terça-feira, 29 de junho de 2021

 



A análise de riscos de

incêndio e de explosão

 


Como deve ser executada a aplicação da metodologia de análise de riscos nas fases do projeto da instalação? Quais são os requisitos de severidade adotados para o estudo de análise de riscos? Quais são os requisitos de frequência de ocorrência? Qual deve ser a matriz de risco a ser adotada para o estudo de análise de riscos? Quais devem ser os requisitos de severidade? Esses questionamentos estão sendo exibidos na NBR 16955 de 04/2021 - Sistemas de prevenção de deflagração - Análise de riscos de incêndio e de explosão - Requisitos.

 


NBR 16955 de 04/2021 – Sistemas de prevenção de deflagração – Análise de riscos de incêndio e de explosão – Requisitos

 

A NBR 16955 de 04/2021 – Sistemas de prevenção de deflagração – Análise de riscos de incêndio e de explosão – Requisitos especifica a metodologia e as técnicas usadas na análise de riscos de incêndio e de explosão para identificar e analisar as causas e suas consequências, bem como avaliar os eventos de incêndio e/ou explosão em projeto de processos de instalações industriais, com sistemas de prevenção de deflagração, nas fases de estudos de viabilidade e preliminar, nos projetos básico e executivo, e também nas instalações existentes.


A análise e avaliação de riscos têm se consolidado como uma das mais importantes ferramentas de tomada de decisão, nas diversas áreas do conhecimento como, engenharia, economia, saúde pública, ciências ambientais entre outras. Este amplo campo de aplicação decorre entre outros fatores, da importância da avaliação de risco como uma ferramenta de prevenção de acidentes.

 

O risco de uma instalação industrial para a comunidade e para o meio ambiente, circunvizinhos e externos aos limites do empreendimento, de acordo com o autor Brauer, está diretamente associado às características das substâncias químicas manipuladas, às suas respectivas quantidades e à vulnerabilidade da região onde a instalação está ou será localizada.

 

A metodologia de análise de riscos foi desenvolvida, após a ocorrência de um trágico acidente em 1974, em Flixborough, na Inglaterra, com técnicas como, análise preliminar de perigos (APP), hazard and operability (HAZOP), árvores de eventos e de falhas e análise de consequências e de vulnerabilidades. A metodologia de análise de riscos de incêndio e de explosão é composta por três etapas: análise, avaliação e gerenciamentos de riscos.

 

A metodologia de análise de riscos deve ser aplicada aos projetos de processos industriais e efetuada pelo projetista da instalação ou por especialista independente, a partir da fase de viabilidade, estudo preliminar, projetos básico e executivo e operação da instalação. As instalações existentes e em operação também devem ser submetidas à metodologia de análise de riscos.

 

Para as instalações em operação, essa metodologia deve ser aplicada também a partir da fase de projeto de qualquer modificação, portanto, antes de sua implementação. A metodologia de análise de riscos, quando necessária, deve ser aplicada internamente ou por entidade independente em relação ao empreendimento. Seu conteúdo e resultados devem ser descritos em forma de relatório e desenhos, e devem fazer parte da documentação de segurança, a ser encaminhada às autoridades constituídas para análise, licenciamento e aprovação do empreendimento. Na figura abaixo é apresentada a composição da metodologia de análise de riscos de incêndio e de explosão.

 



As fases da metodologia, as técnicas e as suas relações com as fases de projeto da instalação, em análise, são descritas em 4.4. A seleção da técnica de análise a ser utilizada para avaliar os riscos de uma instalação ou processo depende do tipo de processo em projeto ou do processo existente. A análise de perigos tem por objetivo de identificar o cenário acidental de consequências mais severas para as pessoas, equipamentos e instalações.

