ENTENDA
O QUE É A EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS
Por sua própria natureza, as atividades profissionais
e locais de trabalho oferecem alguns riscos ao trabalhador. A exposição a
agentes nocivos pode se relacionar a condições do ambiente incluindo aspectos físicos,
químicos e biológicos ou, até mesmo, à organização das rotinas de trabalho e
fatores ergonômicos.
Atualmente, porém, as atividades profissionais são
orientadas por uma série de Normas Regulamentadoras que contribuem com a
redução ou eliminação desses riscos. Assim, a empresa consegue proporcionar um
ambiente de trabalho menos nocivo e, consequentemente, evitar danos à saúde
física e mental do trabalhador.
Continue a leitura para entender melhor como se dá
essa exposição e quais as principais formas de evitá-la!
O
que é a exposição a agentes nocivos?
Os agentes nocivos são quaisquer elementos que geram
condições de trabalho que prejudicam a saúde ou a integridade física e mental
dos trabalhadores. A empresa é responsável por identificar esses elementos
para, então, administrar a exposição dos colaboradores a eles.
Muitas vezes, o trabalhador pode se expor a algum
agente nocivo desde que dentro de limites estabelecidos e por um tempo
determinado. Além disso, a exposição implica em benefícios específicos, como a
aposentadoria especial, destinada a colaboradores que têm uma exposição
permanente a riscos.
Por isso, a atuação da empresa passa pela gestão das
jornadas de trabalho e pelo uso de estratégias de saúde e segurança no trabalho
- SST, que ajudam a conter ou eliminar esses riscos. Tudo isso deve ser guiado
pelas normas regulamentadoras.
Quais
são os principais agentes nocivos?
Em geral, os agentes nocivos à integridade física e
mental do trabalhador podem ser classificados em riscos ambientais, mecânicos e
ergonômicos.
Veja!
Riscos
ambientais
Além de tratar dos limites de tolerância para a exposição a atividades insalubres, os anexos da NR15 estabelecem os agentes ambientais considerados nocivos à saúde e à segurança do trabalhador.
São
eles:
Físicos:
aqueles
representados por agentes existentes no ambiente de trabalho, incluindo ruídos,
vibrações, pressões anormais, calor, frio, radiações, umidade;
Químicos: são
representados por substâncias que podem contaminar o ambiente e comprometer a
saúde física ou mental do trabalhador, como poeiras, névoas, fumos, gases,
vapores, compostos e produtos químicos;
Biológicos: são
representados por microorganismos, incluindo bactérias, fungos, parasitas,
vírus, protozoários e outros.
Riscos
mecânicos
O trabalhador também está sujeito a agentes mecânicos causadores de acidentes de trabalho, como aqueles relacionados à infraestrutura, aos procedimentos operacionais e ao estado de ferramentas e máquinas, elevando os riscos de quedas, cortes, choques etc.
São
exemplos:
· arranjo
físico inadequado;
· utilização
de máquinas e equipamentos sem proteção;
· uso
de ferramentas impróprias ou defeituosas;
· instalações
elétricas malfeitas;
· probabilidade
de incêndio, explosão ou desmoronamento;
· iluminação
excessiva ou insuficiente;
· armazenamento
incorreto de produtos, entre outros aspectos.
Riscos
ergonômicos
São aqueles relacionados à execução de tarefas e à organização do trabalho, com impactos físicos e também mentais.
Alguns
exemplos são:
· mobiliário
inadequado;
· esforço
físico intenso;
· controle
muito rígido da produtividade;
· execução
de tarefas repetitivas;
· imposição
de ritmos excessivos de trabalho;
· situações
causadoras de estresse.
Como
evitar a exposição a agentes nocivos?
A exposição a agentes nocivos pode ser minimizada ou
eliminada por meio da atuação da equipe de SST. Atualmente, as diversas normas
regulamentadoras tornam essa preocupação uma obrigatoriedade para as empresas,
que ficam sujeitas a multas e outras sanções em caso de negligência com a saúde
e a segurança dos trabalhadores.
Mapeamento
de riscos
O primeiro passo para qualquer ação da equipe de
segurança do trabalho é mapear os riscos existentes no ambiente e na própria
atividade a ser executada pelo colaborador.
Existem
muitos documentos que guiam esse mapeamento, sendo que todos têm em comum:
· a
visualização didática dos agentes nocivos;
· a
gestão mais eficiente de riscos;
· o
estabelecimento das medidas preventivas mais adequadas, que normalmente passam
por ações coletivas e individuais.
Os
principais documentos de SST são:
· o
Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, que substitui o antigo Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);
· o
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO);
· a
Análise Preliminar de Risco (APR);
· a
Análise Ergonômica Preliminar (AEP);
· o
Laudo Técnico de Insalubridade e Periculosidade (LTIP);
· o
Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).
Equipamentos
de Proteção Coletiva - EPC’s
Todos os dispositivos e medidas incorporadas no ambiente de trabalho para reduzir os riscos de um grupo de trabalhadores são chamados de equipamentos de proteção coletiva - EPC’s.
Alguns
exemplos são:
· sinalizadores
de segurança (placas, cartazes, fitas zebradas etc.);
· chuveiros
de segurança;
· exaustores;
· extintores
de incêndio;
· redes
de proteção;
· kits
de primeiros socorros;
· lava-olhos.
A incorporação de EPC’s deve ser sempre acompanhada de
treinamentos e capacitações dos colaboradores.
Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s
Além dos EPC’s, cada tarefa realizada pelo trabalhador exige equipamentos de proteção individual - EPI’s adequados para os riscos daquela situação.
São exemplos:
· capacetes
de segurança;
· abafadores
de ruídos ou protetores auriculares;
· óculos
de proteção;
· máscaras;
· luvas
de segurança;
· botas
e sapatos;
· cintos,
cinturões e sistemas de paraquedas;
· aventais,
macacões e outras vestimentas de segurança.
Para garantir que os EPI’s realmente contribuam com a
integridade física do trabalhador, é fundamental que eles tenham qualidade e
estejam sempre nas condições adequadas de uso, isto é, com a manutenção em dia,
em boas condições de armazenamento e com certificados de aprovação
válidos.
Além disso, é fundamental que aconteçam treinamentos e
capacitações, bem como a conscientização dos colaboradores a respeito da
importância do uso constante e adequado dos EPI’s. Como você viu, a
exposição a agentes nocivos é uma das principais causas de danos à saúde e à
segurança do trabalhador. Por isso, é fundamental seguir as NR’s para minimizar
ou eliminar essa exposição, e o uso de EPI’s se destaca como uma das principais
medidas preventivas.
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