quarta-feira, 10 de agosto de 2022

 


 

O QUE CARACTERIZA UM AMBIENTE INSALUBRE DE TRABALHO? VEJA 14 FATORES

 

 


 

Mesmo com os gestores empenhados em promover o bem-estar no trabalho, muitas vezes o ambiente insalubre passa despercebido. Isso acontece porque, além do conhecimento sobre a legislação, os gestores precisam adotar métodos adequados de controle e gerenciamento de riscos para identificar perigos à saúde do colaborador.

As boas práticas voltadas para a saúde do colaborador terão influência em diversos indicadores, como satisfação, produtividade e motivação. Além disso, evitam doenças no trabalho e problemas jurídicos para as organizações.

Por isso, é muito importante tirar as dúvidas sobre insalubridade e saber identificar sua presença no ambiente de trabalho da sua empresa. Continue a leitura e conheça os 14 fatores previstos na legislação!

 

A definição de insalubridade no trabalho

 

Esse conceito se baseia no art. 189 da CLT. Na prática, a identificação do ambiente insalubre parte da comparação entre padrões definidos na legislação e regulamentação, com as características presentes nos locais de trabalho.

As atividades insalubres expõem o profissional aos agentes prejudiciais à saúde os quais estão ligados aos fatores químicos, físicos e biológicos encontrados no ambiente de trabalho.

Os agentes físicos seriam as diversas formas de energia, como ruído e vibração; os químicos se relacionam aos compostos que podem ingressar no corpo pela respiração, como poeira e gases; já os biológicos se referem aos microorganismos, bactérias, fungos, vírus e afins.

No entanto, o que caracteriza o ambiente insalubre é a presença acima dos níveis de tolerância, previstos na NR15. Nessa norma regulamentadora, cada anexo corresponde a um grupo de agentes nocivos.

 

Ao todo, são 14 fatores:

 

ü Ruído contínuo ou intermitente;

ü Ruídos de impacto;

ü Exposição ao calor;

ü Radiações ionizantes;

ü Condições hiperbáricas;

ü Radiações não-ionizantes;

ü Vibração;

ü Frio;

ü Umidade;

ü Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de trabalho;

ü Poeiras minerais;

ü Agentes químicos;

ü Benzeno;

ü Agentes biológicos.

 

Portanto, o laudo do trabalho é um documento essencial. Nele, os engenheiros de segurança e os médicos do trabalho comparam as condições do ambiente com os limites previstos na legislação, determinando a presença do ambiente insalubre e, se for o caso, o nível de exposição.

 

As consequências econômicas e humanas do ambiente insalubre

 

O trabalho em condições insalubres expõe o profissional a riscos de doenças, além de ter efeitos de longo prazo.

Por esse motivo, a legislação traz aposentadoria especial. Com ela, as pessoas que passam anos submetidas a essas condições têm um tempo de serviço abreviado. 

Do lado da empresa, o custo de manter um trabalhador nessas condições é alto. Além do adicional de insalubridade e do índice FAP, todo ambiente desgastante afeta aspectos como motivação, engajamento e produtividade.

Sem contar que doenças ocupacionais e acidentes de trabalho representam um risco jurídico elevado — rescisão indireta do contrato de trabalho, indenizações por danos morais e materiais, suspensão de atividades e multas do Ministério do Trabalho são alguns dos riscos existentes.

Por isso, diante de um ambiente insalubre, a empresa deve mapear todos os riscos e eliminar os agentes nocivos. Se isso não for possível, essas ameaças devem ser monitoradas e seus efeitos combatidos com práticas de segurança, equipamentos de proteção individual, gestão do tempo de trabalho, entre outras medidas.

 

O que fazer para reduzir a insalubridade no ambiente de trabalho

 

As empresas podem implementar uma série de ações para alcançar a melhor situação diante da atividade econômica desempenhada.

Isto é, elas precisam garantir que, mesmo em trabalhos que tenham o ambiente insalubre como natureza, os riscos estejam controlados e o colaborador tenha seu bem-estar preservado.

A seguir, confira algumas dicas do que fazer para proporcionar um melhor ambiente de trabalho aos seus colaboradores.

 

Invista em conhecimento

 

A primeira medida é aumentar o conhecimento da empresa em relação à segurança e saúde do trabalho. Investir em laudos técnicos, conhecer a legislação, treinar os colaboradores, ter diálogos diários de segurança são alguns exemplos.

 

Respeite os limites de tolerância

 

A postura da empresa deve ser a de buscar orientações e direcionamentos, e não a tentar encontrar brechas na lei. Até porque, muitas vezes, não respeitar os limites de tolerância em busca de benefícios imediatos pode trazer consequências graves de médio e longo prazo, além de correr o risco de ter que fechar o ambiente insalubre.

 

Adote a cultura de segurança do trabalho

 

A segurança e saúde do trabalho deve fazer parte dos valores organizacionais para que os próprios colaboradores sejam engajados. 

Frequentemente, a redução de riscos exige a conscientização e Proatividade das equipes, portanto, isso será mais fácil se o bem-estar fizer parte da cultura interna da empresa.

 

Conte com auxílio da tecnologia

 

A tecnologia é fundamental para enxergar todos os fatores relevantes para tomar decisões, fazer controle e melhorar processos. Assim, um bom sistema de gerenciamento de riscos substitui planilhas e permite a gestão de saúde e segurança do trabalho de ponta a ponta.

Isso ocorre porque os gestores precisam trabalhar com a complexidade e grande quantidade de informações relacionadas aos riscos é preciso mapear os perigos do ambiente, acompanhar os planos de ação, responder às mudanças e uma série de outras atividades.

Assim, o melhor caminho para lidar com o ambiente insalubre é apoiar as práticas de saúde e segurança do trabalho com conhecimento e tecnologia. Com isso, você terá clareza sobre os desafios enfrentados e soluções para melhorar o bem-estar dos seus colaboradores.

 

 

 

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