terça-feira, 29 de setembro de 2020


OS AGROTÓXICOS E NOSSA SAÚDE

 

Os agrotóxicos são responsáveis por milhares de mortes todo o ano ao redor do mundo.

 


É comum o uso de agrotóxicos na agricultura não somente no nosso país, como no mundo todo. Geralmente usados para evitar algum tipo de praga em uma plantação, esses produtos acabam sendo utilizados inadequadamente, gerando riscos à saúde das pessoas. As mortes e intoxicações pelo uso desses produtos acabaram tornando-se um grande problema de saúde pública.

 

Os riscos são grandes e podem ocasionar problemas em curto, médio e longo prazo, a depender da substância utilizada e do tempo de exposição ao produto. Pesquisas apontam que ocorrem mais de 200 mil mortes por ano no mundo em virtude de problemas gerados pelo uso de agrotóxicos, sendo que a maioria ocorre em países em desenvolvimento.

 

A intoxicação por agrotóxicos pode ocasionar tonturas, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias, tremores, irritações na pele, nariz, garganta e olhos; convulsões, desmaios, coma e até mesmo a morte. As intoxicações crônicas — aquelas causadas pela exposição prolongada ao produto — podem gerar problemas graves, como paralisias, lesões cerebrais e hepáticas, tumores, alterações comportamentais, entre outros. Em mulheres grávidas, podem levar ao aborto e à malformação congênita.

 


Toda a população em alguma fase da vida será exposta a agrotóxicos, seja através do consumo ou durante o trabalho. Entre os grupos que mais sofrem com os efeitos dessa substância, podemos destacar os trabalhadores rurais que manuseiam frequentemente esse tipo de produto.

 

É possível observar com frequência trabalhadores do campo utilizando essas substâncias sem nenhuma proteção adequada. Além disso, muitas vezes a intoxicação desses trabalhadores não é levada a sério, além de, sequer, procurarem atendimento médico. Por isso, é comum a morte dessas pessoas, que muitas vezes não conhecem o verdadeiro risco de tais substâncias.

Entre alguns sintomas que podem surgir em virtude do manuseio de agrotóxicos, podemos destacar dores de cabeça, desmaios, convulsões, náuseas, falta de ar e vômitos. Por, normalmente, serem sintomas pouco específicos, é comum que não sejam associados a possíveis intoxicações. Entretanto, ao senti-los, é extremamente importante procurar um médico e informá-lo a respeito dos produtos que foram recentemente manipulados

 

Além dos problemas graves gerados aos trabalhadores rurais, agrotóxicos podem ser encontrados nos alimentos, prejudicando assim outras pessoas. Apesar de todos os cuidados do consumidor, que lava o alimento muitas vezes até com água sanitária, os agrotóxicos não são totalmente removidos dessa maneira. Algumas vezes, essas substâncias penetram nos tecidos vegetais, fazendo com que a lavagem remova apenas partes delas. Já a água sanitária é bastante útil para matar alguns micro-organismos, mas não é eficaz na eliminação de agrotóxicos.

 

Para diminuir o consumo dessas substâncias, a população pode optar por comprar produtos orgânicos. Esses alimentos caracterizam-se por não serem produzidos com a utilização de agrotóxicos.

 

Ao utilizar agrotóxicos sem a devida proteção, 

o trabalhador rural coloca em risco sua saúde

 

Assista às nossas vídeo

 




Fonte:

 

https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/os-agrotoxicos-nossa-saude.htm




quarta-feira, 23 de setembro de 2020

 



RSS

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

 

Benefícios da Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde RSS




A Nova Ambiental considera que o benefício da classificação dos resíduos de serviços de saúde RSS, está em possibilitar a correta manipulação, por parte dos geradores, sem oferecer riscos aos trabalhadores, à saúde coletiva e ao meio ambiente.

De acordo com a RDC Anvisa número 306/2004 e a resolução CONAMA 358/2005 são definidos como geradores de resíduos de serviços de saúde rss, todos os serviços relacionados com o atendimento a saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; produtores de materiais e controles para diagnósticos in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde.

 

A classificação Anvisa 306/2004 subdivide-se em cinco grupos:

 

Grupo A) – Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.

 

Grupo B) – Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características com inflamabilidade, Corrosividade, reatividade e a toxicidade.

 

Grupo C) – Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da comissão nacional de energia nuclear CNEN.

 

Grupo D) – Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

 

Grupo E) – Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidros quebrados no laboratório e outros similares.

 

Autoclaves para Esterilização de Resíduos de Serviços Hospitalares.

 

O processo de esterilização dos Resíduos dos Serviços de Saúde RSS ou Lixo Hospitalar, mais recomendado, é o tratamento a pressão/Vácuo com aplicação de alta temperatura com vapor saturado em um circuito rigorosamente protegido e monitorado.

 

Características Técnicas do tratamento de resíduos de serviços de saúde RSS

 

• Construção com base em Normas de Vasos de Pressão: Código ASME e NR-13;

• Moto bomba de Vácuo;

• Filtro esterilizador de líquidos e Ar;

• Painel de Acionamento com Impressora;

• Conjunto de Válvulas e Tubulações;

• Cestos e Trilhos para movimentação;

• Prontuário de Vaso de Pressão, Certificados e Manual.

 

Tratamento de resíduos de serviços de saúde

 

São muitas as tecnologias para tratamento de resíduos de serviços de saúde RSS.  Até pouco tempo, a disputa no mercado de tratamento de resíduos de serviços de saúde era entre a incineração e a autoclavagem, já que, em muitos países, a disposição em valas sépticas não é aceita.

