NR
37 - UM RESUMO SEM COMPLICAÇÕES
A NR
37 existe a fim de reduzir o número de acidentes e doenças ocupacionais em
ambientes offshore.
A NR 37 estabelece os requisitos mínimos de
saúde, segurança e condições de trabalho a bordo de plataformas de petróleo,
que estejam em operação nas Águas Jurisdicionais Brasileiras – AJA. O documento
possui 33 capítulos e 9 anexos. Sendo assim, é uma das maiores normas
regulamentadoras, composta por 97 páginas.
Seu
primeiro texto foi publicado em 20 de dezembro de 2018. Posteriormente, em 26
de janeiro de 2022 foi publicado a última atualização da NR 37. Com
vigência a partir de fevereiro de 2022.
O trabalho offshore sustenta grande parte da economia de
nosso país. Dessa forma, a existência dessa norma é de suma importância para o
ambiente de saúde e segurança do trabalho. Resumimos aqui para que você fique
por dentro. Acompanhe:
O que
é a NR 37
A NR 37 busca as condições mínimas, no que se diz
respeito à saúde e segurança dos trabalhadores de plataformas de petróleo, para
que possam realizar suas atividades. Em outras palavras, seu objetivo é reduzir
o número de acidentes e doenças ocupacionais. Além disso, foi estabelecida para
a preservação do meio ambiente marinho e a integridade das unidades
envolvidas.
Vale destacar que se define como plataforma “a instalação
ou estrutura de perfuração, produção, intervenção, armazenamento ou
transferência, fixa ou flutuante, destinada às atividades direta ou
indiretamente relacionadas com a pesquisa, exploração, produção ou
armazenamento de óleo e/ou gás oriundos do subsolo, das águas interiores ou do
mar, inclusive da plataforma continental”.
Além disso, a norma determina que plataformas estrangeiras
com previsão de operação temporária (de até 6 meses) em Água Jurisdicional
Brasileira, e que estejam sem atender os requisitos da NR 37, atendam as
regras de convenções internacionais.
Acima de tudo, a indústria de petróleo é de grande
importância para economia do Brasil. Fora isso, podemos notar pelas enormes
reservas presentes em AJB, gerando empregos diretos e indiretos. Sendo assim, a NR 37 existe por
vários motivos, sendo alguns deles:
· Ambiente
altamente insalubre;
· Presença
de gases tóxicos;
· Alta
concentração de perigo em uma área isolada;
· Risco
de explosão constante no ambiente;
· Dificuldade
de evacuação do local em casos de emergência.
O
legado da Plataforma P-36
Em 15 de março de 2001, a P-36 que operava no campo de
Roncador na Bacia de Campos, sofreu duas explosões. O incidente aconteceu em
uma de suas colunas, com intervalo de 20 minutos entre uma e outra. Como
resultado, a segunda explosão deixou 11 mortos – os petroleiros que faziam
parte da brigada de incêndio da unidade.
De acordo com o relatório da ANP (Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustível), após a segunda explosão 138
trabalhadores desembarcaram. Assim, ficando na plataforma apenas a equipe de
emergência.
Injetaram nitrogênio e ar comprimido nos compartimentos
alagados para expulsão da água, contudo, sem sucesso. Portanto, após cinco
dias, em 20 de março de 2001 a P-36 naufragou, levando consigo os corpos dos
trabalhadores mortos na tentativa de combater o incêndio.
Em resumo, esse grave acidente aconteceu devido ao sistema
de comunicação e coordenação deficientes entre a equipe de resposta, o grupo de
emergência e comando da plataforma. Além disso, os profissionais das ações de
controle de estabilidade de emergência não tinham a capacitação
adequada.
É por isso que a NR 37 existe e
é obrigatória, para reduzir os acidentes e doenças ocupacionais,
preservando a vida dos trabalhadores offshore.
Quem
se enquadra na NR 37
A NR 37 engloba as plataformas que estão em
operação em Água Jurisdicional Brasileira, sejam elas do Brasil ou
estrangeiras. Dessa forma, todas as empresas que se identificarem com o setor
devem seguir os itens previstos na norma.