 

A identificação de perigos e/ou riscos de incêndio e de explosão é qualitativa e tem o objetivo de: caracterizar o empreendimento e identificar os perigos (cenários) possíveis de ocorrer no processo; estabelecer os parâmetros iniciais de cenários de acidentes maiores, conforme a NBR 16385; indicar as medidas de segurança para mitigar os níveis de risco identificados pela análise; estimar a severidade e a frequência de ocorrência de acidentes potenciais (classificação do perigo). As NFPA 652 e NFPA 551 apresentam os modelos de análises de riscos que podem ser usados para os processos com pós combustíveis (dust hazard analysis – DHA) e com incêndio, respectivamente.

 

A avaliação de risco em processo ou instalação é quantitativa e tem o objetivo de: selecionar os cenários de acidentes mais severos identificados anteriormente; determinar o nível de consequências referentes à radiação térmica de um incêndio, as sobrepressões de uma explosão e os níveis de concentração tóxica emitida durante o desenvolvimento do cenário acidental selecionado; desenvolver a sequência de ocorrência ou o mecanismo do cenário acidental; quantificar a frequência de ocorrência do cenário em análise; apresentar as medidas mitigadoras de risco para a redução dos efeitos da ocorrência do cenário. O controle dos riscos em função dos riscos inerentes propõe sistema ou procedimentos que supervisionem e controlem esses riscos.

 

O gerenciamento de riscos em instalações industriais tem como objetivo: selecionar as atividades de gerenciamento para controlar os riscos da possível ocorrência dos cenários acidentais analisados; implantar os procedimentos de gestão de riscos; transformar os resultados pontuais da análise e avaliação de riscos, em atividades dinâmicas de gestão de riscos; desenvolver os planos de ação de emergência, de contingências e de crises e auditorias periódicas de segurança. A metodologia de análise de riscos de incêndio e de explosão é composta pelas etapas apresentadas a seguir. A metodologia de análise de riscos de incêndio e de explosão (MARIE) é composta pelas etapas apresentadas na figura abaixo.

 



Na caracterização do empreendimento da instalação, é importante descrever a localização geográfica, a meteorologia e a comunidade locais, acessos, descrição física da instalação, tipos de produtos em processo e sistemas de segurança e de resposta às emergências e às contingências ou crise. A identificação dos perigos potenciais do processo ou da instalação é realizada pelo emprego de técnicas de análise de risco, como, APP (análise preliminar de perigos), What-if (questionamentos do tipo o que aconteceria se…), hazard e operability (HAZOP) análise do binômio operador-máquina, fail mode and effect analysis (FMEA) ou análise de modos de falhas e seus efeitos (AMFE) e dust hazard analysis (DHA) análise de risco para pós combustíveis.

 

Os perigos identificados são classificados com relação à sua gravidade e a probabilidade de ocorrência, conforme uma matriz de risco previamente elaborada para a análise de risco. É nessa fase que se definem os potenciais perigos encontrados no processo ou na instalação e que serão objeto de estudos quantitativos posteriores, se necessários. Com base na classificação de perigos realizada na etapa de identificação de perigos, selecionam-se os cenários potenciais de acidente.

 

Com os cenários acidentais estabelecidos definidos, realizam-se as simulações de ocorrência de cenários, por meio de programas de computador para se determinar a extensão dos efeitos danosos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio do empreendimento. Esta fase também avalia a vulnerabilidade das pessoas e dos materiais e/ou estruturas aos efeitos desses acidentes. Essa avaliação é efetuada para se determinar o nível de radiação térmica absorvida durante um incêndio e o nível de sobrepressão recebido durante uma explosão no interior da instalação em análise.

 

Os estudos de dispersão atmosférica de nuvens tóxicas devem ser elaborados para os casos de produtos tóxicos emitidos durante o acidente de processo. As ferramentas computacionais do tipo CFD (estudo dinâmico de fluídos) podem ser utilizadas na ACV. A análise de riscos tem características qualitativas e, com a estimativa de frequências de riscos dos cenários, é iniciada a quantificação de seus riscos.

