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PRINCIPAIS DOENÇAS OCUPACIONAIS E COMO PREVENI-LAS
Certamente, você já deve ter ouvido falar sobre as
doenças ocupacionais, não é mesmo? Elas costumam acometer os colaboradores no
ambiente de trabalho devido ao esforço repetitivo, às más condições de postura
e de ergonomia e à exposição excessiva e constante a fatores nocivos, entre
outros motivos.
Um ambiente de trabalho insalubre ou que não fornece
devidamente os equipamentos de proteção individual (EPIs) está sujeito a sofrer
com altas taxas de rotatividade e de absenteísmo, com o adoecimento constante de
seus funcionários.
Neste artigo, vamos explicar 5 das principais doenças
ocupacionais, seus sintomas e o que deve ser feito para preveni-las, a fim de
preservar a saúde dos colaboradores. Com isso, é possível melhorar a
produtividade e os resultados do seu negócio. Acompanhe a leitura!
1.
LER
A LER, sigla para lesão por esforço repetitivo, na
verdade, é uma síndrome que constitui um grupo de doenças, como tendinite,
bursite, síndrome do túnel do carpo e outras mialgias (dores musculares). Elas
afetam os tendões, músculos e nervos dos membros superiores, causando uma
sobrecarga no organismo.
A LER é causada por atividades que envolvem uma carga
intensa de trabalho e a execução de movimentos repetidos por longos períodos.
Pode ser intensificada em ambientes em que há grande cobrança por
produtividade.
Os
sintomas iniciais são:
Ø formigamento;
Ø dores
nos membros superiores e nos dedos;
Ø inflamação;
Ø dificuldade
nos movimentos;
Ø insensibilidade;
Ø dormência;
Ø falta
de força nas mãos.
O diagnóstico e o tratamento são extremamente
importantes, a fim de evitar que a situação se agrave. Se isso acontecer, pode
levar a um processo degenerativo dos nervos, com dores agudas e dificuldade
para realizar movimentos básicos, atrapalhando a realização do trabalho e de
outras tarefas rotineiras.
Para prevenir a LER, algumas medidas podem ser adotadas, como:
Ø utilizar
o mobiliário adequado, com apoio para o pulso;
Ø manter a postura correta ao se sentar para
trabalhar;
Ø deixar o monitor do computador alinhado, conforme a
altura do funcionário;
Ø adotar um ritmo adequado de trabalho, com as
devidas pausas para descanso.
2.
Asma ocupacional
A asma ocupacional é uma doença que acomete o sistema
respiratório. Ela é acarretada pela inalação de agentes alérgeno presentes no
local de trabalho. Entre eles, poeira de materiais diversos, sujeira de
carpetes, vapores, pelos de animais, fungos e substâncias químicas, como cloro,
amônia ou isocianato, utilizados na fundição de metais.
Seus
sintomas incluem:
Ø falta
de ar (dispnéia);
Ø tosse
crônica;
Ø sibilos;
Ø espirros;
Ø rinorreia;
Ø sintomas
conjuntivais.
É comum notar o desaparecimento dos sintomas durante
os períodos de afastamento do trabalho, como nas férias ou nos finais de
semana. Para realizar o diagnóstico, o histórico ocupacional do colaborador
deve ser investigado e, em alguns casos, o teste clínico de provocação com o
fator alérgeno pode ser necessário.
O tratamento para a asma ocupacional é realizado por
meio do uso de medicamentos corticoides e broncodilatadores. Caso seja
possível, o funcionário deve buscar uma troca de setor ou de ambiente, a fim de
diminuir a exposição aos fatores alérgeno e evitar o desencadeamento de crises.
Mas para prevenir o problema, a melhor opção é manter
o ambiente higienizado e evitar a exposição ao agente causal, utilizando máscaras
de proteção no ambiente de trabalho, por exemplo.
3.
Transtornos auditivos
Os transtornos auditivos por exposição a ruídos e a
produtos químicos são comuns em ambientes de trabalho como indústrias. Por isso,
para evitar as doenças ocupacionais e garantir a proteção da saúde, é
obrigatória a devida utilização dos EPI’s.
