ENTENDA A RELAÇÃO ENTRE OS RISCOS ERGONÔMICOS, DOENÇAS DO TRABALHO E NR
Os riscos
ergonômicos podem afetar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, resultando em
problemas de saúde e até mesmo acidentes de trabalho. Além disso, esses riscos
podem comprometer a produtividade e a qualidade do trabalho, aumentando os
custos para as empresas. A NR17 é uma regulamentação brasileira que visa
estabelecer diretrizes e requisitos mínimos para a ergonomia no ambiente de
trabalho. Você sabe quando é necessário realizar a Análise Ergonômica do
Trabalho, conforme a NR 17?
O que são os riscos ergonômicos?
Riscos Ergonômicos
Os riscos
ergonômicos são fatores presentes no ambiente de trabalho e estão relacionados
à interação entre as tarefas realizadas, o ambiente de trabalho, os
equipamentos utilizados e as características individuais dos trabalhadores.
Podendo afetar a saúde física e mental do trabalhador, resultando em diversos
problemas, como dores, lesões, estresse, ansiedade, insônia, entre outros.
Observe alguns exemplos desses
riscos:
· Posturas inadequadas durante o
trabalho, como permanecer sentado por muito tempo;
· Esforços físicos intensos ou
repetitivos, como carregar pesos ou movimentar o corpo de maneira constante;
· Falta de apoio para os pés, causando
desconforto e problemas circulatórios;
· Uso de equipamentos inadequados, como
mouses e teclados que não são ajustáveis;
· Ambiente de trabalho inadequado, com
iluminação e temperatura inadequadas;
· Falta de pausas e descanso, causando
fadiga e cansaço excessivo.
Doenças relacionadas aos riscos
ergonômicos
As doenças
relacionadas aos riscos ergonômicos são um conjunto de condições de saúde que
podem surgir devido à exposição prolongada a fatores inadequados no ambiente de
trabalho. Essas condições são resultado da interação entre as tarefas
realizadas, o ambiente físico, os equipamentos utilizados e as características
individuais dos trabalhadores.
Algumas doenças causadas pelos riscos
ergonômicos estão listadas abaixo:
· Bursites;
· Mialgias;
· Hérnia de discos;
· Dores nas costas;
· Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e
as Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT).
Essas são
apenas algumas das principais doenças causadas por fatores ergonômicos. É
importante ressaltar que a prevenção é fundamental para reduzir a incidência
dessas doenças, e as empresas devem adotar medidas de saúde e segurança
ocupacional para proteger a saúde dos trabalhadores, como avaliação de riscos,
treinamento adequado, uso de equipamentos de proteção individual e adaptação
dos ambientes de trabalho às normas de segurança.
Como identificar e monitorar os
riscos ergonômicos?
A identificação
e o monitoramento dos riscos ergonômicos no ambiente de trabalho são etapas
essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Aqui estão algumas medidas que podem ser
adotadas para identificar e monitorar esses riscos:
Avaliação Ergonômica: Realize uma avaliação
ergonômica do local de trabalho, levando em consideração as tarefas realizadas,
o ambiente físico, os equipamentos utilizados e as características dos
trabalhadores. Essa avaliação pode ser feita por profissionais especializados
em ergonomia, que observam e analisam as condições de trabalho e identificam os
possíveis riscos ergonômicos presentes.
Observação e Diálogo: Observe as atividades
realizadas pelos trabalhadores, converse com eles e solicite feedback sobre
possíveis problemas ergonômicos. Os próprios trabalhadores podem fornecer
informações valiosas sobre desconforto, dor ou dificuldades enfrentadas durante
o trabalho.
Análise de Dados de Saúde e
Segurança: Analise
os dados de saúde e segurança no trabalho, como registros de acidentes, lesões,
afastamentos e queixas de saúde dos trabalhadores. Isso pode ajudar a
identificar áreas problemáticas e padrões que possam estar relacionados a
riscos ergonômicos.
Checklists e Listas de Verificação: Utilize checklists ou listas de
verificação específicas para identificar os principais riscos ergonômicos
presentes no ambiente de trabalho. Essas ferramentas podem abranger aspectos
como postura, movimentos repetitivos, levantamento de cargas, iluminação,
mobiliário e organização do trabalho.