Além disso, é dever da operadora de instalação interromper
as atividades quando houver condições de risco grave e iminente. Sendo assim,
os riscos identificados pelo PPRA devem ser informados aos
trabalhadores.
Cabe a empresa definir as medidas de controle de risco que
serão adotadas. Bem como, os trabalhadores também deverão ter acesso às normas
de saúde e segurança do trabalho.
Direitos
e responsabilidades dos trabalhadores
De acordo com a NR 37, o trabalhador que notar
evidências de risco grave ou iminente para segurança e saúde de si mesmo e
outras pessoas, tem o direito de interromper sua atividade.
Bem como, a responsabilidade de informar aos superiores as
situações de risco para a segurança e saúde de todos. Além disso, cabe ao
trabalhador colaborar com a operadora de instalação para o cumprimento da
norma. E também com os procedimentos internos para o bem-estar das pessoas a
bordo.
Do mesmo modo, os trabalhadores devem estar por dentro das
ordens, instruções, recomendações e notificações sobre suas atividades e
ambiente de trabalho. E caso o trabalhador identifique um risco potencial grave
deve comunicar o empregador e ao Ministério do Trabalho.
Principais
pontos da NR 37
Como já falado anteriormente, cabe a operadora fazer
cumprir a NR 37, e todas as NR’s que contemplam o trabalho em plataforma.
Nesse sentido, ela é a responsável pelo controle de acesso, permanência e
desembarque de todos seus colaboradores. Sejam esses trabalhadores próprios ou
terceirizados.
Portanto, a documentação prevista na NR 37 deve
permanecer arquivada na plataforma por pelo menos cinco anos, a não ser que
seja mencionado algo contrário a isso, nesta ou em outra NR.
Cabe também a operadora disponibilizar, a bordo, a cópia
dos documentos atualizados que comprovem a capacitação, qualificação e
habilitação dos profissionais envolvidos nas atividades da plataforma. Além
disso, os certificados originais dos treinamentos devem ser entregues ao
trabalhador.
Outra responsabilidade da operadora é repassar um briefing
no momento de cada embarque. Ele deve conter várias informações, como por
exemplo:
Descrição
das características da plataforma;
· Tipos
de alarmes disponíveis, com destaque nos de emergência;
· Pontos
de encontro e evacuação em casos de emergência;
· Cuidados
básicos de higiene e saúde pessoal;
· Regras
de convívio, como por exemplo: o silêncio nas áreas de acomodações;
· A
localização de recursos como coletes, boias, balsas, botes de resgate e
etc…
Esses são apenas alguns dos pontos principais da NR
37, mas todos os seus tópicos são de grande importância para estar por dentro
da lei.
Treinamentos
Normativos e a NR 37
A norma exige que as operadoras de instalação estabeleçam
um programa de capacitação em segurança e saúde do trabalho. Agora, pense
comigo: encaminhar um especialista em SST para realizar a capacitação neste
local é complicado, né?
Afinal, o ambiente é isolado e de difícil acesso, o que
torna a logística difícil. Além de dores de cabeça para conciliar a agenda do
especialista com a dos trabalhadores. Por fim, gerando um custo alto de tempo e
dinheiro.
Então, a possibilidade de treinar essa equipe em SST, onde
quer que eles estejam, é de grande valia. Apresentar um sistema de
treinamento online para seus clientes, pode ser a carta coringa para se
diferenciar da concorrência oferecendo uma solução.
E, para isso, você precisa conhecer todos os treinamentos
previstos na NR 37. Então confira
abaixo:
Antes
do primeiro embarque
Para comitivas, visitantes e outras atividades
exclusivamente administrativas, esse treinamento não é obrigatório. Já os
trabalhadores que ainda não estão alocados na plataforma, antes do primeiro
embarque devem realizar esta capacitação. Deve ser ministrado, complementado ou
validado pela operadora. Além disso, possui carga horária mínima de até 6
horas.
Eventual
Deve ser realizado durante várias situações eventuais. Por
exemplo: quando houver mudança nos procedimentos ou nas instalações, após algum
incidente de grande relevância e etc. além disso, a carga horária mínima deste
treinamento da NR 37 fica a critério da operadora. Será decidido
conforme as situações de perigo a partir da análise de risco.
