domingo, 27 de fevereiro de 2022

 



 

O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM AS CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL? DESCUBRA AGORA MESMO!

 



As construções civis provocam grandes impactos no entorno onde são edificadas. Sendo assim, é importante estar atento à obtenção das principais certificações ambientais, tendo em vista se tratar de ferramentas que mensuram e apontam o quanto uma obra apresenta de características sustentáveis, além de gerar credibilidade e reconhecimento dentro do setor de construção civil.

 

Pensando em sua relevância, elaboramos este conteúdo para mostrar as principais certificações ambientais desse segmento. Confira!

 

Para que servem as certificações ambientais na construção civil?

 

Entre as principais finalidades das certificações ambientais, podemos apontar:

 

§  estimular a responsabilidade social entre as empresas;

§  garantir os direitos humanos e trabalhistas;

§  mostrar que a empresa adota as normas impostas pelas entidades certificadoras;

§  promover a vantagem competitiva, já que mostra que a edificação contribui com a sociedade e com o meio ambiente;

§  reforçar a marca e a imagem da empresa certificada.

 

Quais são as principais certificações ambientais no segmento?

 

Há várias certificações ou selos disponíveis. Elencamos abaixo algumas das principais.

 

LEED

 

O Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) é o selo ecológico de certificação ambiental de maior reconhecimento internacional. Conforme os mais variados modelos e necessidades, é dividido em Silver, Gold ou Pratinum, que vai variar considerando o grau de performance do edifício.

 

Os critérios avaliados pela certificação LEED resumidamente são:

 

·       Projeto Integrado (IP)

·       Localização e Transporte (LT)

·       Implantação (SS)

·       Eficiência do uso da água (WE)

·       Energia e Atmosfera (EA)

·       Materiais e Recursos (MR)

·       Qualidade ambiental interna (IEQ)

·       Inovação (IN)

·       Créditos Regionais (RP)

 

Os pontos disponibilizados pelo selo são fundamentados no processo comparativo entre o desempenho ambiental de duas edificações. Para que a construção consiga a certificação positiva, deve ter no mínimo 40 pontos, e pode alcançar:

 

·       selo Silver: 50 a 59 pontos;

·       selo Gold: 60 a 79 pontos;

·       selo Platinum: acima de 80 pontos.

 

BREEAM

 

O selo Building Research Establishment Environmental Assessment Method (BREEAM), é uma certificação ambiental de edificações que tem como base fatores relativos ao bem-estar ambiental. A eles, concede uma pontuação que se diversifica entre os resultados de aprovação, como: bom, muito bom, ótimo e excelente.

 

Ao avaliar as etapas da construção, são levados em conta fatores como menor consumo de água e energia, gestão, contaminação gerada pelo empreendimento, materiais usados, saúde e bem-estar de todas as pessoas envolvidas, seja de forma direta ou indireta. Além disso, são avaliados o gerenciamento de resíduos, transporte, utilização do terreno, inovações e tendências aplicadas, entre outros.

 

Com a aquisição da certificação, a empresa conquista o reconhecimento no mercado “verde”, que tem como premissa a contribuição para um futuro mais sustentável e redução do impacto ambiental.

 

AQUA

 

É um selo que tem o intuito de apontar a qualidade ambiental das construções. É obtido por meio de auditorias independentes, que não apresentam qualquer motivo para dúvidas relativas à credibilidade do AQUA.

 

Para conquistar esse selo, é preciso que o empreendimento assegure uma gestão efetiva do projeto em todas as suas etapas, por exemplo, programa, criação, execução e utilização do edifício.

 

WELL

 

Esse tipo de certificação observa a saúde e bem-estar dos indivíduos, sendo usada como um tipo de complemento às outras certificações ambientais. Dessa forma, a colaboração das construções na sustentabilidade não deve visar somente o meio ambiente, mas também, as pessoas que estão no entorno, melhorando a qualidade de vida delas.

 

A certificação é dividida em prata, ouro ou platina, que vai depender da classificação final. Ela é mensurada por meio de 102 atributos descritivos, separados em sete critérios de avaliação, como alimentação, ar, saúde física, água, mente, iluminação e conforto. Nesse caso, as construções devem adquirir uma nova certificação a cada três anos.

 

Como pode perceber, as certificações ambientais para construção são essenciais para um futuro mais sustentável. Sendo assim, é necessário que as empresas busquem alcançar esses selos e, dessa forma, não só contribuir para o meio ambiente, mas também, reduzir seus custos, minimizar os impactos gerados com as edificações, melhorar a reputação no mercado e alcançar vantagem competitiva relevante.