Recentemente, com os avanços da pesquisa no campo ambiental e a maior conscientização das pessoas, os riscos de poluição atmosférica advindos do processo de incineração fizeram com que este processo tivesse sérias restrições técnicas e econômicas de aplicação, devido à exigência de tratamentos muito caros para os gases e efluentes líquidos gerados, acarretando uma sensível perda na sua parcela de mercado.

Existem muitas opções para o tratamento e eliminação de resíduos médicos. Alguns funcionam melhor em grandes instalações apropriadas para grandes hospitais ou instalações centralizadas, e outras são melhores para países de baixa a média renda, pequenas instalações e recursos restritos.

O primeiro passo em qualquer gestão de resíduos é minimizar o desperdício e garantir que ele seja devidamente segregado na fonte. Se os resíduos em geral forem misturados com quaisquer resíduos infecciosos ou perigosos não podem ser segregados e todos devem então ser tratados como se fossem infecciosos ou perigosos.

 

Resíduos infectantes: este é o fluxo de resíduos que atrai mais atenção e para o qual há mais opções de tratamento.

 

Resíduos de materiais cortantes: O potencial para que as agulhas de seringa e outros desperdícios de agulhas para espalhar o HIV e a hepatite levantem preocupações reais. Em alguns países, os vendedores de pano os procuram e eles são ilegalmente reembalados para venda.

 

Resíduos farmacêuticos: Os hospitais devem procurar negociar acordos de retoma com os seus fornecedores para produtos farmacêuticos não utilizados e / ou vencidos. Caso contrário, existem várias maneiras de neutralizar ou conter os resíduos farmacêuticos.

 

Resíduos radioativos: nem todas as instalações produzem resíduos radioativos, mas podem resultar do tratamento (por exemplo, marcadores radioativos) ou estar presentes no equipamento de diagnóstico e analítico.

 

Resíduos patológicos e anatômicos: Tecidos humanos, sangue, placenta – este desperdício pode ser difícil de manusear e sensível, particularmente para qualquer coisa reconhecidamente humana. No entanto, várias opções diferentes estão disponíveis para diferentes situações.

 

Resíduos biodegradáveis: Até 25 por cento dos resíduos de uma instalação de cuidados de saúde podem ser sucatas de cozinha e comida. Estes podem ser compostados ou biodigestados para produzir compostagem e biogás, um combustível renovável.

 

Resíduos recicláveis: Papel, plástico, metal e vidro são os materiais mais reciclados. A segregação, a reutilização e a reciclagem desses resíduos podem fazer uma diferença significativa na economia da operação de eliminação de resíduos da instalação.

 

Segurança

 

A segurança e a aceitabilidade de muitas práticas de gestão de resíduos sólidos largamente utilizadas constituem uma preocupação grave do ponto de vista da saúde pública.

Essa preocupação decorre tanto da desconfiança das políticas e soluções propostas por todos os níveis de governo para a gestão de resíduos sólidos como da percepção de que muitas instalações de gestão de resíduos sólidos utilizam procedimentos operacionais deficientes.

A prática de gestão de resíduos que atualmente abrange a eliminação, tratamento, redução, reciclagem, segregação e modificação tem desenvolvido nos últimos 150 anos.

Antes disso e em numerosas situações mais recentes, todos os resíduos produzidos eram manipulados pelos seus produtores utilizando métodos simples de eliminação, incluindo o dumping terrestre, as águas doces e marinhas e as queimadas descontroladas. Apesar da crescente industrialização e urbanização, o despejo de resíduos sólidos, particularmente em aterros, continua a ser um meio proeminente de eliminação e tratamento implícito.

Ocorreram importantes desenvolvimentos no que diz respeito à tecnologia de aterro e no controlo legislativo das categorias de resíduos que podem ser sujeitos a deposição em aterro. Mesmo assim, muitos aterros permanecem primitivos em sua operação.

As tecnologias de tratamento alternativas para a gestão de resíduos sólidos incluem incineração com recuperação de calor e limpeza de gases residuais e compostagem acelerada, mas ambas são sujeitas a críticas por ambientalistas devido a possíveis emissões perigosas, à não eliminação de agentes patogénicos ou à incapacidade de imobilizar pesados Metais ou pelos operadores de aterros e empreiteiros com base na economia de gestão de resíduos, enquanto questões-chave sobre os efeitos das várias práticas sobre saúde pública e segurança ambiental permanecem sem resposta

 

Efeitos

Os efeitos prováveis e relativos da segurança pública e da segurança ambiental da tradição e das modernas tecnologias de aterro serão avaliados em relação às tecnologias de tratamento alternativas propostas.

 

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Fonte

 

https://www.novaambiental.com.br/residuos-de-servicos-de-saude-rss/?gclid=CjwKCAjw5Kv7BRBSEiwAXGDEldHVwsJTz-mnBoUrztv_B14t_lNhQtpbzzxY0lJUGZjviKbAgJz-lhoCQOoQAvD_BwE

 


terça-feira, 22 de setembro de 2020

 


CONHEÇA OS 8 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS 

DE MEDIÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

 


A legislação trabalhista brasileira é bastante complexa e abrange diversas regulamentações sobre saúde e segurança do trabalho todas com a finalidade de garantir o bem-estar dos colaboradores.