Básico
Esse treinamento é realizado para os trabalhadores que
entram em área operacional e efetuam atividades pontuais ou eventuais. Bem
como, de comissionamento, manutenção, reparação, inspeção, descomissionamento e
desmonte. A duração mínima deste curso é de 4 horas.
Avançado
Os trabalhadores que entram na área operacional e mantem
contato direto com os procedimentos devem realizar esse treinamento. A carga
horária mínima é de 4 horas.
Reciclagem
A cada cinco anos o treinamento de reciclagem deve ser
feito. Além disso, também quando houver alterações das análises de risco ou no
retorno de um afastamento de trabalho (superior a 90 dias), devendo comtemplar
a parte prática. Com carga horária mínima de 4 horas.
Além destes, a operadora deve fornecer o treinamento de
radioproteção e equipes de resposta às emergências.
Capacitações
EAD e Semipresenciais
Temos uma boa notícia: o novo texto da NR
37 permite que estes treinamentos sejam realizados na modalidade de ensino
a distância e semipresencial. Assim, facilitando muito a sua rotina em
SST.
Para isso, é necessário observar os requisitos da NR 1.
Estar em conformidade nas questões operacionais, administrativas, tecnológicas
e de estrutura pedagógica conforme o texto dessa norma regulamentadora. Além
disso, a capacitação deve ser realizada durante o horário de trabalho e contar
como horas trabalhadas.
Ou seja, essa possibilidade faz com que você possa oferecer
aos seus clientes otimização de tempo e dinheiro. Assim, tornando o dia a dia
deles mais prático e fácil de gerir.
NR 37
e a Escudo: segurança que sua empresa pode confiar
Esperamos que este resumo da NR 37 tenha ajudado você a
entender não apenas as exigências dessa norma, mas também a importância de
garantir um ambiente de trabalho seguro em plataformas offshore — setores de
alto risco que exigem capacitações rigorosas e atualizadas.
Se a sua empresa atua na área de petróleo e gás ou deseja
entrar nesse setor altamente regulado, saiba que a Escudo oferece o treinamento de NR 37 em total
conformidade com a legislação, com recursos modernos que tornam o aprendizado
mais eficiente, acessível e seguro para todos os colaboradores.
Nossa plataforma conta com mais de 200 cursos voltados à
SST, além de uma área de gestão completa para que você acompanhe cada etapa da
capacitação da sua equipe, com relatórios, alertas automáticos, emissão de
certificados e muito mais.
Se a sua empresa está pronta para evoluir em SST com
tecnologia, segurança jurídica e treinamentos certificados, fale agora com um
de nossos especialistas. A Escudo é a parceira certa para levar a cultura de
prevenção até os ambientes mais desafiadores.
Gostou do conteúdo? Conte para gente nos comentários e não
deixe de compartilhar nas redes sociais.
Siga o Blog e Deixe seu comentário e compartilhe este
artigo em suas redes sociais para que mais pessoas se informem sobre
o tema.
28
A
IMPORTÂNCIA DOS TESTES DE ESTANQUEIDADE PARA A SEGURANÇA NO TRABALHO
Garantir a segurança no trabalho é essencial, especialmente
em setores que lidam com substâncias perigosas ou sistemas que operam sob
pressão, a exemplo de atividades exercidas nos segmentos naval, petroquímico e
de construção. Nesse contexto, os testes de estanqueidade têm papel
decisivo na prevenção de acidentes. Vamos entender melhor o que são esses
testes e como podem proteger trabalhadores e ambientes.
O Que
São Testes de Estanqueidade?
Os testes de estanqueidade são processos que
verificam se um sistema está livre de vazamentos, garantindo que líquidos ou
gases permaneçam confinados dentro de tubulações, tanques ou equipamentos.
Esses testes são fundamentais em indústrias que utilizam sistemas
pressurizados, como oleodutos, gasodutos, e vasos de pressão.
Um
vazamento pode resultar em:
Riscos
à vida: explosões, intoxicações severas e morte;
Perdas
financeiras: interrupção de operações e danos ao
equipamento;
Impactos
ambientais: contaminação de áreas devido a substâncias
químicas perigosas.