 

 

 

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MATERIAL PARTICULADO:

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE ISSO?

 



O desenvolvimento humano, somado aos avanços tecnológicos e exploração excessiva dos recursos naturais, tem gerado um impacto negativo para a qualidade do ar atmosférico. Isso porque a liberação de poluentes causa uma série de efeitos prejudiciais ao meio ambiente e à saúde dos seres humanos. É o caso do material particulado.

 

Ao ser projetado na atmosfera com a ação do vento, esse poluente pode alcançar longas distâncias, depositando-se na água, no solo e em outros ambientes, resultando em uma série de transtornos.

 

Pensando nisso, para entender melhor sobre o assunto, continue lendo este artigo e veja a relação do material particulado com a saúde da população e o meio ambiente. Boa leitura!

 



O que são materiais particulados?

 

São substâncias químicas que podem ser encontradas em suspensão na atmosfera, em estado sólido ou líquido. Assim, sua denominação geral corresponde a um conjunto de poluentes formados por fumaça, poeira e todo tipo de material que pode se manter suspenso no ar devido ao seu pequeno tamanho.

 

Dessa forma, os materiais particulados podem ser divididos em:

 

§  nanopartículas — menor que 0,01μm;

§  ultrafinos — 0,01 a 0,1 μm;

§  finos — 0,1 a 2,5 μm;

§  grossos — diâmetros de 2,5 a 10 μm.

 

Quais as principais fontes de materiais particulados?

 

Essas partículas têm sua origem em diversos processos, como em centrais elétricas e fábricas que durante as atividades emitem material particulado ao utilizar combustível para o funcionamento das turbinas e equipamentos. A queima de combustível também é outro exemplo, ocorrendo em lareiras, aquecedores e caldeiras, assim como em veículos, como motocicletas, carros, caminhões, tratores, aviões, barcos, entre outros.

 

O que é MP2.5 e quais são seus principais pontos?

 

Também conhecido como aerossol atmosférico, o material particulado é uma mistura de substâncias sólidas ou líquidas que ficam suspensas no ar.

 

Essas partículas finas ou respiráveis têm a sua dimensão aerodinâmica inferior a 2,5 μm, sendo provenientes principalmente do processo das atividades de combustão e de substâncias perigosas, como chumbo (Pb), cobre (Cu), manganês (Mn) e cádmio (Cd).

 

Qual é a relação entre MP2.5 com o meio ambiente e a saúde da população?

 

Ao ser difundido na atmosfera, o material particulado (MP2.5) pode trazer diversas consequências. Para o meio ambiente, esse processo pode resultar na alteração biogeoquímica e microbiológica do solo, afetar o metabolismo das plantas, o crescimento e a reprodução dos animais e, ainda, favorecer a carga total de metais e orgânica, gerando a bioacumulação dos níveis tróficos.

 

Outra característica é que esse poluente promove o aumento da turbidez da atmosfera, fazendo com que as partículas finas tenham capacidade de alterar o fluxo de radiação solar, aumentando a quantidade de feixes que chegam até as copas na superfície das árvores.

 

Além disso, ao depositar-se na água e no solo, pode haver acidificação de rios e lagos, gerando a alteração do fornecimento de nutrientes nas bacias hidrográficas e águas costeiras, afetando culturas agrícolas e ecossistemas sensíveis.

 

Já para a saúde da população, as partículas finas têm um grande potencial para gerar problemas. Isso porque a poluição atmosférica causada pelas concentrações de MP2.5 pode provocar hospitalizações cardiovasculares, respiratórias, uso de medicamentos, alterações na função pulmonar e até mesmo mortes prematuras.

 

Esse índice é ainda mais alarmante em países desenvolvidos, onde os efeitos adversos em relação ao material particulado ocorrem mesmo quando há baixas concentrações, sendo que os principais sintomas agudos são crises asmáticas e irritação do nariz, olhos e gargantas. Devido às partículas de MP2.5 serem finas, sua capacidade em causar danos significativos à saúde é maior, especialmente nas vias respiratórias.

 

O que fazer para solucionar esse problema?

 

A qualidade do ar é interferida diretamente pela intensidade e distribuição das emissões de poluentes lançados na atmosfera, sendo que as condições climáticas também influenciam em sua dispersão, especialmente nas estações mais secas, onde a concentração de material particulado é maior.