Análise de Tarefas e Fluxo de
Trabalho: Analise
as tarefas realizadas e o fluxo de trabalho para identificar possíveis
problemas ergonômicos. Observe se há sobrecarga de trabalho, demandas
excessivas, movimentos repetitivos intensos, posturas inadequadas ou falta de
pausas adequadas.
Monitoramento Ergonômico: Implemente um sistema contínuo
de monitoramento ergonômico, no qual os riscos identificados sejam acompanhados
regularmente. Isso pode envolver a realização de avaliações periódicas,
inspeções regulares do ambiente de trabalho e revisões das práticas de
trabalho.
É importante
envolver os trabalhadores no processo de identificação e monitoramento dos
riscos ergonômicos, pois eles têm um conhecimento direto das condições e
desafios enfrentados no dia a dia. Além disso, ao identificar os riscos
ergonômicos, é fundamental implementar medidas corretivas e preventivas
adequadas, como adaptação do ambiente de trabalho, fornecimento de equipamentos
ergonômicos, treinamento dos trabalhadores e revisão das práticas de trabalho
para minimizar ou eliminar os riscos identificados.
Medidas preventivas
Pensando em
prevenir tais danos, faz-se necessário que as empresas realizem avaliações
constantes e ofereçam condições adequadas de trabalho, como, por exemplo:
ajuste de equipamentos e mobiliário, treinamento para posturas corretas e
pausas regulares para descanso.
A Norma
Regulamentadora que aborda esse tema é a NR-17. As doenças ergonômicas são
condições de saúde relacionadas ao trabalho que podem ser causadas por
movimentos repetitivos, posturas inadequadas, esforço físico excessivo e outros
fatores relacionados à ergonomia.
A seguir estão algumas medidas
preventivas que podem ajudar a evitar doenças ergonômicas:
1. Avaliação ergonômica: Realizar uma avaliação ergonômica no
local de trabalho pode identificar riscos e problemas específicos relacionados
à ergonomia. Isso pode ser feito por um profissional de saúde ocupacional ou um
especialista em ergonomia.
2. Treinamento e conscientização: Fornecer treinamento adequado
aos funcionários sobre os princípios básicos da ergonomia, boas práticas de
trabalho e como evitar posturas e movimentos prejudiciais. Os funcionários
devem estar cientes dos riscos e saber como aplicar corretamente as técnicas
ergonômicas.
3. Postura adequada: Incentivar os funcionários a
adotarem uma postura correta ao trabalhar, mantendo a coluna vertebral
alinhada, os ombros relaxados e os joelhos e cotovelos em ângulos de
aproximadamente 90 graus. O uso de cadeiras ergonômicas com suporte lombar
também pode ser recomendado.
4. Pausas regulares e alongamentos: Encorajar os funcionários a
fazerem pausas regulares para descansar e alongar os músculos. Movimentos
simples de alongamento podem ajudar a aliviar a tensão muscular e melhorar a
circulação sanguínea.
5. Organização do local de trabalho: Organizar o ambiente de
trabalho de forma a minimizar a necessidade de movimentos repetitivos e
estresses desnecessários. Isso pode incluir o posicionamento correto dos
equipamentos, ajuste da altura das mesas e cadeiras, utilização de suportes
ergonômicos para documentos e teclados, entre outros.
6. Uso adequado de equipamentos
e ferramentas: Fornecer
equipamentos e ferramentas ergonômicas adequadas para as tarefas realizadas
pelos funcionários. Por exemplo, teclados ergonômicos, apoios de pulso,
suportes ajustáveis para monitores, entre outros.
7. Rotação de tarefas: Quando possível, implementar a
rotação de tarefas para evitar a repetição excessiva dos mesmos movimentos e
posturas por longos períodos de tempo.
8. Gerenciamento de carga de
trabalho: Distribuir
adequadamente as tarefas e cargas de trabalho para evitar o esforço excessivo e
a fadiga física. Identificar e eliminar tarefas desnecessárias ou que possam
ser automatizadas.
Lembrando
que essas são apenas algumas medidas preventivas comuns, mas cada local de
trabalho pode ter necessidades específicas de acordo com sua atividade e
demandas ergonômicas. É importante consultar um especialista em ergonomia para
obter orientações mais detalhadas e personalizadas.