No dia a dia, muitos profissionais estão expostos a uma série de agentes externos, que variam de acordo com o ramo de atuação da empresa. Para que essa exposição não cause problemas, é fundamental localizar os perigos reais.

Nesse sentido, as avaliações quantitativas e qualitativas são indispensáveis. Com os equipamentos de medição de segurança do trabalho, é possível identificar as ameaças presentes em cada ambiente. O mapa de riscos resultante deve embasar a definição de ações corretivas e preventivas em todas as etapas do processo produtivo.

Vale lembrar que acidentes e doenças ocupacionais podem gerar responsabilidade penal, civil, administrativa e trabalhista. Assim, o empregador é obrigado a arcar com indenizações, despesas médicas e fica sujeito a outras penalidades.

Além da repercussão negativa, essas ocorrências também provocam impactos em vários indicadores de produtividade e de desempenho, nos custos gerais e na imagem perante o mercado.

Porém, para utilizar corretamente os equipamentos de medição de segurança do trabalho, é preciso, primeiramente, compreender quais são os principais riscos que envolvem os colaboradores. Acompanhe!

 

Situações de risco


Existem, basicamente, cinco grupos de risco que devem ser observados:


✔riscos físicos: ruídos, vibrações, radiações, frio, calor, pressões anormais e umidade;

✔riscos químicos: exposição a gases, poeira, vapores ou produtos químicos;

✔riscos biológicos: exposição a vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos ou outros microrganismos;

✔riscos de acidentes: ambientes e comportamentos inseguros, como layouts inadequados, armazenamento incorreto de materiais, uso de matéria-prima fora de especificação, maquinário sem proteção, iluminação excessiva ou insuficiente, instalações elétricas defeituosas, contato com animais peçonhentos ou chance de incêndio;

✔riscos ergonômicos: dependem da forma como a tarefa é executada, do esforço físico, de posturas incorretas, de jornadas de trabalho prolongadas, da repetitividade e de circunstâncias causadoras de estresse.

 

Equipamentos de medição de segurança do trabalho


Depois de conhecer todos os riscos, é preciso identificar quais equipamentos de medição de segurança do trabalho podem ser utilizados na empresa.

É importante salientar que esses equipamentos são ferramentas de apoio e devem suportar o desenvolvimento de programas internos, tais como o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o PCMSO, (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), o PCA (Programa de Conservação Auditiva) e o PPR (Programa de Proteção Respiratória).

Saiba para que servem e como funcionam 8 desses aparelhos:

 

1. Anemômetro


O anemômetro mede a velocidade do ar e a direção do vento, e é bastante usado no caso de trabalhos em áreas abertas. Podem ser classificados em diversas categorias, tais como: anemômetros de concha, de hélice, de rotação, de veleta, de tubo de pressão e de ultrassom.

2. Decibelímetro

Os decibelímetros mais simples oferecem apenas a leitura imediata dos níveis de ruído do ambiente. Já os mais modernos, possuem memória para armazenamento de dados, o que permite a criação de um histórico de medições.

Por ressonância, um oscilador interno vibra na frequência do som que chega pelo microfone, gerando uma leitura precisa. Em geral, os decibelímetros comercializados no Brasil operam entre 30 a 140 decibéis.


3. Dosímetro


O dosímetro é utilizado para verificar o nível de ruído ao qual o profissional está submetido, durante determinado período. Esse equipamento de medição de segurança do trabalho é fixado no corpo do colaborador e por isso, permite uma avaliação ainda mais exata.

Na verdade, o dosímetro toma como base parâmetros preestabelecidos e inseridos em sua programação, indicando apenas uma comparação entre os valores encontrados e o padrão.

 

4. Luxímetro



O luxímetro mede a Iluminância, ou seja, a luz distribuída em uma superfície ou área. De acordo com as normas técnicas, cada ambiente tem um nível de iluminação adequado que deve ser garantido.

O aparelho funciona transformando a luz captada, natural ou artificial, em corrente elétrica e assim, a quantidade de luz é mostrada no visor.

 

5. Higrômetro


O higrômetro é usado para medir a umidade relativa do ar. Esse aparelho é especialmente importante para estudos do clima e para verificar as condições de ambientes fechados, onde altos níveis de umidade poderiam causar danos como museus ou bibliotecas.

 

6. Monitor de IBUTG (Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo)

O monitor de IBUTG também é conhecido como medidor de stress térmico e permite a avaliação do calor. Esse equipamento é mais utilizado em siderúrgicas, espaços confinados com temperaturas elevadas ou ainda para acompanhamento de trabalhos realizados sob o sol.

O uso do IBUTG é fundamental para que a empresa atenda às exigências da NR15 e NHO 06 (Norma de Higiene Ocupacional), que determinam os limites de exposição máxima permitidos no país.

 

7. Explosímetro


O explosímetro é um equipamento de medição de segurança do trabalho usado para avaliar a presença de misturas inflamáveis ou explosivas na atmosfera. Para realizar o teste, o aparelho coleta os gases do ambiente e os mantém em contato com um filamento aquecido. A partir da queima desses gases, é possível determinar a presença ou não de agentes perigosos.

 Entretanto, o explosímetro gera apenas resultados quantitativos, e não qualitativos. Ou seja, o equipamento pode detectar a presença e a concentração de um gás ou vapor inflamável na amostra, mas não consegue diferenciar um elemento específico na composição.

