SÍLICA
AMORFA PODE SE TRANSFORMAR EM SÍLICA CRISTALINA?
A sílica se diferencia nas formas de cristalina e
amorfa, essa diferença se dá no arranjo da estrutura, apesar de possuírem a
mesma composição. Porém, essa diferença não se limita apenas à estrutura; suas
características físico-químicas e toxicológicas também são diferentes. É
comumente associado o risco de câncer pulmonar à sílica cristalina, enquanto
estudos mais recentes ainda não comprovam o mesmo efeito para a sílica amorfa.
No entanto a sílica amorfa pode ser transformada em sílica cristalina.
Acompanhe este artigo para saber como.
A
sílica amorfa
A sílica amorfa é frequentemente encontrada em
conjunto com a sílica cristalina, tornando desafiadora a separação da exposição
a ambos os tipos. No entanto, a sílica amorfa é produzida e utilizada em uma
variedade de processos industriais, como cargas na indústria da borracha,
compostos de pneus, agentes de fluxo livre e antiaglomerantes em materiais em pó,
além de ser empregada como veículos líquidos, especialmente na fabricação de
rações para animais e agroquímicos. Outros usos incluem aditivos para pastas de
dente, tintas, borracha de silicone, materiais de isolamento, sistemas líquidos
em revestimentos, adesivos, tintas de impressão, subcapas de plastisol para
automóveis e cosméticos. A dificuldade em conduzir estudos abrangentes reside
na separação dos casos de exposição à sílica amorfa sem contaminação por sílica
cristalina, resultando em informações limitadas. No entanto, apesar das
informações obtidas e dos testes em animais, não há comprovação do risco de
câncer associado exclusivamente à exposição à sílica amorfa. Entretanto, não é
possível descartar os potenciais riscos de bronquite crônica, DPOC ou
enfisema.
Como
é gerada a sílica amorfa?
A sílica amorfa é gerada de diversas formas.
Naturalmente, é encontrada no estado sólido amorfo, como pederneira, opala ou
terra diatomácea. Além disso, sílicas amorfas sintéticas são produzidas de
várias maneiras, incluindo sílicas de processo úmido, sílicas pirogênicas
térmicas transportadas pelo ar e sílicas de forno de arco. Não apenas o tipo de
processo de produção, mas também qualquer tratamento químico ou térmico
subsequente, como torrefação, têmpera ou calcinação, deve ser considerado um
critério importante na avaliação médico-ocupacional e toxicológica.
Sílica
amorfa em sílica cristalina
A sílica amorfa pode ser transformada em sílica
cristalina por diversas formas, porém, não é algo simples. Para que a
transformação ocorra, são necessários uma série de requisitos e
especificidades. A forma mais conhecida dessa transformação é pelo aquecimento
da sílica amorfa acima de 1000°C, uma temperatura muito elevada que ocorre em
poucos processos; por exemplo, a soldagem varia de 200°C a 480°C, com soldas
específicas atingindo até 800°C, ou seja, não é um processo no qual se espera a
transformação. No entanto, essa não é a única forma. Estudos recentes também
demonstram essa transformação em temperaturas mais baixas, mas ocorrem na
presença de catalisadores específicos, altas pressões e até mesmo com a
participação de bactérias, em grande parte em ambientes controlados, como
laboratórios de pesquisa. Portanto, embora a transformação seja possível, na
maioria dos cenários de exposição dos trabalhadores, não é esperada a conversão
da sílica amorfa para a cristalina.
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