PORTADORES
DE DEFICIÊNCIA FÍSICA: QUAL A IMPORTÂNCIA DO USO DE EPI’s
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Com o aumento da inclusão nos ambientes de trabalho,
fica ainda mais importante conhecer a legislação sobre os EPIs para
portadores de deficiência física. Graças à Portaria 877/2018 do Ministério
do Trabalho, o item 6.8.1 da NR 6 foi alterado de forma a proteger também a
integridade física e a saúde dos trabalhadores com deficiência física. A partir
de então, as empresas devem fornecer EPIs adaptados sempre que possuir em seu
quadro funcional colaboradores portadores de deficiência.
O
que diz a NR 06 sobre EPI’s para portadores de deficiência física?
A NR 6, mais conhecida como norma do Equipamento de Proteção
Individual, dispõe de regras específicas sobre o fornecimento, uso e
fiscalização do uso de EPI’s nos mais variados ambientes de trabalho. Para quem
não sabe, equipamentos de proteção individual são dispositivos utilizados pelo
trabalhador para prevenir acidentes e doenças ocupacionais.
O problema é que antes da Portaria 877/2018, a NR 6
fazia menção ao uso de EPI’s de forma genérica, sem levar em conta possíveis
alterações fisiológicas ou anatômicas dos trabalhadores portadores de
deficiência. Para corrigir tal problema e aumentar a inclusão de PCD’s no
mercado de trabalho, o MTE modificou o item 6.8.1 da norma regulamentadora.
De
acordo com o novo texto, o fabricante de EPI deverá:
ü Promover
adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas
com deficiência.
ü Possuir
Certificado de Aprovação (CA) específico para pessoas com deficiência.
Já com relação às responsabilidades do empregador, a
norma também define algumas regras importantes, tais como:
ü Adquirir
os EPI’s para portadores de deficiência física adequados para cada
função e com Certificado de Aprovação (CA);
ü Distribuir
gratuitamente os EPIs;
ü Orientar
os colaboradores sobre o uso correto do equipamento de proteção;
ü Exigir
o uso do EPI;
ü Realizar
a manutenção dos equipamentos e a troca sempre que for necessário.
Por
que ter EPIs para PCD’s?
Pensar na importância dos EPI’s para portadores
de deficiência física é um assunto urgente, principalmente se você é
gestor de alguma empresa ou indústria. Afinal, o uso desse tipo de equipamento
é essencial para prevenir acidentes e doenças ocupacionais. E no caso de
portadores de deficiência física, essa importância ganha ainda mais relevância.
Se uso adequado do EPI é importante para garantir a
segurança dos colaboradores durante o exercício das suas atividades laborais,
por que seria diferente para um PCD? Se é incômodo trabalhar com uma bota de
segurança maior do que o pé, um capacete que vive caindo toda hora, imagina o
nível de riscos a que esses colaboradores estão submetidos? A chance de sofrer um acidente e não ser
protegido é bem maior, certo?
Além disso, todo colaborador tem direito por lei a
trabalhar de forma protegida. Isto é, realizar a sua atividade sem estar
exposto a riscos. E nesse caso, o EPI é o grande protagonista da saúde e da
segurança no trabalho. Ele deve ser oferecido pelo empregador e utilizado com
responsabilidade pelo empregado.
Cabe ainda ressaltar que oferecer um EPI não adaptado
para o corpo do trabalhador com deficiência física, pode comprometer
significativamente a sua produtividade no trabalho. E não apenas isso, pode
ainda afetar o seu emocional, ao perceber que não lhe é dada a devida
importância.
Além de respeitar as características de quem o
utilizará, é preciso ainda garantir a qualidade do equipamento. Nesse sentido,
os EPI’s para portadores de deficiência física devem oferecer
segurança, mas também encaixe perfeito no corpo e conforto. O assunto é tão
importante que a Comissão Nacional Tripartite do Ministério do Trabalho fez as
mudanças na lei.
Antes dessa alteração acontecer, os empregadores não
tinham o compromisso de comprar um EPI que tivesse a certificação oficial para
PCD. Agora, entretanto, isso é lei, e, portanto, obrigatório.
Avanços
positivos
As mudanças na legislação demonstram que a preocupação
com os portadores de deficiência física tem aumentado. A alteração da NR 6 foi
uma importante conquista para essas pessoas, pois aumenta a inclusão delas no
mercado de trabalho, o que é ótimo. No Brasil, aproximadamente 24% da população
possui algum tipo de deficiência física. Porém, apenas 1% das vagas
formais de trabalho são ocupadas por PCD’s, segundo dados da RAIS.
Agora que essas pessoas estão mais protegidas
legalmente e correm menos riscos nos locais de trabalho, a expectativa é que
esse cenário mude. Com os EPI’s para portadores de deficiência física,
elas passam a ter mais acesso à Saúde e Segurança no Trabalho. E isso, por sua
vez, aumenta as chances de contratação em diferentes setores da economia
brasileira.
Os EPI’s para PCD’s devem seguir evoluindo
no mercado com opções cada vez mais seguras e adaptadas. Se você é um gestor e
conta com portadores de deficiência na equipe, precisa entender que o cuidado
com cada pessoa é o primeiro passo para o sucesso da empresa.
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