 

A quantificação de riscos é realizada com o emprego de técnicas do tipo árvores de eventos (AAE) e de falhas (AAF). A árvore de eventos estuda a sequência de ocorrência de um evento indesejável, aplicando a teoria de Delphi. Estas duas técnicas AAE e AAF também são conhecidas pelas siglas inglesas, ETA – event tree analysis e FTA – fault tree analysis, respectivamente. A técnica de árvore de falhas considera a probabilidade de ocorrência do evento topo (cenário acidental indesejável) e de suas causas.

 

A construção da árvore de falhas se baseia na determinação de portas de ocorrência de causas do tipo E/OU. Para essa quantificação, usam-se conceitos de álgebra Booleana para a determinação da frequência de ocorrência do evento topo a ser estudado. A IEC 61025 apresenta um procedimento para a análise por árvore de falhas.

 

Os dados utilizados neste estudo devem ser compatíveis com estruturas já existentes, ou que possuam a mesma vulnerabilidade. Estes dados de probabilidades são obtidos em banco de dados conhecidos e específicos. A avaliação de riscos é determinada pelo cálculo dos riscos sociais e individuais decorrentes do potencial de cada cenário acidental. Para essa avaliação é necessário o uso de programa de computador de última geração.

 

O nível de segurança da instalação em projeto ou existente deve atender ao critério de aceitabilidade de riscos adotado pela legislação vigente. A conformidade de segurança desta instalação, às medidas mitigadoras de riscos recomendadas deve ser efetuada nesta etapa da metodologia. Para as respostas à emergência e à contingência (REC), estabelecer o plano de ação de emergências (PAE), apresentando a definição dos cenários de emergência, da equipe de emergência (inclusive organograma), suas funções e responsabilidades, procedimentos de emergência, descrição dos sistemas de combate, sistema de comunicação de emergências, estabelecimento de rotas de fuga, saídas de emergência, pontos de encontro e telefones importantes para situações de emergências (ver Anexo B), em conformidade com a NBR 15219.

 

Elaborar o plano de contingência ou crise, visando à garantia da segurança física e patrimonial das pessoas e das instalações de processo, por exemplo, perímetro e processos da unidade industrial, a subestação elétrica e sala de controle operacional, contra atividades ilícitas (greve, atos criminosos, atos de vandalismo, terrorismo, etc.) que possam ocasionar danos aos sistemas operacionais da instalação industrial (ver Anexo B). A brigada de emergência deve atender à NBR 14276. Estes planos são de responsabilidade do gestor da instalação industrial e devem ser elaborados e ensaiados antes do início de sua operação.

 

A NBR 15219:2020, Anexo D, apresenta um resumo das etapas para implantação de um plano de emergência. Quanto às medidas mitigadoras de riscos (MMR), o encerramento da aplicação da metodologia de análise de riscos para instalações industriais ocorre após a implantação das medidas de segurança que mitigam os perigos encontrados ao longo do trabalho.

 

Essas medidas podem ser de caráter administrativo ou técnico. Sua implantação é vital para assegurar a redução dos riscos encontrados na instalação ou no processo e deve ser efetuada ainda na fase de projeto, portanto antes do início da operação da instalação. Nos casos das instalações industriais em operação, as medidas de segurança resultantes da aplicação do MARIE na instalação, por ocasião de modificações no processo da instalação, devem ser implantadas antes da instalação reiniciar a sua operação.

 

Para a análise de conformidade de segurança (ACS), a segurança implantada em instalações industriais, resultante das recomendações de segurança descritas na aplicação das técnicas de análise de riscos em instalações industriais, deve ser verificada in loco por meio de uma auditoria técnica de segurança, antes do início de operação da instalação. Uma das técnicas de análise de riscos de incêndio e de explosão é a análise preliminar de perigos (APP).

 

A técnica APP ou PHA (preliminary hazard analysis) permite inicialmente identificar e analisar de forma abrangente os potenciais riscos que podem estar presentes na instalação analisada. A técnica possui um formato padrão tabular, onde, em que a cada perigo identificado é levantada suas possíveis causas, efeitos potenciais, medidas de controle básicas para cada caso para o nível preventivo e/ou corretivo, tanto aquelas medidas já existentes ou projetadas como aquelas a serem implantadas no estudo APP efetuado.

