DESPERDÍCIO
DE ÁGUA NAS EMPRESAS PODEM CHEGAR A 40%
De acordo com uma estimativa realizada no ano de 2013
pela GO Associados, o desperdício de água nas empresas pode chegar a
40% da água que distribuem.
Uma porcentagem quase quatro vezes maior que
a de países como Alemanha e Japão. Tal desperdício tem se mantido nesse nível
há aproximadamente dez anos, com certas empresas de saneamento chegando a
índices de 80%. Para chegarmos a níveis de perdas semelhantes aos de países
desenvolvidos, estima-se que o desperdício de água precisa ser reduzido em ao
menos dez pontos percentuais.
A pesquisa ainda revela que a redução do
desperdício de água até o ano de 2025 poderia gerar um ganho de cerca de
37 bilhões de reais. O cálculo leva em conta uma redução de pelo menos 50% das
perdas, ou seja, caindo da média nacional de 37,4% para 23,2% – a média da
Sabesp para contratos com financiamento internacional.
“O investimento anual no saneamento no
Brasil fica em 10 bilhões de reais [pelas empresas]. O controle das perdas é o
equivalente a três anos de investimentos. É um impacto grande”, diz Gesner
Oliveira, ex-presidente da Sabesp e sócio da Go Associados.
Caso as empresas do setor de saneamento conseguissem
eliminar as perdas também na parte da energia, o levantamento indica que
haveria mais ganhos. Por exemplo, em um dos melhores cenários, com 25% do
desperdício reduzido, os lucros poderiam alcançar os 6,25 bilhões de reais. Em
outro cenário, o mais cauteloso, com 15%, os lucros ficariam em 3,67 bilhões.
Os
estados mais e menos eficientes na distribuição da água
Entre os estados com maior desperdício de água estão o
Amapá e o Acre, onde as perdas chegam a mais de 70%. Já os mais eficientes na
distribuição estão o Distrito Federal, o Paraná e o Espírito Santo, com menos
de 30% de desperdício. São Paulo e Rio de Janeiro têm níveis entre 30% e
40%. “A eficiência na distribuição de água não ganhou a atenção da classe
política, mas esse é um ponto importante para a sustentabilidade. Ao reduzir o
nível de perdas, haverá mais água disponível”, conta Oliveira.
Caso as empresas do setor de saneamento conseguissem
eliminar as perdas também na parte da energia, o levantamento indica que
haveria mais ganhos.
A análise contou com as 52 maiores empresas
brasileiras em termos de população atendida, estaduais e municipais. “Com menos
perdas, não é preciso fazer muitos investimentos na ampliação da captação. O
investimento para reduzir as perdas pode ser menor que um grande aporte de
expansão”, diz Fernando Marcato, um dos realizadores do estudo.
Solução
para as empresas de saneamento
Ainda de acordo com a pesquisa, a melhor sugestão para
as empresas de saneamento é que procurem reduzir o desperdício de água através
da contratação de empresas privadas especializadas, a fim de identificar as melhores
formas de evitar essas perdas, além de executar tais soluções e repassar a
tecnologia utilizada.
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