 8. Medidores de vibração




Os medidores de vibração são utilizados para avaliar a intensidade das vibrações nos braços, mãos e corpo do colaborador, durante a realização das atividades de rotina. Os compactadores, britadeiras, marteletes e lixadeiras estão entre os principais causadores desse tipo de efeito. Esse aparelho mede tanto as vibrações localizadas, como as que são reproduzidas em máquinas de grade porte, como tratores e guindastes.

Desse modo, é fácil compreender a necessidade por equipamentos de medição de segurança do trabalho em todas as empresas. Com essas análises, é possível definir medidas protetivas e ações preventivas, visando a saúde e o bem-estar dos colaboradores.

Investimentos em infraestrutura e treinamento das equipes, adoção de novos EPIs e a implantação de pausas programadas e rodízios de tarefas, são atitudes que contribuem para uma gestão mais inteligente do capital humano.

Paralelamente, ao reduzir a incidência de acidentes e doenças ocupacionais, a empresa também consegue aumentar a produtividade e evitar despesas adicionais.

 

 

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quarta-feira, 16 de setembro de 2020






FISPQ
O QUE SIGNIFICA E QUAL SUA IMPORTÂNCIA



A FISPQ é um documento essencial para o manuseio seguro de produtos químicos. Nela podemos encontrar todas as características do produto, que vão desde a sua composição, até as recomendações sobre o armazenamento do produto.

Todos os produtos químicos possuem o potencial de gerar riscos para o ambiente, podendo causar danos as pessoas, trabalhadores e ao meio ambiente.

Desta forma, é obrigatório a elaboração da FISPQ para todos os produtos químicos utilizados no ambiente de trabalho. Deve ser elaborada de forma simples, clara e de fácil compreensão.




Além disso, deve estar disponível para consulta nos ambientes aonde forem utilizados os produtos químicos.
Os trabalhadores devem receber os devidos treinamentos sobre os produtos que irão manusear, além de noções sobre como utilizar a FISPQ.

O que significa FISPQ?

A Ficha de Informações de Segurança dos Produtos Químicos, FISPQ, é uma ficha que deve conter as informações relativas a produtos químicos, detalhando-o e descrevendo as orientações que devem ser utilizadas, desde o manuseio até o armazenamento.

Finalidade do FISPQ

A FISPQ tem a finalidade de identificar e descrever os produtos químicos, informando e orientando a sua forma de utiliza-lo e armazena-lo de forma segura.

Além disso, a FISPQ também descreve:

  • Origem do produto, composição e suas características;

  • Perigos relativos ao manuseio do produto;

  • Medidas de primeiros socorros que devem ser adotadas em caso de contaminação;

  • Métodos de combate ao incêndio;

  • Medidas de controle a serem adotadas em situações aonde ocorra um vazamento do produto;

  • Informações e orientações sobre como deve-se transportar e armazenar o produto;

  • Informações sobre as regulamentações legais que devem ser aplicadas.



Importância da FISPQ

A FISPQ é um documento utilizado para a identificação dos produtos químicos e suas características, sendo a sua elaboração de extrema importância para a segurança das pessoas, trabalhadores e meio ambiente.

Nela podemos encontrar as orientações necessárias que devem ser adotadas ao manusear produtos químicos, e quais são as medidas de segurança que devem ser adotadas.

Desta forma, a utilização do produto torna-se mais segura, evitando possíveis contaminações que afetem os trabalhadores ou ao meio ambiente.

Além disso, a FISPQ detalha quais são os procedimentos que devem ser seguidos para o transporte e armazenamento do produto, evitando a contaminação do ambiente, e em casos de vazamento, incêndio ou contaminação, quais devem ser os passos adotados para o controle da ocorrência.

Portanto, todos os locais que possuam produtos químicos, devem possuir uma cópia da FISPQ dos mesmos, orientando a todos os trabalhadores sobre quais são as medidas que devem adotadas sobre o produto.

A elaboração da FISPQ é obrigatória, e deve-se manter uma cópia disponível para fins de fiscalização, sempre que necessária.

Como fazer uma FISPQ?

A Norma ABNT NBR14725 define quais são os procedimentos que devem ser adotados ao elaborar uma FISPQ.

De acordo com o artigo 4, dos Aspectos Gerais, a elaboração requer um profissional que possua conhecimentos técnicos específicos sobre o produto.

Ao elaborar uma FISPQ, devem ser informados:

1 – Identificação do produto e da empresa;

2 – Identificação de perigos;

3 – Composição e informações sobre os ingredientes;

4 – Medidas de primeiros-socorros;

5 – Medidas de combate a incêndio;

6 – Medidas de controle para derramamento ou vazamento;

7 – Manuseio e armazenamento;

8 –  Controle de exposição e proteção individual;

9 –  Propriedades físicas e químicas;

10 –  Estabilidade e reatividade;

11 –  Informações toxicológicas;

12 –  Informações ecológicas;

13 –  Considerações sobre tratamento e disposição;

14 –  Informações sobre transporte;

15 –  Regulamentações;

16 – Outras informações.

De acordo com a norma, não deve ser feita nenhuma alteração quanto aos títulos, numeração e ordem destas informações.

Deve ser preenchida por sessões, sendo que cada uma deve possuir seus respectivos subtítulos apresentados em destaque.

Também deve ser elaborada em português (pt-br), utilizando de linguagem compreensível, clara e concisa.

