O
QUE É FATOR DE QUEDA NR 35 E COMO CALCULAR?
Você sabe o que é o fator de queda NR 35? Entender
sobre o assunto é indispensável para empresas e colaboradores que exercem suas
atividades laborais relacionadas com altura.
Isso porque, a queda em altura está entre as
principais causas de acidentes de trabalho grave ou, até mesmo, fatais. Sendo
assim, a Norma Regulamentadora 35 foi criada com a finalidade de estabelecer
ações com foco na prevenção desse tipo de problema. Para esclarecer os
principais pontos sobre o assunto, elaboramos este artigo. Confira!
O
que é o fator de queda?
O fator de queda se trata de um conceito muito
relevante dentro da NR 35. Afinal, corresponde à divisão entre a distância da
queda e o cumprimento do talabarte ou corda. É um termo usada na escalada e na
verticalidade para estipular os riscos de queda no decorrer de uma atividade em
altura. O intuito é mensurar a força de impacto realizada pelo corpo do
profissional na hora do acidente.
Independentemente do peso do trabalhador ou do tempo,
durante a queda a aceleração é de 10m/s². Isso significa que o fator de queda
não passa por modificações por conta desses fatores, mas pela altura em que o
corpo de encontra. Por este motivo, quanto menor a queda, menor o impacto
sofrido pelo corpo.
Qual
a importância do cálculo do fator de queda?
Por intermédio desse cálculo é possível ter um
entendimento exato das consequências provocadas pelo sistema de segurança no
corpo do colaborador e, especialmente pelo equipamento que suporta a queda.
Com isso, os fatores envolvidos em uma queda são
originários do peso, fator de queda e do tipo de dispositivo usado. Por
exemplo, o talabarte diminui de forma considerável a força de uma queda sobre o
funcionário, devido a sua capacidade de absorver a energia de maneira
antecipada por meio de seu absorvedor integrado.
Como
calcular o fator de queda NR 35?
O fator de queda precisa ser calculado antes do início
de qualquer atividade em altura para assegurar a integridade física dos
profissionais. A fórmula utilizada para realizar esse cálculo é a seguinte: FQ
= altura da queda/comprimento do talabarte.
Fator
= 0 a 0,5
Aqui, o talabarte ou demais dispositivos usados para
impedir quedas se encontra fixado em um ponto de ancoragem acima da cabeça do
colaborador. É obrigatória a utilização de absorvedor de impacto e talabartes
de retenção de quedas. Dessa forma, em caso de acidente, o trabalhador sofrerá
um impacto menor no corpo. Então, o fator de queda igual a zero é considerado
como resultado ideal de trabalho.
Por
exemplo: o funcionário está usando um talabarte duplo de 1
metro e a altura da queda é de 40 centímetros. Então: FQ = 0,4 / 1 = 0,4.
Fator
= 1
Nessa situação, a Travaqueda ou talabarte é inserido
em um ponto de ancoragem na altura do abdômen, servindo como ponto de equilíbrio.
Em caso de queda, o impacto equivale ao comprimento do dispositivo de proteção.
Também é obrigatório o uso de absorvedores de impacto. Então, o fato de queda
com resultado 1 ainda é recomendado.
Vamos supor que o profissional esteja usando um
talabarte de 2 metros e a distância da queda seja de 2 metros: FQ = 2 / 2 = 1.
Fator
= 2
Esse resultado de fator de queda é visto como a pior
condição de trabalho, tendo em vista que representa um alto risco à segurança
do trabalhador. Nesse caso, o ponto de ancoragem se encontra abaixo dos pés do
profissional e o impacto sofrido representa 2 vezes o tamanho do dispositivo.
Então, gera um impacto ainda maior no corpo da pessoa, sendo uma prática muito
perigosa.
Também, o profissional corre o risco de bater várias
partes do seu corpo nas extremidades da estrutura onde ele desempenha suas
atividades, provocando lesões graves e, até mesmo, permanentes.
O fator de queda semelhante a 2 é o limite máximo de
impacto suportado pelo equipamento e pelo corpo do indivíduo. Por isso, precisa
ser evitado de qualquer maneira, sendo usado somente em situações de extrema
necessidade.
Por
exemplo: um talabarte de 1,5 metros e a distância da queda de
3,0 metros. Nessa situação, o cálculo terá o seguinte resultado: FQ = 3,0 / 1,5
= 2.
O que fazer para evitar acidentes no trabalho em
altura?
Considerando que o fator de queda e a gravidade dos
acidentes são diretamente proporcionais, o indicado é implementar práticas para
minimizar o fator de queda ao máximo. O recomendado é que o profissional esteja
conectado a um ponto de ancoragem acima dele, usando um talabarte menor.
Também, a utilização de equipamentos de proteção precisa ser vista como
prioridade pelo empregador e trabalhadores.
Tenha em mente que os Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s são indispensáveis
nesse processo. Sendo assim, é necessário investir em dispositivos de
qualidade, levando em conta que só assim os itens usados vão exercer a sua
finalidade que é a de garantir a saúde, bem-estar e integridade física dos
colaboradores envolvidos.
Por meio dessas medidas é possível garantir que as
operações e processos sejam realizados da forma adequada e em conformidade com
as normas regulamentadoras, o que vai reduzir os riscos, bem como motivar os
integrantes da equipe.
Também, investir em segurança significa evitar
eventuais prejuízos aos profissionais e à própria empresa, que vai passar com
tranquilidade por possíveis fiscalizações e auditorias.
Com isso, a companhia passa a ser vista com bons olhos
pelo mercado em geral, o que vai torná-la diferenciada, competitiva e com o
alcance de melhores resultados.
Conseguiu entender o que é o fator de queda NR 35, sua
importância e por quais motivos é necessário realizar o seu cálculo? Esse é um
aspecto bastante relevante quando o assunto é garantir a segurança dos
trabalhadores que exercem suas atividades laborais em altura, levando em conta
os riscos e o índice de acidentes ocasionados por quedas, bem como a gravidade
da situação e as consequências que possíveis lesões podem causar.
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