ACIDENTE DO TRABALHO, O QUE É,
COMO SURGE E COMO EVITÁ-LO?
O
que é o acidente do trabalho?
Parafraseando o texto dado pela Lei Nº 8.213 de 24 de
julho de 1991, acidente do trabalho é o acidente que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço de um empregador provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
Como
surgem e como evitar os acidentes do trabalho?
Segundo uma pesquisa desenvolvida em 1931 por H. W.
Heinrich e Roland P. Blake se estima que 88% dos acidentes são provocados por
atos inseguros, 10% por condições inseguras e 2% por causas fortuitas e ou
imprevisíveis. Neste estudo se desenvolveu uma análise estatística onde se
percebeu que para cada acidente de trabalho incapacitante, haviam 29 acidentes
não incapacitantes e 300 acidentes sem lesão, assim obteve-se a chamada
pirâmide de Heinrich ou pirâmide de desvios.
Com o passar dos anos a pirâmide ganhou mais degraus,
inseridos por estudos de Frank Bird na década de 1960 e pela empresa Dupont no
final dos anos 90. Assim, os estudos realizados pela Dupont tiraram o foco da
redução dos níveis de perdas geradoras de indenizações para o conceito de
prevenção de perdas, somado a prevenção de Riscos.
Figura 1 - Pirâmide
de desvios.
Fonte:
Falando de proteção (2016).
Por esta abordagem se entende que são os pequenos
desvios e incidentes diários que produzem os acidentes mais grave.
Sendo assim, tem-se por entendimento que devem ser
tomadas ações na segurança do trabalho que visem reduzir ou eliminar os
pequenos desvios.
Além disso, para Heinrich (thesafetybloke, 2016) as
perdas por acidentes ocorrem de maneira semelhante à queda de uma cadeia de
peças de dominó, sendo assim, ao se retirar uma peça desta queda em cadeia o
acidente não se desenvolve.
Figura 2 – Reação causadora do acidente de trabalho.
Fonte: The safety bloke (2012).
Em
complemento a esta teoria, Frank Bird diz que as peças de dominó são
respectivamente, da primeira a última:
§ Falta de Controle –
não existência de gestão ou má gestão da segurança do trabalho, este item se
refere as funções administrativas;
§ Causas Básicas –
fatores pessoais e fatores do trabalho;
§ Causas Imediatas –
Atos e condições inseguras, são itens que se encontram abaixo dos padrões de
segurança;
§ Incidente –
acidente ou quase acidente sem perda;
§ Perda –
acidente com perda material ou pessoal.
§ É
fácil notar que as ações de segurança devem contemplar a gestão, as causas
básicas e as causas imediatas.
Outra abordagem que trata de como os acidentes ocorrem
pode ser vista na teoria das fatias de queijo suíço de James Reason e na
metodologia da gravata-borboleta. Essas últimas duas tem como semelhança o
conceito de barreiras.
As barreiras podem ser descritas como medidas que
atuam de forma a evitar que um evento indesejado ocorra. Como exemplos de
barreiras, se tem as sinalizações, os equipamentos de proteção individual, os
sensores, as medidas administrativas, etc.
Para James Reason existem dois motivos causadores de
perdas, o primeiro são as falhas ativas que se devem diretamente as pessoas,
como por exemplo, os erros e as violações de procedimentos. O segundo seria as
condições latentes que se devem a aspectos adormecidos, tal qual a falha de um
equipamento.
Reason diz que em cada barreira pode ser comparada a
uma fatia de queijo suíço, possui furos. Segundo ele, deve-se usar o máximo de
barreiras, fatias de queijo suíço, para se evitar uma perda. Portanto, o
acidente ocorre quando há um alinhamento dos furos, mas basta uma das barreiras
desalinhada para se evitar o mal indesejado.
Figura
3 - Teoria das fatias de queijo.
Fonte:
Mac junior (2013).
Analogamente a teoria anteriormente apresentada, o
modelo da gravata-borboleta serve como um modo de gestão da segurança. Onde são
listadas as causas e as consequências de um evento não desejado, posteriormente
são listadas as barreiras que devem ser utilizadas para se evitar perdas. De um
lado da gravata coloca-se as medidas preventivas e do outro as protetivas.
Figura
4 – Gravata borboleta.
Fonte:
ABNT NBR ISO/IEC 31010 (2012).
Seguindo o que foi apresentado temos aquilo que é
necessário para um melhor controle sobre os acidentes do trabalho. Evitando,
assim, prejuízos a vida dos colaboradores e aos cofres das empresas em que
atuamos.
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