Quando é necessária a realização da
Análise Ergonômica do Trabalho – AET da NR 17?
A Análise
Ergonômica do Trabalho (AET) é um processo que visa estudar e avaliar as
condições de trabalho em uma determinada atividade laboral. Seu objetivo
principal é identificar e corrigir possíveis problemas ergonômicos presentes no
ambiente de trabalho, a fim de promover a saúde, o bem-estar e a segurança dos
trabalhadores.
A AET
envolve a análise minuciosa das tarefas desempenhadas pelos trabalhadores,
levando em consideração fatores como posturas adotadas, movimentos repetitivos,
esforços físicos exigidos, carga de trabalho, uso de equipamentos e mobiliário,
entre outros aspectos relacionados à ergonomia. Faz parte da NR-17 e
visa cuidar e garantir a qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Uma das
razões principais para a realização da análise ergonômica do trabalho é
seu fator obrigatório perante o Ministério do Trabalho pois, conforme
a NR-17 prevê em seu item 17.3.1.2.1: A avaliação ergonômica preliminar das
situações de trabalho deve ser registrada pela organização. A respeito disso, a
NR-17 aborda os seguintes requisitos:
17.3.2: A organização deve realizar
Análise Ergonômica do Trabalho – AET da situação de trabalho quando:
a) observada
a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da situação;
b)
identificadas inadequações ou insuficiência das ações adotadas;
c) sugerida
pelo acompanhamento de saúde dos trabalhadores, nos termos do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e da alínea “c” do subitem
1.5.5.1.1 da NR 01; ou
d) indicada
causa relacionada às condições de trabalho na análise de acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho, nos termos do Programa de Gerenciamento de Riscos –
Sobre
isenções, é destacado no item 17.3.4 que as Microempresas (ME) e Empresas de
Pequeno Porte (EPP) enquadradas como graus de risco 1 e 2 e o Microempreendedor
Individual (MEI) não são obrigados a elaborar a AET, mas devem atender todos os
demais requisitos estabelecidos na NR, quando aplicáveis. Porém, o item
17.3.4.1 ressalta que as ME ou EPP enquadradas como graus de risco 1 e 2 devem
realizar a AET quando observadas as situações previstas nas alíneas “c” e “d”
do item 17.3.2 (destacado no trecho acima).
Por fim, há
muitas vantagens ao realizar a análise ergonômica, e a principal delas é
a diminuição das doenças ocupacionais. Essas doenças apresentam uma série
de problemas para as empresas, pois acarretam em processos trabalhistas,
ausência de funcionários e atrasos no cronograma.
No decorrer
deste blog, discutimos a importância de prevenir acidentes de trabalho e
promover condições ergonômicas adequadas no ambiente laboral. Através da
abordagem da Norma Regulamentadora 17 (NR17) e da Análise Ergonômica do
Trabalho (AET), destacamos a relevância de adotar medidas preventivas para
garantir a segurança, o bem-estar e a eficiência dos trabalhadores.
A prevenção
de acidentes de trabalho e a promoção da ergonomia não apenas contribuem para a
saúde e o bem-estar dos trabalhadores, mas também impactam positivamente a
produtividade e a qualidade do trabalho. Ao adotar medidas preventivas, as
empresas podem reduzir custos relacionados a afastamentos por doenças
ocupacionais, aumentar a satisfação dos funcionários e melhorar os resultados
gerais da organização.
Portanto, é
essencial que as empresas valorizem e implementem práticas ergonômicas, em
conformidade com a NR17 e a realização da AET. Ao priorizar a segurança e o
bem-estar dos trabalhadores, todos os envolvidos se beneficiam, criando um
ambiente de trabalho saudável, produtivo e sustentável a longo prazo.
Como a Bernhoeft pode te ajudar?
Você se
preocupa com a segurança, saúde e bem-estar dos trabalhadores terceirizados da
sua organização? Deseja evitar acidentes de trabalho e promover um ambiente
laboral mais saudável? Se a resposta for sim, a Bernhoeft pode te ajudar! Não perca essa oportunidade de criar um
ambiente de trabalho mais saudável e seguro!
Vamos juntos
nessa jornada pela prevenção de
acidentes e pela promoção da ergonomia!
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Autora: Edillaine Santos | Assistente de
Gestão de Terceiros
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