempre damos aos colegas é, qualquer
ação de segurança do trabalho na empresa, qualquer ação. Ela normalmente só vai
ser exitosa se ela for salpicada de cima pra baixo. Se ela tiver a anuência, a
permissão ou se for desejada pela liderança da empresa.
Caso contrário normalmente à iniciativa já nascerá
morta.
Antes de tentar implementar qualquer estratégia de
segurança, incluindo o cuidado ativo avalie se a liderança da sua empresa quer
comprar, isso é vital para ter chance de sucesso.
2.
A falta de um provedor confiável de informação
A falta de alguém que fornecerá informações, “o saber
como” para aquelas pessoas ou equipe estão tentando implementar o cuidado ativo
na empresa.
É preciso ser um provedor de informação que traga
informação de qualidade e que tenha presença também, ou seja, que em algum
momento ou em vários momentos vá até a empresa para entender o andamento da
implementação, quais são as dificuldades, e no que ele poderá ajudar.
A presença do provedor de informação e a capacidade
dele de influenciar o contexto, ou de entender as influências do contexto é
fundamental para o próprio sucesso da implementação da cultura do cuidado
ativo.
O provedor de informação normalmente influenciará o
time envolvido na implementação, influenciará talvez indiretamente através do
SESMT, da liderança da empresa e essa influência tem que chegar até onde?
Tem que chegar ao trabalhador, é ele que terá as ações
mais práticas, no ramo do cuidado ativo.
3.
Ausência de reforço positivo
As pessoas querem ser avaliadas, precisam ser
avaliadas, elas precisam saber se elas estão ou não no caminho certo.
Quando há ausência de feedback a pessoa normalmente
fica perdida e se questiona, “Será que era pra fazer desse jeito mesmo? ”.
É indispensável o feedback positivo para todas as
equipes que estão implementando a utilização do cuidado ativo, ele é
indispensável durante toda a jornada, e principalmente no início.
Um corpo em repouso tende a ficar em repouso. Um corpo
em movimento tende a ficar em movimento. O momento de a pessoa sair da apatia,
e decidir se tornar um agente ativo na criação da cultura do cuidado ativo, é
muito custoso, vencer a inércia é muito difícil, o reforço positivo, tapinha
nas costas, o elogio, “nesse ponto aqui você tá acertando. Nesse outro ponto
aqui, pode ficar ainda melhor se você fizesse de tal forma, como isso soa para
você? ”.
Abrir mão do detentor do saber pode ser amedrontador,
mas certamente é fundamental para melhoria das ações de cuidado ativo na sua
empresa.
4.
A falta de resiliência organizacional
Quando começa a iniciativa, todo mundo quer, todo
mundo tende a achar legal, mas quando começa o trabalho tende a começar as
dificuldades, as pessoas podem começar a perder a empolgação…
Frases como “ah, mas é difícil”, “ah, mas é mais
trabalho”. Aquilo que falamos antes, envolver a liderança é fundamental. Se a
alta liderança estiver envolvida, chances são de que as demais estruturas da
organização se envolverão mais facilmente.
5.
O trabalhador passivo
Na cultura do cuidado o trabalhador precisa ter papel
ativo, mas às vezes ele nunca teve esse papel na vida. Muita gente leva a vida
quase toda de forma passiva. O cuidado ativo requer cuidar de si, cuidar do
outro e se deixar cuidar, vencer essa inércia inicial pode ser difícil e
dependendo da criação, estrutura familiar da pessoa a mudança pode levar algum
tempo.
6.
Os líderes que não foram avisados
Líderes odeiam saber se algo de supetão! Odeiam ser
avisados de uma diretriz nova por meio dos seus liderados, e quando isso
acontece, tendem a não abraçar a mudança. Acredito que ninguém vai querer a
própria liderança sabotando uma melhoria organizacional, não é?
A mudança é algo que deve ser “vendido” primeiro para
os líderes dos altos escalões e ir descendo de cima para baixo.
5.
Elementos que dificultam a cultura do cuidado ativo
A gestão de mudanças é conhecida como sendo um
“esporte de contato”. Valorize e estimula as pessoas a darem feedbacks ao longo
da jornada. Quanto mais perto os patrocinadores da iniciativa estiverem às
pessoas, maior a chance de sucesso.
Mudanças não são lineares, mas as pessoas precisam
acreditar que a mudança é para melhor. Que a iniciativa não tomará emprego de
ninguém, que os relacionamentos com os colegas serão melhorados.
Prevencionista, mantenha a fé, a paciência, continue
motivando e reforçando os comportamentos de cuidado ativo e quando o
comportamento de cuidado ativo se transformar em hábito, ele ocorrerá sem
necessidade de ficar reforçando.
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