 

Para solucionar esse problema, é preciso seguir as recomendações da CETESB, por exemplo, que informa que os índices de qualidade do ar considerados bons para 24 horas de MP2.5 (25 µg/m3) é de 0-25. A Resolução Conama nº 491/2018 do MMA, junto aos órgãos distritais e estaduais ambientais, também estabeleceram um guia técnico para o monitoramento e avaliação da qualidade do ar para facilitar a fiscalização dos níveis de concentração de partículas, possibilitando a gestão da qualidade do ar, cujo objetivo é controlar a emissão da poluição atmosférica.

 

Assim, além de adotar as ações de monitoramento previsto em lei, é necessário realizar outras medidas e mudanças de hábitos para reduzir as emissões de poluentes e melhorar a qualidade do ar, como:

 

·       efetuar inspeção dos níveis de emissões nos veículos — as revisões periódicas são essenciais para analisar e manter a queima do combustível nos padrões exigidos, evitando a emissão de poluentes acima do permitido;

 

·       dar preferência ao transporte coletivo — é possível trabalhar sem atrasos utilizando o transporte público, como ônibus, metrô e trem, contribuindo, assim, para a preservação do meio ambiente e aliviando o trânsito;

 

·       caminhar ou andar de bicicleta — para fazer pequenas compras, visitar amigos próximos ou até mesmo trabalhar, vale a pena optar pela caminhada ou ir de bicicleta. Desse modo, além de economizar no combustível, você também exercita o corpo e melhora a qualidade de vida.

 

·       optar por combustível menos poluente quando utilizar o automóvel — sempre que possível, substitua o diesel e a gasolina por biocombustível, como biodiesel e etanol, pois eles são menos poluentes.

 

·       não fazer fogueiras, jogar bitucas de cigarro ou soltar balões em locais próximos às florestas — esses hábitos podem favorecer incêndios florestais. Por isso, é necessário realizar essas atividades, quando necessário, em locais apropriados.

 

·       ajudar a plantar árvores — mesmo em um espaço pequeno, é possível plantar uma árvore de pequeno porte, seguindo as recomendações das espécies para áreas urbanas. Assim, você ajuda a melhorar a qualidade do ar.

 

Portanto, é possível reduzir a geração de material particulado adotando medidas para frear seus efeitos nocivos, a fim de melhorar o controle da combustão e preservar a qualidade do ar. Para isso, é importante adotar ações práticas que envolvam toda a população com o comprometimento para a conservação ambiental.

 

 

 

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sábado, 26 de fevereiro de 2022

 



 

DESCARTE DE LIXO ELETRÔNICO: ENTENDA COMO E PORQUE FAZER DO MODO ADEQUADO!

 



Você já parou para pensar sobre o destino dos celulares, computadores e outros lixos eletrônicos da sua empresa? O que você faz quando um teclado, impressora ou eletrodoméstico quebra na sua empresa?

 

Refletir sobre essas questões é essencial. Afinal, esses produtos possuem elementos tóxicos que, quando descartados de forma inadequada, podem contaminar o meio ambiente e as pessoas.

 

Em 2019, por exemplo, foram descartadas 53,6 milhões de toneladas desse tipo de lixo no mundo, o que representa um aumento de 20% em 5 anos. O Brasil é líder na América Latina em descarte de lixo eletrônico, com 1,5 milhão de toneladas de lixo geradas e apenas 3% coletada de maneira adequada.

 

Portanto, para ser sustentável e reduzir o impacto ambiental da sua empresa, é necessário investir em formas adequadas de descartá-los. Continue a leitura e descubra como realizar o descarte de lixo eletrônico de forma adequada!

 

O que é lixo eletrônico?

 

Lixo eletrônico são todos os resíduos de equipamentos que utilizam chips e componentes eletrônicos na sua composição. Isso inclui:

 

·       eletrodomésticos, como micro-ondas, cafeteira e geladeira;

·       eletrônicos, como impressoras e computadores e seus componentes;

·       equipamentos de telefonia, como celulares e tablets;

 

Quais são os impactos do descarte de lixo eletrônico de forma inadequada?

 

O problema do lixo eletrônico é que, diferente da maioria dos resíduos comuns, ele possui uma série de componentes que são altamente tóxicos para o meio ambiente. Isso porque, nos chips, são utilizados metais como chumbo, zinco, entre outros. No ambiente, eles podem trazer diversas consequências.

 

Uma delas é a contaminação do solo e da água. Isso porque, quando esses componentes entram em contato com o lençol freático, rios ou solo, eles impregnam o local e não são facilmente decompostos. Dessa forma, podem ser ingeridos por peixes e outros animais ou prejudicar a fertilidade do solo por muitos anos.