A perda auditiva ocorre de forma gradual. Assim, é
importante que o funcionário esteja atento a qualquer sinal de diminuição na
acuidade auditiva e busque ajuda médica assim que notar os sintomas.
Os
sintomas de transtornos auditivos incluem:
Ø dores
de cabeça;
Ø dificuldade
de compreensão;
Ø tonturas;
Ø irritabilidade;
Ø zumbido
no ouvido;
Ø demanda
da intensidade de sons.
Profissionais de trânsito, de áudio, dentistas,
professores e operadores em indústrias são exemplos de ocupações que devem se
prevenir contra a perda auditiva, por estarem constantemente expostos a ruídos
em excesso.
Ainda não existe um tratamento para a perda auditiva
induzida por ruído (PAIR). Entretanto, a empresa pode disponibilizar um
acompanhamento com fonoaudiólogo e deve fornecer protetores auriculares, que
auxiliam na prevenção do problema.
4.
Transtornos das articulações
Falta de ergonomia no ambiente de trabalho, posturas
inadequadas, sobrecarga nos membros inferiores, obesidade e sedentarismo (que
não são fatores ocupacionais propriamente ditos, mas que têm forte influência)
podem levar o funcionário a sofrer com transtornos nas articulações. Entre
eles, podemos citar artrite ou artrose.
Os
sintomas dos transtornos nas articulações envolvem:
Ø rigidez
matinal nas articulações;
Ø dor;
Ø inchaço;
Ø dificuldade
ao andar;
Ø destruição
da cartilagem articular.
O colaborador deve buscar o diagnóstico adequado e o
respectivo tratamento para os sintomas, a fim de evitar que eles progridam e
levem a dificuldades de locomoção e incapacidade de realizar as funções no
trabalho. O tratamento está relacionado a uma melhora na saúde, com a prática
de atividades físicas, alimentação saudável e fisioterapia, além do uso de
medicamentos que aliviem a dor, em caso de artrose.
5.
Doenças mentais relacionadas ao trabalho
O índice de absenteísmo relacionado a transtornos
mentais no trabalho tem sido pauta de diversos estudos. A constante pressão
para entregar resultados em um curto intervalo de tempo, o assédio moral no
ambiente de trabalho e um clima organizacional ruim são fatores que afetam os
funcionários tanto na parte mental quanto emocional. Com isso, podem somatizar
sintomas físicos.
Os
sinais de doenças mentais relacionadas ao trabalho são:
Ø estresse
ocupacional;
Ø Síndrome
de Burnout;
Ø depressão;
Ø ansiedade;
Ø síndrome
do pânico.
As
causas dessas enfermidades mentais são muito particulares e devem ser
investigadas individualmente pelos psicólogos da empresa. Mas as medidas que
podem ajudar na prevenção dos transtornos mentais relacionados ao trabalho são:
Ø fortalecimento
da cultura da empresa, gerando um ambiente com empatia e valorização do
trabalhador;
Ø promoção
de um clima organizacional agradável;
Ø acompanhamento
de perto do trabalhador pelos líderes e gestores, aumentando a confiança e o
diálogo para solução de problemas.
Como vimos, as doenças ocupacionais, desencadeadas
pelas condições do trabalho ou pelas atividades exercidas, são comuns.
Portanto, devem ser observadas pelos empregadores, que têm como dever zelar
pelo bem-estar e saúde de seus funcionários.
Para auxiliar na prevenção das doenças ocupacionais,
as empresas devem fornecer condições adequadas de trabalho. Entre elas, um ambiente
higienizado, ferramentas de trabalho compatíveis com as funções desempenhadas e
materiais que melhorem a qualidade da saúde dos colaboradores.
A melhor alternativa é contar com o fornecimento
adequado de EPI’s e pensar em soluções ergonômicas para o trabalhador. Além
disso, incentivar pausas para descanso ao longo do expediente, a fim de evitar
o esforço contínuo e repetitivo nas atividades, e manter um ambiente favorável
a execução das tarefas, com a valorização dos funcionários e sem pressões
excessivas.
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