 

Finalmente, os perigos identificados pela técnica APP são avaliados com relação à frequência de ocorrência, ao grau de severidade e ao nível de suas consequências, considerando os potenciais danos resultantes às pessoas, aos materiais (equipamentos e edificações), ao meio ambiente e à comunidade em geral. As categorias de perigo foram adaptadas para as instalações industriais convencionais, a partir de requisitos de segurança da indústria aeronáutica. As categorias de perigo originalmente determinadas constam de tabelas e da matriz de risco que devem ser consideradas na categorização dos perigos identificados por esta técnica.

 

Esta categorização tem como objetivo estabelecer a priorização na implantação das recomendações de segurança na instalação industrial analisada. Estas informações também podem ser utilizadas nas outras técnicas de identificação de perigos. Os resultados da APP são apresentados em planilhas (ver Anexo A) de análise elaborada de acordo com o seguinte: perigo: condição com potencial para causar determinado dano; causas possíveis: procedimentos ou condições que dão origem aos riscos; categorias de frequência: critério que estabelece o nível do valor da probabilidade de ocorrência da causa identificada e analisada; consequências: efeitos danosos ao operador e/ou no material; categorias de consequência: critério que classifica o risco de acordo com quatro categorias consequências (desprezível, marginal, crítica e catastrófica); medidas preventivas e/ou corretivas existentes: medidas gerais e específicas, em nível preventivo e/ou corretivo, já projetadas na instalação em estudo; medidas preventivas e/ou corretivas a serem implantadas: recomendações de melhoria operacional e/ou de segurança, a serem ainda implementadas na instalação em estudo; avaliação preliminar do risco: critério de avaliação do potencial de risco encontrado com a aplicação da matriz de risco.

 

 

Fonte: Equipe Target

 

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COMO SE REALIZA O CÁLCULO DE

BRIGADISTAS DE INCÊNDIO NAS EMPRESAS?

 





Em qualquer tipo de empreendimento, seja ele comercial ou industrial, é necessário que os ocupantes estejam preparados para o início do combate ao foco do incêndio; além do abandono do local de forma correta e adequada.

Alguns fatores devem ser levados em consideração na hora de realizar o cálculo de brigadistas nas empresas visando à proteção da vida e do patrimônio, além de redução das consequências sociais do sinistro e danos ao meio ambiente. E neste contexto, a OHSAS 18001 contribui para precaver riscos e promover o bem-estar dos funcionários.

 

Segurança do trabalho nas empresas

 

O conjunto de medidas implementadas nos ambientes de trabalho a fim de garantir a integridade física e psicológica dos funcionários e combater possíveis riscos ocupacionais ou ainda acidentes ocupacionais é denominado Segurança do Trabalho.

 

A importância dessa atividade dentro das empresas é tamanha, visto as estimativas de acidentes de trabalho registrados pelo Acidentômetro, que estima, por meio das Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT), cerca de 1 acidente a cada 47 segundos. Somente no período de 2012-2016, foram registrados 3.305.708 CAT.

 

Dentre as medidas para combater os acidentes, tem-se a Proteção Contra Incêndios, regulamentada pela NR 23, as Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros (quando houver) e a criação de uma equipe de Brigada de Incêndio, calculada de acordo com a norma técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT NBR 14276.

 

A brigada de incêndio  

 



 

Três aspectos são considerados básicos e triviais para garantir a segurança contra incêndios de uma edificação: Equipamentos dimensionados adequadamente de combate a incêndio; Manutenção que garanta o funcionamento dos equipamentos no momento necessário, e Pessoal Treinado, para que possa usar os equipamentos de forma eficiente e rápida no momento necessário.

 

A brigada de incêndio é um grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capacitadas em combate a incêndio e primeiros socorros para atuar quando necessário. Em casos de incêndio, a atuação da brigada ocorre na ordem apontada abaixo:

 

·        Orientar, de forma coordenada, a saída das pessoas para um local seguro;

·        Prestar os primeiros-socorros;

·        Combater o foco do incêndio para proteger a vida humana;

·   Avisar o Corpo de Bombeiros e mostrar quais são os pontos de maior risco, dando orientações gerais sobre o que for preciso.

 

Uma brigada de incêndio eficaz é aquela que está bem treinada e que conhece toda a edificação, os riscos nela contida e o plano de emergência.

 

Para que serve a Brigada de Incêndio?

 

A brigada de incêndio juntamente com outros grupos da empresa como a CIPA e demais equipes de segurança do trabalho realizam reuniões e estudos com vistas a analisar os ambientes, situações de acidentes já ocorridas e definir medidas de segurança para garantir a segurança do ambiente de trabalho contra possíveis acidentes envolvendo incêndios.

 

Quais atividades uma brigada de incêndio desempenha?

 

De modo geral, podem-se dividir as atividades da brigada em dois grupos principais de ações, o preventivo e o emergencial. As ações emergenciais são aquelas que ocorrem em casos da ocorrência de incêndios e, quanto às ações preventivas, tem-se:

 

·        Conhecimento de seu papel individual na equipe;

·        Conhecimento do Plano de Emergência;

·        Conhecimento de todos os ambientes da empresa (planta, instalações e outros);

·        Conhecimento para identificar os riscos de incêndio em cada ambiente;

·        Conhecimento para inspecionar os equipamentos de combate a incêndio.

·        Como calcular e dimensionar a brigada de incêndio?

 


A composição da brigada de incêndio será determinada por algumas variáveis, que constam na NBR 14276. O Corpo de Bombeiros em cada estado pode criar Instruções Técnicas (IT) para orientar quanto as brigadas de incêndio, no caso de São Paulo, as empresas podem consultar a IT nº 17/2014 e para empresas localizadas em Minas Gerais a IT nº 12.

 

Na ABNT 14276, a primeira variável para o cálculo é com relação à quantidade de pessoas e no anexo A há um quadro com informações importantes. Nele é possível observar, entre outras coisas:

 

·        Grupo

·        Descrição

·        Exemplos

·        Grau de risco

·        População fixa por pavimento ou compartimento

·        Nível de treinamento

·        Nível de instalação

 

A segunda variável é quanto aos critérios de seleção de candidatos a brigadistas, em que são determinadas algumas características básicas para tal, como:

 

·        Permanecer na edificação durante seu turno de trabalho;

·        Possuir boa saúde e boa condição física;

·        Conhecer as instalações;

·        Ser maior de 18 anos;

·        Ser alfabetizado;

 

A terceira variável é o treinamento, que é ditado de acordo com o risco da edificação a ser protegida. Há três tipos de treinamento: o básico, o intermediário ou avançado.

 

Desse modo, para calcular o número de brigadistas é necessário consultar a IT do Corpo de Bombeiros de seu Estado e, caso não exista, a NBR 14276. Esta norma, em seu Anexo E, possui um resumo com 16 etapas de implantação da brigada de incêndio em qualquer tipo de empreendimento.

 

Sistema de Gestão Integrado

 

Em um mercado dinâmico e com uma alta expectativa e exigências dos clientes, a integração de processos, procedimentos e de gestão tornam as atividades da empresa mais facilmente administráveis e os problemas são mais bem identificados e encaminhados para áreas correspondentes.

 

O Sistema de Gestão Integrado (SGI) consiste na implementação das normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, que respectivamente tratam dos sistemas de gestão da qualidade, meio ambiente e de segurança e saúde ocupacional.

 

Estas normas são baseadas no ciclo PDCA, são compatíveis entre si, certificáveis em nível internacional e são aplicáveis em todos os tipos e portes de empresa.