Segundo a NR-34, que regulamenta condições de
segurança no setor industrial, realizar esses testes de forma contínua e
rigorosa é uma exigência para garantir a integridade dos sistemas pressurizados,
protegendo tanto o ambiente de trabalho quanto os operadores.
Dados
Relevantes sobre a Importância dos Testes
O foco nos testes de estanqueidade tem aumentado com base
em acidentes industriais. Um exemplo amplamente conhecido foi o desastre
da plataforma Deepwater Horizon em 2010, no Golfo do México, que
causou uma das maiores tragédias ambientais da história. A causa do acidente
foi atribuída a falhas de contenção, que poderiam ter sido evitadas com testes
de estanqueidade adequados.
Fonte:
El País
Estudos recentes da Agência Nacional de Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que mais de 70% dos vazamentos
detectados em dutos de transporte de gás no Brasil estavam relacionados à falta
de manutenção adequada em sistemas pressurizados, o que reforça a necessidade
de testes regulares de estanqueidade.
Como
Funcionam os Testes de Estanqueidade
Os
testes seguem normas rigorosas e utilizam diferentes métodos, como:
Teste Hidrostático: preenche o sistema com água e aplica
pressão para detectar falhas. Este método é seguro, pois a água não oferece
riscos explosivos.
Teste Pneumático: usa ar comprimido ou gás inerte para
verificar vazamentos. É indicado para sistemas que não podem ser inundados, mas
requer maior cautela devido ao risco de explosão.
Teste por Detecção Acústica: localiza vazamentos por meio
de ultrassom, útil em áreas de difícil acesso ou em equipamentos que operam
continuamente.
Teste de Bolha: é realizado com o uso de uma solução
formadora de bolhas para tornar visível a fuga do fluido.
Teste de Integridade (Teste de Corpo): envolve o uso
de gases, sendo o ar e o nitrogênio os mais utilizados, devido às suas
propriedades e facilidade de manuseio.
Cada um desses métodos é utilizado conforme o tipo de
sistema e a natureza do material envolvido, seguindo sempre os padrões
estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e
as Normas Regulamentadoras.
Por
Que Investir em Qualificação para Realizar os Testes?
Para que eles aconteçam de forma adequada, é exigido
conhecimento técnico especializado. Um
profissional qualificado será capaz de:
· Aplicar
corretamente os procedimentos normatizados;
· Operar
os equipamentos necessários com precisão;
· Identificar
riscos potenciais e tomar medidas preventivas eficazes.
A capacitação oferecida como o nosso Curso
Básico NR-34 Teste de Estanqueidade garante que os profissionais estejam
atualizados com as melhores práticas e as mais recentes regulamentações, como a
NR-34. O curso é oferecido de forma semipresencial, com 8 horas de
conteúdo online e 16 horas de prática, proporcionando uma formação
completa. O treinamento abrange desde os princípios básicos dos testes de
estanqueidade até a aplicação prática, com renovação anual para garantir a
conformidade contínua.
O Que
Você Ganha ao Se Capacitar?
Ao
investir em treinamento especializado:
Segurança: você contribui diretamente para a segurança no
ambiente de trabalho, prevenindo acidentes graves.
Qualificação Profissional: a certificação em testes de
estanqueidade é um diferencial no mercado, abrindo oportunidades em setores que
demandam cada vez mais esse tipo de conhecimento.
Conformidade Legal: empresas que não seguem as
regulamentações de segurança, como as previstas na NR-34, podem sofrer sanções,
multas ou até interdições.
Investir em treinamento qualificado não é apenas
uma exigência legal, mas uma forma de garantir a segurança dos trabalhadores e
a integridade das operações.
Seja parte desse processo de aprimoramento contínuo da
segurança no trabalho! Conheça nosso curso online e capacite-se com
base nas normas mais recentes do mercado.
Gostou do conteúdo? Conte para gente nos comentários e não
deixe de compartilhar nas redes sociais.
Siga o Blog e Deixe seu comentário e compartilhe este
artigo em suas redes sociais para que mais pessoas se informem sobre
o tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário