O
QUE CARACTERIZA UM AMBIENTE INSALUBRE DE TRABALHO? VEJA 14 FATORES
Mesmo com os gestores empenhados em promover o
bem-estar no trabalho, muitas vezes o ambiente insalubre passa
despercebido. Isso acontece porque, além do conhecimento sobre a legislação, os
gestores precisam adotar métodos adequados de controle e gerenciamento de
riscos para identificar perigos à saúde do colaborador.
As boas práticas voltadas para a saúde do colaborador
terão influência em diversos indicadores, como satisfação, produtividade e
motivação. Além disso, evitam doenças no trabalho e problemas jurídicos para as
organizações.
Por isso, é muito importante tirar as dúvidas sobre
insalubridade e saber identificar sua presença no ambiente de trabalho da sua
empresa. Continue a leitura e conheça os 14 fatores previstos na legislação!
A
definição de insalubridade no trabalho
Esse conceito se baseia no art. 189 da CLT. Na
prática, a identificação do ambiente insalubre parte da comparação entre
padrões definidos na legislação e regulamentação, com as características
presentes nos locais de trabalho.
As atividades insalubres expõem o profissional aos
agentes prejudiciais à saúde os quais estão ligados aos fatores químicos,
físicos e biológicos encontrados no ambiente de trabalho.
Os agentes físicos seriam as diversas formas
de energia, como ruído e vibração; os químicos se relacionam aos
compostos que podem ingressar no corpo pela respiração, como poeira e gases; já
os biológicos se referem aos microorganismos, bactérias, fungos,
vírus e afins.
No entanto, o que caracteriza o ambiente insalubre é a
presença acima dos níveis de tolerância, previstos na NR15. Nessa norma
regulamentadora, cada anexo corresponde a um grupo de agentes nocivos.
Ao
todo, são 14 fatores:
ü Ruído
contínuo ou intermitente;
ü Ruídos
de impacto;
ü Exposição
ao calor;
ü Radiações
ionizantes;
ü Condições
hiperbáricas;
ü Radiações
não-ionizantes;
ü Vibração;
ü Frio;
ü Umidade;
ü Agentes
químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção
no local de trabalho;
ü Poeiras
minerais;
ü Agentes
químicos;
ü Benzeno;
ü Agentes
biológicos.
Portanto, o laudo do trabalho é um documento
essencial. Nele, os engenheiros de segurança e os médicos do trabalho comparam
as condições do ambiente com os limites previstos na legislação, determinando a
presença do ambiente insalubre e, se for o caso, o nível de exposição.
As
consequências econômicas e humanas do ambiente insalubre
O trabalho em condições insalubres expõe o
profissional a riscos de doenças, além de ter efeitos de longo prazo.
Por esse motivo, a legislação traz aposentadoria
especial. Com ela, as pessoas que passam anos submetidas a essas condições têm
um tempo de serviço abreviado.
Do lado da empresa, o custo de manter um trabalhador
nessas condições é alto. Além do adicional de insalubridade e do índice FAP,
todo ambiente desgastante afeta aspectos como motivação, engajamento e
produtividade.
Sem contar que doenças ocupacionais e acidentes de
trabalho representam um risco jurídico elevado — rescisão indireta do contrato
de trabalho, indenizações por danos morais e materiais, suspensão de atividades
e multas do Ministério do Trabalho são alguns dos riscos existentes.
Por isso, diante de um ambiente insalubre, a empresa
deve mapear todos os riscos e eliminar os agentes nocivos. Se isso não for
possível, essas ameaças devem ser monitoradas e seus efeitos combatidos com
práticas de segurança, equipamentos de proteção individual, gestão do tempo de
trabalho, entre outras medidas.
O
que fazer para reduzir a insalubridade no ambiente de trabalho
As empresas podem implementar uma série de ações para
alcançar a melhor situação diante da atividade econômica desempenhada.
Isto é, elas precisam garantir que, mesmo em trabalhos
que tenham o ambiente insalubre como natureza, os riscos estejam controlados e
o colaborador tenha seu bem-estar preservado.
A seguir, confira algumas dicas do que fazer para
proporcionar um melhor ambiente de trabalho aos seus colaboradores.
Invista
em conhecimento
A primeira medida é aumentar o conhecimento da empresa
em relação à segurança e saúde do trabalho. Investir em laudos técnicos,
conhecer a legislação, treinar os colaboradores, ter diálogos diários de
segurança são alguns exemplos.
Respeite
os limites de tolerância
A postura da empresa deve ser a de buscar orientações
e direcionamentos, e não a tentar encontrar brechas na lei. Até porque, muitas
vezes, não respeitar os limites de tolerância em busca de benefícios imediatos
pode trazer consequências graves de médio e longo prazo, além de correr o risco
de ter que fechar o ambiente insalubre.
Adote
a cultura de segurança do trabalho
A segurança e saúde do trabalho deve fazer parte dos
valores organizacionais para que os próprios colaboradores sejam
engajados.
Frequentemente, a redução de riscos exige a
conscientização e Proatividade das equipes, portanto, isso será mais fácil se o
bem-estar fizer parte da cultura interna da empresa.
Conte
com auxílio da tecnologia
A tecnologia é fundamental para enxergar todos os
fatores relevantes para tomar decisões, fazer controle e melhorar processos.
Assim, um bom sistema de gerenciamento de riscos substitui planilhas
e permite a gestão de saúde e segurança do trabalho de ponta a ponta.
Isso ocorre porque os gestores precisam trabalhar com
a complexidade e grande quantidade de informações relacionadas aos riscos é
preciso mapear os perigos do ambiente, acompanhar os planos de ação, responder
às mudanças e uma série de outras atividades.
Assim, o melhor caminho para lidar com o ambiente
insalubre é apoiar as práticas de saúde e segurança do trabalho com
conhecimento e tecnologia. Com isso, você terá clareza sobre os desafios
enfrentados e soluções para melhorar o bem-estar dos seus colaboradores.
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