 

Duas dessas normas foram atualizadas no ano de 2015, que são a NBR ISO 14001 e a NBR ISO 9001. Já a norma de certificação OHSAS 18001 que é baseada nas diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), será substituída pela norma ISO 45001 com o objetivo de ter maior alinhamento entre os padrões de sistema de gestão da ISO e facilitar ainda mais a implementação integrada dessas normas nas empresas.

 

No site da Verde Ghaia você encontra informações acerca das atualizações para implementar o Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001:2015 download e o Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2015 download.

 

Qual a importância do Sistema de Gestão Integrada na minha organização?

 


O SGI permite que sua empresa possa conhecer e controlar grande parte das variáveis micro e macro ambientais, monitorar e controlar a satisfação dos clientes, bem como obter uma gestão voltada para a redução e economia do consumo de recursos materiais e naturais e ainda se promove ações específicas para a saúde ocupacional dos funcionários, gerando um ambiente mais saudável e produtivo.

 

E quanto aos benefícios?

 

São inúmeros, visto que com o SGI promove melhorias quanto à imagem da empresa junto ao mercado e clientes, quanto ao desempenho organizacional e aumento da competitividade, quanto ao do clima organizacional e aumento da produtividade, quanto à redução de custos operacionais e administrativos e ainda proporciona a captação de novos clientes.

 

 

Fonte

 

https://www.consultoriaiso.org/como-e-feito-o-calculo-de-brigadistas-de-incendio/

 

 

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ESPAÇO CONFINADO:

VEJA EXEMPLOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA

 


O espaço confinado é um dos locais de maior risco para a realização de atividades profissionais.

A principal característica para definição do espaço confinado é a restrição de acesso para entrada e saída.

Além disso, os espaços confinados trazem diversos riscos, podendo ser fatal para alguém que adentrar sem os devidos cuidados no local.

A realização de atividades em espaço confinado deve ser muito bem planejada e executada, afim de evitar danos à saúde e a segurança dos trabalhadores.

Antes da realização devem ser realizados análises de diversos tipos, que verifiquem a presença de gases, níveis de oxigênio, dentre outros dados. A partir dessas informações, devem ser elaborados as medidas de controle para realização das atividades no local.

 



 

O que é espaço confinado?


Espaços confinados são locais inapropriados para habitação humana, com alta possibilidade de causar danos à saúde e a segurança das pessoas, devido a presença de diversos fatores de risco no local.

O espaço confinado é um local que possui difícil acesso de entrada, pouca ou nenhuma ventilação, excesso ou falta de oxigênio, pode conter a presença de gases tóxicos e/ou explosivos, além de condições inadequadas de iluminação.

 

Exemplos de Espaços Confinados

 

Os espaços confinados podem estar presentes em diversos locais no ambiente de trabalho.

 

Alguns exemplos de espaços confinados são:

 

ü Tanques de água, ácidos ou gases;


ü Poços subterrâneos;

 

ü Tubulações;

 

ü Galerias de redes de esgoto;

 

ü Chaminés;

 

ü Moinhos industriais;

 

ü Moegas;

 

ü Silos;

 

ü Elevadores.

 

Todo local que tenha difícil acesso de entrada e saída, pouca ou nenhuma ventilação natural e que possa conter excesso ou falta de oxigênio pode ser considerado como um espaço confinado.

 

Quais os riscos dos espaços confinados?

Os riscos presentes em um espaço confinado estão ligados diretamente ao tipo de local que será analisado.

 

Os principais riscos presentes são:

 

ü Presença de gases tóxicos ou inflamáveis;

 

ü Excesso ou falta de oxigênio;

 

ü Riscos de acidente devido ao local;

 

ü Pouca ou nenhuma ventilação natural;

 

ü Acesso restrito e não possuir saída de emergência;

 

ü Pouca ou nenhuma iluminação natural.

 

Qual NR trata dos Espaços Confinados?

 



 

A Norma Regulamentadora 33 é a NR que atua diretamente nos espaços confinados.

Ela define os padrões de segurança que devem ser adotados para a realização de atividades dentro destes locais.

Para poder liberar a entrada de profissionais no local, é necessário que os mesmos realizem o curso de NR 33, regido por profissional habilitado.

O treinamento de NR 33 possui validade de 1 ano, devendo ser realizado uma reciclagem periódica.

Todo trabalhador que irá realizar atividades em espaços confinados deve possuir treinamento de NR 33 dentro da validade, bem como estar apto de acordo com o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).

 



 

EPI’s para Espaços Confinados

 

Os EPI’s necessários para a realização das atividades em espaço confinado podem variar, de acordo com o local.

Em locais de acesso restrito, pode ser necessário a implementação de linha de resgate, para auxiliar o resgate em casos de desmaios.

 

Os EPIs padrões que devem ser utilizados são:

 

ü Botinas de segurança (de couro ou borracha, dependendo da presença de materiais no espaço confinado)

ü Luvas nitrílicas ou de vaqueta (dependendo da presença de ácidos no local, ou da atividade que será realizada)

ü Óculos de segurança de ampla visão;

ü Capacete de segurança com jugular (pode ser adaptado lanterna em espaços confinados que não possua iluminação natural)

 

Dependendo do espaço confinado, pode ser necessário a utilização de macacões tyvek (voltado para locais com excesso de poeiras) ou tychen (voltado para locais que possua a presença de ácidos).

Deve ser utilizado máscara no local. Porém, é preciso definir a presença de gases tóxicos e inflamáveis, poeiras, fumos, fumaças e outros fatores de risco antes de definir qual é o modelo ideal para o local.

 



 

Os principais modelos utilizados são:

 

ü Mascará semifacial PFF2 – destinada a locais com pouca presença de poeiras e gases;

ü Mascará semifacial com filtros químicos – destinada em locais que possuam maiores concentrações de poeira, gases, ácidos, dentre outros fatores de risco.

 

Medidas e Segurança e Precaução para trabalhos em espaços confinados


Para a realização de atividades em espaços confinados, devem ser adotados diversas medidas de controle.

 




 

Essas medidas devem incluir medidas de controle coletivo e individual.

Antes de realizar as atividades, é necessário a realização de Análise de Risco do espaço confinado e elaborar uma Permissão de Trabalho.

Além disso, é necessário o preenchimento de documentos, sendo esses:

 

PEEC – Permissão de Entrada em Espaços Confinados


Este documento define o local aonde será realizado a atividade, quais são as características do ambiente, quais os níveis de oxigênio do local, os riscos presentes no local, quais são os possíveis gases na atmosfera, pressão atmosférica, dentre outros dados.

Além disso, na PEEC devem constar o nome, profissão, matricula e assinatura de todos que irão adentrar no espaço confinado, bem como constar quem é o vigia responsável pelo local.

 



 

AES – Atestado do Estado de Saúde

 

Este documento deve ser realizado com cada trabalhador antes de que o mesmo entre em um espaço confinado.

Ele serve para analisar as condições físicas e de saúde do trabalhador, atestando que o mesmo está apto a adentrar ao local.

A partir da elaboração de todos os documentos necessários para a realização da atividade, deve ser implementado as medidas de controle coletivo, tais como exaustores, lâmpadas ou lanternas de iluminação, realização de bloqueio do local, deslocamento de vigia de espaço confinado.

 


 

O vigia deverá estar equipado com equipamento de comunicação, principalmente via rádio. Além disso, ele deve manter consigo os crachás de identificação de todas as pessoas que adentrarem o espaço confinado.

O papel do vigia é manter uma constante atenção quanto a situação dos trabalhadores dentro do espaço confinado, e, no momento em que constatar qualquer situação de risco, chamar o socorro de imediato.

 

O vigia não é permitido a adentrar ao local.

 

Após a implementação dessas medidas, deverão ser adotados os EPIs necessários para proteção de cada trabalhador que irá adentrar no espaço confinado.

 

 


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