Suas páginas devem ser numeradas, sendo que o sistema de numeração deve indicar qual é o número total e qual é a última página da FISPQ. Em todas as páginas deve conter o nome do produto que é utilizado no rótulo, junto com a data indicando qual foi a última revisão.

A norma também disponibiliza um modelo padrão a ser seguido para a elaboração desse documento.

Treinamento de FISPQ

De acordo com a NR 26, artigo 2.6.4, todos os trabalhadores que manusearem produtos químicos devem receber treinamento de:

Noções sobre os perigos, riscos e quais são as medidas preventivas que devem ser adotadas para o manuseio seguro do produto, bem como os procedimentos de atuação em situações emergenciais.

Compreensão da FISPQ e da rotulagem preventiva.


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DIAGRAMA DE HOMMEL

O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código NFPA 704 — mas também conhecido como diamante do perigo ou diamante de risco —, é uma simbologia empregada pela National Fire Protection Association (Associação Nacional para Proteção contra Incêndios), dos Estados Unidos da América. Nela, são utilizados quadrados que expressam tipos de risco em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma cor (branco, azul, amarelo e vermelho), que representam, respectivamente, riscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade.





Quando utilizada na rotulagem de produtos, o Diagrama é de grande utilidade, pois permite num simples relance, que se tenha ideia sobre o risco representado pela substância ali contida. Para o preenchimento do Diagrama pode-se utilizar diversas bases de consulta que contenham as FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico), em que a classificação de cada produto químico pode ser encontrada. A Ficha fornece informação sobre diversos aspectos dos produtos químicos, quanto à segurança, saúde, proteção e meio ambiente. Elas não podem ser consideradas “FISPQ” quando não forem elaboradas em conformidade integral com a Norma Técnica NBR-14.725 da ABNT. Um exemplo de base de dados para consulta das fichas é o www.abtlp.org.br.

A recém-lançada edição de 2017 da NFPA 704 oferece ao usuário a justificativa para a manutenção do sistema de resposta de emergência e também teve a adição do anexo G (Comparação da NFPA 704 com a OSHA HazCom 2012). De forma resumida, OSHA e NFPA estão de acordo que há diferenças entre HazCom 2012 e NFPA 704 com dois conjuntos distintos de números desenvolvidos para diferentes fins. HazCom 2012 utiliza um sistema de classificação de perigo enquanto NFPA 704 utiliza um sistema de classificação de risco.

A NFPA 704 tem sido usada por mais de 50 anos e foi desenvolvida para fornecer um sistema padrão para indicar a toxidade, a inflamabilidade e a reatividade de produtos químicos perigosos, facilmente reconhecido e de fácil compreensão para fornecer informações de forma concisa para a equipe de emergência.

Em comparação, o sistema de classificação de perigo de OSHA fornece informações para os trabalhadores expostos a materiais perigosos, principalmente em condições normais de uso. Estes números são então usados ​​para determinar os pictogramas corretos, sinais e as advertências de perigo para as etiquetas dos recipientes.

No Brasil, a NR-20 estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.


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terça-feira, 15 de setembro de 2020






GUIA COMPLETO SOBRE BRIGADA
DE INCÊNDIO: SAIBA MAIS!


A segurança do trabalho deve ser uma preocupação constante dentro do ambiente laboral. Além de estar ligada à legislação e à obrigatoriedade do empregador, ela tem a ver com a qualidade de vida, a proteção e o bem-estar. Nesse cenário, um dos elementos fundamentais é a Brigada de Incêndio.

A presença do grupo é crucial tanto para prevenir ocorrências incendiárias quanto para diminuir as consequências. Os brigadistas têm características especiais e, por isso, precisam ser conhecidos a fundo.

Para tirar todas as suas dúvidas, veja neste guia completo tudo o que você deve saber sobre Brigada de Incêndio.



O que é Brigada de Incêndio?

Uma Brigada de Incêndio é um grupo formado por profissionais da própria empresa que tem o objetivo de ajudar no combate a incêndios. Uma brigada do tipo funciona de dois modos: na identificação e eliminação de riscos de incêndios e no combate ao fogo.

No segundo caso, duas são as atribuições principais. A primeira é extinguir as chamas, e a segunda consiste em ajudar os demais indivíduos a sair do ambiente em segurança.

Os funcionários que participam desse grupo o fazem de maneira voluntária e precisam cumprir alguns requisitos. Há, por exemplo, a obrigatoriedade de ser alfabetizado, de assumir riscos legais e de permanecer continuamente no edifício. Além de tudo, é indispensável que haja uma capacitação especial para que eles saibam, exatamente, como e quando agir.

A origem da brigada é mais antiga do que parece. Já no começo da civilização, a partir da descoberta do fogo, foi necessário buscar caminhos para dominar tal elemento. Entre os persas e os romanos, por exemplo, havia uma preocupação constante em evitar incêndios de grandes proporções.

No século XVI, após grandes capitais europeias sofrerem com incêndios diversos, aumentou a atividade nesse sentido. Foi nessa época em que surgiu o conceito incipiente do Corpo de Bombeiros.

A Brigada de Incêndio, da forma que é conhecida atualmente, é relativamente recente, ainda mais em relação ao Brasil. Apesar de a lei específica ser nova, a abordagem já existia no final do século XIX, quando havia equipes voluntárias espalhadas pelo país. Diante dos bons resultados, o conceito foi consolidado.

Quando é obrigatório ter um setor voltado para a Brigada de Incêndio?

Comumente, a Brigada de Incêndio só é obrigatória para estabelecimentos com mais de 20 funcionários. Embora ainda seja preciso se preocupar com a segurança do trabalho, é comum que as empresas menores estejam isentas dessa obrigação.

Contudo, não é uma regra. Tudo depende da instrução técnica de cada Corpo de Bombeiros, o que varia de acordo com o estado. Em alguns casos, a obrigatoriedade da Brigada de Incêndio só não é válida para habitações residenciais.

Em outros casos, é comum que haja, pelo menos, um profissional capacitado nesse sentido. O tamanho da Brigada varia segundo o setor de atuação e o nível de risco de incêndio. Quanto maior ele for, maior deve ser a equipe.

Ao mesmo tempo, é válido perceber que o caráter desse grupo é estritamente voluntário. Na maioria dos casos, é uma ação muito mais executada pela preocupação dos próprios funcionários do que pela obrigatoriedade imposta pelo empregador.

Como qualquer empreendimento está sujeito a riscos, um bom caminho para a prevenção de incêndios e os seus possíveis riscos é estimular a formação de um grupo do tipo, mesmo longe da obrigatoriedade. Eventualmente, isso trará maior segurança para todos os presentes no ambiente laboral.




O que diz a lei sobre isso?

Quando se fala da legislação de segurança do trabalho e contra incêndios, é indispensável reconhecer os elementos que tratam do assunto. Dessa maneira, é possível tornar tudo mais seguro e evitar problemas com o Ministério do Trabalho, por exemplo.

Uma das principais leis do tema é a NR-20. Ela trata do manejo de inflamáveis e combustíveis e como a segurança pode ser mantida em um ambiente como esse. Há a orientação sobre a análise de riscos, bem como o plano de resposta para lidar com a situação. O treinamento específico é o ponto mais relevante dessa norma, já que contribui para a formação da Brigada de Incêndio.

Outra norma importante é a NR-23. Ela abrange a proteção contra incêndios e fala, por exemplo, das saídas de emergência e sistemas de alarme. Quando a questão é a Brigada de Incêndio, é totalmente indispensável contar com pessoas capacitadas para operar equipamentos de contenção e proteção, como os extintores.

Em relação à Brigada de Emergência, a sua obrigatoriedade e forma específica, note que a legislação é estadual. Cada Unidade Federativa tem as suas exigências sobre essa questão, e elas devem ser seguidas de maneira estrita. Empresas com mais de uma sede precisam seguir, em cada local, a orientação dada pela legislação estadual correspondente.

Em geral, isso é determinado pelo Corpo de Bombeiros. Está relativamente regulamentado que a Instrução Técnica 17 é responsável por determinar as medidas para a criação de um grupo de brigadistas.

Em caso de dúvidas ou na falta de orientações claras, a indicação é procurar o Corpo de Bombeiros local e solicitar informações aprofundadas sobre o tema.




Treinamento de Emergências: como implementar?

Antes de pensar no treinamento, é fundamental que ocorra a formação do grupo de brigadistas. Isso significa que é indispensável escolher corretamente os colaboradores, dentro dos requisitos exigidos.

Para ter maior facilidade na tarefa, devem ser feitos procedimentos de incentivo em relação à importância desse grupo. Com mais funcionários se voluntariando, o resultado é melhor.

Depois de concluir a escolha dos colaboradores, é o momento de partir para a preparação. Para que tudo seja feito corretamente, alguns pontos são:




Considere a carga horária mínima

Comumente, a carga horária mínima exigida para a formação de uma Brigada de Incêndio é de 12 horas. O período garante a absorção dos principais conceitos, mas sem que haja um comprometimento muito extenso de tempo.

Como essa é apenas a carga mínima, ela pode variar de acordo com o risco de incêndio de cada ambiente laboral. Um espaço sem tantos riscos consegue criar uma boa Brigada com esse tempo de treinamento.

Já um com risco elevado, como quando há grande uso de materiais inflamáveis, precisa ter um tempo maior de transmissão de conhecimento. Empresas maiores também podem exigir um tempo estendido, já que o nível de responsabilidade aumenta.




Saiba quais tópicos devem ser abordados

Para ser efetivo, o treinamento para Brigada de Incêndio tem que contemplar uma série de conceitos fundamentais para a segurança. Em primeiro lugar, ele trata do uso correto de EPI’s em todas as situações, inclusive durante a emergência de um incêndio.

Também fala sobre a relevância da prevenção e como executá-la. Os brigadistas precisam saber como avaliar os extintores e mecanismos corta-fogo, bem como as instalações elétricas e outros riscos. Com uma atuação consistente, as chances de o fogo acontecer são menores.

Já no plano de emergência contra incêndio, devem ser especificadas todas as ações necessárias no caso de os riscos se tornarem concretos. É importante que os brigadistas saibam como proceder tanto em relação à própria segurança quanto em relação à dos demais colaboradores do negócio.

Devem ser transmitidas todas as ações permitidas e indesejáveis, como a evacuação precisa ser feita e assim por diante. Isso garante que todos estejam prontos para momentos de emergência.




Entenda quando o processo deve acontecer

Por lei, o treinamento da Brigada de Incêndio não deve incorrer em nenhum custo para o colaborador. Portanto, a empresa é a responsável por contratar os orientadores e tudo deve acontecer gratuitamente.

Também há uma questão importante: ele precisa ser executado durante a jornada normal de trabalho. Ou seja, não é permitido exigir que os funcionários se desloquem ou façam horas extras para concluir a etapa.

Ao obedecer a essa questão, o empreendimento tem a certeza de que cumpre com todas as obrigações perante a lei.




Opte por profissionais capacitados

A Brigada de Incêndio é uma das equipes mais importantes de uma empresa. São esses colaboradores que ajudam a diminuir os impactos de um incêndio e que entram nos locais dos quais todas as pessoas saem. Portanto, o treinamento tem que ser feito de forma completa e muito capacitada.

Para tanto, os profissionais corretos devem ser escolhidos. Por lei, é obrigatório que eles sejam capacitados em Segurança do Trabalho para que todas as orientações sejam apreendidas de maneira correta.

Contudo, é possível ir além. Ao contratar uma empresa especializada no tema, por exemplo, o negócio terá todo o apoio necessário para capacitar completamente os colaboradores. Quanto melhor for a estrutura, mais adequados serão os resultados.

Mesmo empreendimentos que não sejam obrigados a ter uma Brigada ou que sejam de pequeno porte devem considerar realizar o treinamento de forma altamente capacitada. Desse modo, a segurança de todo o time é levada a novos níveis.




Faça simulações periódicas de emergência

Além da parte teórica sobre como lidar com incêndios, a Brigada deve, obrigatoriamente, passar por um processo prático. Isso garante que os conceitos sejam reforçados, o que dá maior efetividade ao treinamento.

Portanto, é recomendado realizar simulações frequentes de emergência. Elas incluem todos os passos que serão executados em uma situação real, de modo a preparar os envolvidos para uma eventualidade.




Realize a reciclagem de maneira contínua

O treinamento teórico e prático cria as bases necessárias de conhecimento para garantir a segurança de forma contínua. Contudo, é importante compreender que os conceitos precisam ser reforçados e, em alguns casos, até atualizados. Somente dessa maneira haverá total segurança para uma eventualidade.

Para administrar isso corretamente, o recomendado é fazer uma reciclagem de um jeito contínuo. A cada conjunto de meses, por exemplo, realize um novo treinamento ou uma simulação.
Isso manterá os conceitos ativos e permitirá que as ações sejam efetivas. Além de tudo, é um jeito de se adaptar a possíveis transformações na legislação.




Quais são as dúvidas mais comuns sobre Brigada de Incêndio?

Como visto, a Brigada de Incêndio é parte fundamental do empreendimento. Ela traz segurança e garante maior bem-estar e proteção. Por mais que ela seja exigida em quase todo negócio, é comum que ainda surjam dúvidas a respeito da sua existência.
Para evitar problemas no futuro, é fundamental esclarecer os principais questionamentos. Assim, é viável ter uma atuação totalmente alinhada e que, de fato, contribua para o sucesso e para a segurança.

A seguir, veja 5 dúvidas comuns sobre esse tema:

1. Quais são as diferenças da Brigada de Incêndio para a de Emergência?

A Brigada de Incêndio não é a única que existe em um negócio. A de Emergência também é importante e, ao contrário do que muitos pensam, é diferente daquela voltada para o fogo. Basicamente, essa equipe de socorristas atua em situações emergenciais, mas diversas a um incêndio.

Imagine, por exemplo, que um maquinário sofra uma falha grave e alguns funcionários se acidentem. Nesse caso, a Brigada de Emergência é acionada, de modo a proteger e ajudar as pessoas no local.

Se, a partir disso, houver um incêndio no circuito elétrico, a Brigada de Incêndio entra em atuação. Com isso, ambas podem coexistir no ambiente.

2. Qual é a hierarquia na Brigada de Incêndio?

Para que os brigadistas possam agir de maneira eficiente e segura, é fundamental que tudo aconteça de um jeito organizado. Por isso, existe uma hierarquia dentro desse grupo, de modo a facilitar a operação.

O líder realiza a coordenação local. Já o chefe da brigada fica responsável pelo edifício completo ou por mais de um pavimento. Enquanto isso, o coordenador-geral toma conta de todas as edificações em uma empresa.

Todos são escolhidos pelos brigadistas aprovados e precisam trabalhar de maneira integrada e sincronizada. Graças a isso, é possível obter o melhor desempenho de segurança.

3. Como é feita a comunicação sobre essa equipe?

Para que os brigadistas possam atuar de forma a auxiliar os colaboradores, é indispensável que a comunicação seja feita corretamente. Por isso, uma das obrigações é que haja sinalização sobre a existência dos brigadistas, de maneira visível e distribuída por toda a empresa.

No cotidiano, o brigadista precisa usar um crachá especial que o identifique. Nas emergências, os seus EPIs são igualmente diferenciados, de modo a destacá-los na situação.

Outro ponto é que os brigadistas precisam se comunicar facilmente, especialmente quando há mais de um pavimento ou edificação. Isso permitirá a coordenação de ações para que tudo funcione.

Para acionamento do grupo, deve haver um sinal sonoro inconfundível com qualquer outro do ambiente de trabalho.
4. Qual é a responsabilidade do brigadista?

Como é uma tarefa voluntária, é comum que surja o questionamento sobre o que fará com que os brigadistas, de fato, cumpram as suas funções. Para que não restem dúvidas quanto a isso, basta reconhecer a existência das responsabilidades civil e criminal do brigadista.

Ou seja, uma vez que uma pessoa se transforma em brigadista, ela tem a obrigação legal de cumprir com os requisitos, tanto de treinamento quanto de ações em caso de emergência.

Se o brigadista agir com imperícia, negligência ou se não seguir, deliberadamente, os processos aprendidos ou a hierarquia, ele pode ser processado e até punido. Esse dispositivo garante que todos possam confiar no time voluntário.

5. A Brigada de Incêndio substitui a atuação do Corpo de Bombeiros?

É comum que haja a dúvida sobre qual é o papel de atuação da Brigada de Incêndio. Porém, é importante ressaltar que a existência de uma Brigada não elimina a necessidade de contar com o apoio do Corpo de Bombeiros.

Basicamente, se houver um incêndio, uma das obrigações consiste em realizar o acionamento da equipe competente. Se ninguém tiver acionado o Corpo de Bombeiros, o brigadista deve fazê-lo.

Com isso, a Brigada funciona como uma contenção inicial para prevenir possíveis danos. Ela realiza a evacuação principal das pessoas, além de orientar sobre como proceder na situação. Se for o caso, o brigadista utiliza os equipamentos para conter as chamas.

Logo em seguida, o Corpo de Bombeiros atua para eliminar o problema. Portanto, a abordagem dessa equipe não é substitutiva, mas complementar.

Como prevenir incêndios em minha empresa?

Tão importante quanto ter uma Brigada de Incêndio é saber como prevenir que os incidentes aconteçam. A atuação de modo a eliminar os riscos é muito mais efetiva e é indispensável para a segurança e o bem-estar de todos no empreendimento.

Por isso, a gestão deve se preocupar com as medidas de cautela contra as ocorrências com fogo. A seguir, veja quais pontos merecem maior atenção.

Dicas práticas para prevenção

Uma vez que um incêndio aconteça, ele se torna imprevisível. Portanto, o melhor caminho consiste em evitar que ele ocorra, em primeiro lugar. Para que isso seja viável, devem ser executadas as seguintes dicas:

Acondicione os materiais corretamente

É indispensável que materiais inflamáveis ou que apresentem algum risco sejam devidamente armazenados. Eles precisam estar protegidos de calor excessivo ou da incidência direta do sol, bem como de faíscas e da rede elétrica.

Vazamentos devem ser conferidos e evitados. Caso ocorra algum derramamento, ele precisa ser contido e revertido, de modo a não criar um ambiente inseguro.

2. Deixe a manutenção sempre em dia

Todos os equipamentos e estruturas precisam passar por um processo constante de manutenção. A rede elétrica e as máquinas a ela ligadas são as mais importantes, já que um curto-circuito pode dar início a uma ocorrência grave.

Extintores devem ser conferidos com frequência e precisam estar na validade. Além de ser algo realizado pelos brigadistas, é uma etapa que pode ser feita com o auxílio dos demais colaboradores.

3. Instrua boas práticas a todos os funcionários

O comportamento dos empregados é outra questão que faz diferença para que situações arriscadas não aconteçam. Para tanto, é recomendado realizar treinamentos constantes, os quais instruem sobre como proceder para evitar acidentes.

Os colaboradores devem entender a importância de não sobrecarregar a rede elétrica, bem como de manipular materiais inflamáveis com segurança. Em caso de incêndio inicial, precisam lidar corretamente com os extintores, para que seja possível conter as ocorrências logo no começo.

4. Tenha a sinalização correta

Para garantir que tudo seja seguido à risca, é interessante investir em uma boa sinalização. Áreas com produtos inflamáveis recebem avisos visuais claros, que destacam as medidas que devem ser executadas.

Além disso, é importante sinalizar as saídas de emergência, áreas com extintores, escadas e assim por diante.

5. Esteja atento aos sinais

Em geral, antes de ocorrer um incêndio, é comum que surjam pistas de que há falhas na segurança. Fusíveis que queimam com muita frequência, por exemplo, indicam que algo não está correto na rede elétrica.

Portanto, é indispensável ter atenção máxima aos indícios de que algo está errado e que precisa de uma atenção especial. Quanto mais cedo as medidas forem tomadas, menor será a necessidade de atuação corretiva da Brigada de Incêndio.

Auxílio mútuo

Mesmo com todos os cuidados, uma ocorrência incendiária pode ocorrer por motivos alheios. Em um caso como esse, o tempo de resposta é determinante. Em um ambiente com material inflamável ou explosivo, por exemplo, agir rapidamente é o que vai evitar explosões e consequências de proporções maiores.

Por causa disso, é recomendado pensar no Plano de Auxílio Mútuo (PAM). Ele consiste em elaborar um planejamento que inclua comissão e atuações diversas para agentes particulares e públicos.

O plano deve conter todas as ações necessárias para acelerar a resposta diante de uma ocorrência. Para ser relevante, ele precisa ser elaborado em uma parceria ampla, com pessoas especializadas em segurança do trabalho e na questão relacionada ao fogo e a explosões.

Uma vez que ele seja finalizado, a Brigada de Incêndio deve ser comunicada e ficar inteiramente ciente do que precisa ser feito. Embora o PAM seja convocado quando já há um incêndio, ele é crucial para evitar a rápida progressão de ocorrências diversas. A sua elaboração e a sua execução, portanto, são indispensáveis para a segurança.

A Brigada de Incêndio é fundamental para deixar o ambiente de trabalho mais seguro. Para tanto, os colaboradores devem ser treinados sobre o que fazer, de modo que todos os procedimentos sejam executados corretamente.



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