 

Além disso, esses metais também podem prejudicar a saúde das pessoas que entram em contato com eles. Ao ingerir um alimento contaminado ou tocar a água com esses metais, as pessoas podem ficar seriamente doentes e, inclusive, com sequelas para o resto das suas vidas.

 

Dessa forma, se preocupar com o descarte adequado do lixo eletrônico é importante tanto para garantir a sustentabilidade da sua empresa quanto para proteger a sociedade. Quando você investe nesse processo, garante que está protegendo o meio ambiente ao seu redor e as pessoas que habitam nele.

 

Como realizar o descarte de lixo eletrônico adequado?

 

Agora que você já sabe a importância desse processo, é hora de entender como realizar o descarte de lixo eletrônico de forma adequada.

 

Veja algumas dicas nesse sentido:

 

·       pesquise por legislações e serviços oferecidos por órgãos municipais da sua cidade;

·       entre em contato com o fabricante para descobrir se há algum serviço de reciclagem;

·       busque ONGs e entidades que atuam na proteção ambiental para reciclar os produtos;

·       procure profissionais que possam reutilizar as peças ou componentes do lixo eletrônico na sua região;

·       nunca coloque o lixo eletrônico no descarte de resíduos normais.

 

Como você pode perceber, o descarte de lixo eletrônico é um problema real e muito sério. Porém, você pode ser parte da solução! Portanto, comece agora mesmo a buscar por serviços de reciclagem e descarte adequado para garantir o destino final sustentável para esses produtos na sua empresa!

 

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SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

 

 

 

Acidentes com Produtos Perigosos (APP) ou Substâncias Perigosas ocorrem com uma elevada frequência no Brasil, eventos que causam impactos no ambiente e expõem no ambiente de trabalho um número elevado de trabalhadores aos riscos de saúde, gerando traumas, doenças ocupacionais e óbitos.

 

Estatísticas de Georreferenciamento de Emergências Químicas do CETESB demonstram que no período de janeiro de 2019 até novembro de 2020, em São Paulo, foram registrados 632 acidentes ambientais. Foram emergências relacionadas com os processos de armazenamento, transformação da indústria (produção), transporte aquaviário, rodoviário, entre outros, de produtos químicos.

 

 

Emergências Químicas 2019/2020 – Estado de São Paulo –

Fonte: CETESB (2020)

 

No trabalho realizado por pesquisadores da Escola Nacional de SAúde Pública e Fundação Oswaldo Cruz (Beltrami et al., 2009), os APP nos ambientes de trabalho são denominados de eventos agudos, como por exemplo “explosões, incêndios, vazamentos ou emissões de um ou mais produtos perigosos com potencial de causar danos ao patrimônio, ao meio ambiente e à saúde dos seres humanos, no curto e longo prazos.”.

 

A exposição às substâncias ou produtos perigosos ocorre a partir da ingestão de água ou alimentos contaminados, inalação de poeiras tóxicas ou gases, queimaduras químicas e térmicas a partir do contato com os produtos ou ondas de calor.

 

As substâncias são quaisquer líquidos, gases ou sólidos que ponham em risco a saúde ou a segurança dos trabalhadores, e podem ser encontradas na grande maioria dos ambientes de trabalho.

 

Acidentes de trabalho ou emergências químicas comumente ocorrem em frigoríficos quando os trabalhadores são expostos aos riscos de intoxicação por amônia, explosões em empresas de envase, armazenamento e distribuição de GLP, contaminação de trabalhadores em mineradoras que usam mercúrio, assim como, acidentes rodoviários no transporte de cargas perigosas como os combustíveis líquidos, explosivos, percursores químicos e os produtos radioativos.

 

É bastante comum também a exposição de trabalhadores a contaminantes no processo de produção, consumo da água contaminado com agrotóxicos, a exposição tóxica por produtos de limpeza e a deposição irregular de resíduos tóxicos no solo.

 

De acordo com dados da OSHA, em 2015, 17% dos trabalhadores na UE foram expostos a produtos ou substâncias químicas durantes, pelo menos, um quarto do seu tempo de trabalho, uma percentagem que praticamente não sofreu alterações desde 2000, e 15 % afirmaram que inalam fumo, emanações de gases e vapores, pó ou poeiras no local de trabalho.

 

Essas substâncias ou produtos perigosos podem causar danos à saúde dos trabalhadores e como diversos deles são expostos à elas, é de suma importância saber quais são estes riscos para que a prevenção seja feita.

 

Quais são as Substâncias Perigosas?

 

No Decreto Nº 3.048, de 06 de maio de 1999, é destacado o Regulamento da Previdência Social e determina no seu Art. 68. que a relação dos agentes químicos, físicos, biológicos, e da associação desses agentes, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, é aquela constante do Anexo IV.

 

É uma lista de produtos ou substâncias perigosas por agentes nocivos relacionada com o tempo de exposição e que passaram a ser considerados também para registros no eSocial para fins de aposentadoria especial (Tabela 24 (Agentes Nocivos e Atividades – Aposentadoria Especial)).

 

É uma referência que os profissionais de Segurança e Saúde Ocupacional devem considerar para fins de avaliação dos AGENTES NOCIVOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO TRABALHO nos estabelecimentos.

 

Os agentes de riscos nocivos como, por exemplo, químicos (arsênio, asbestos, benzeno, cádmio, etc.), devem ser identificados, avaliados qualitativamente, quantitativamente, monitorados e controlados com medidas preventivas para reduzir os seus impactos na saúde e segurança do trabalhador. Portanto, fique atento aos eventos agudos e crie um plano de emergência para identificar situações de risco.

 

Gases

 

O estado mais preocupante das substâncias perigosas, pois aqui encontramos a possibilidade da substância ser invisível e inodora, o que acaba dificultando a identificação do agente e acaba aumentando as chances do contato dela com o trabalhador.

 

O perigo é ainda mais acentuado pois há gases que, não são perceptíveis por nós, representam risco de morte em elevada exposição, como é o caso do monóxido de carbono C0.

 

Além disso, há gases que são perigosos, mesmo quando o colaborador não é exposto por longos períodos, principalmente, nos casos de riscos químicos, oferecendo, assim, riscos de queimaduras, como no caso da amônia, asfixia e intoxicação, como no caso do benzeno.

 

Líquidos

 

Apesar de ser mais fácil de se identificar devido ao estado físico, as substâncias perigosas líquidas também podem gerar graves danos à saúde quando são manipuladas de maneira equivocada.

 

Os principais exemplos de substâncias líquidas perigosas são sem dúvidas os ácidos, que em contato com a pele e com as vias aéreas podem causar queimaduras e corrosões, e os combustíveis, pelo fato de serem altamente inflamáveis, podendo causar incêndios e explosões.

 

Além desses líquidos, podemos destacar também como substâncias líquidas perigosas: álcool, acetileno, benzeno, etanol e nitrogênio industrial.

 

Sólidos

 

Apesar de serem mais visíveis e facilmente identificadas que as anteriores, as substâncias sólidas ainda podem fornecer perigos à segurança dos funcionários, mesmo com uma prevenção tecnicamente mais fácil.

 

Ambientes que possuem estoque ou a manipulação por parte dos colaboradores de elementos como lâmpadas, baterias, pilhas e lixo hospitalar, é de suma importância adotar medidas que visam ao controle dos riscos ocupacionais.

 

Sendo a grande maioria das substâncias sólidas podendo causar problemas ao terem contato direto com a pele, ainda podemos caracterizar o chumbo como uma delas, se tratando de uma substância perigosa e potencialmente toxica.

 

Além destes mais táteis, temos ainda as partículas de poeira que ao serem inaladas podem causar problemas respiratórios, alergias e irritações.

 

Avaliação das Substâncias Perigosas

 

A avaliação qualitativa de riscos e agentes prejudiciais à saúde, conforme o Decreto Nº 3.048, de 06 de maio de 1999, será comprovada pela descrição das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente ou associação de agentes prejudiciais à saúde presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada de trabalho. Também é necessário relacionar com todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados, dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato. 

 

Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela FUNDACENTRO. E, a empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil Profissiográfico previdenciário, ou o documento eletrônico que venha a substituí-lo, no qual deverão ser contempladas as atividades desenvolvidas durante o período laboral, garantindo ao trabalhador o acesso às informações nele contidas, sob pena de sujeição às sanções previstas em lei.

 

A comprovação da efetiva exposição do segurado a agentes prejudiciais à saúde será realizada por meio de documento, em meio físico ou eletrônico, emitido pela empresa ou por seu preposto com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

 

Para mais detalhes sobre os requisitos legais, principalmente, para fins de Aposentadoria Especial e Insalubridade é necessário consultar as Normas Regulamentadoras, adotar os procedimentos da FUNDACENTRO e respeitar o Decreto Nº 3.048, de 06 de maio de 1999.

 

A avaliação das substâncias perigosas no ambiente de trabalho deverá fazer parte do Programa de Gerenciamento de Risco (PGR). O PGR é um conjunto de procedimentos, técnicas de gestão, métodos de avaliação, registros e controles de monitoramento e avaliação de riscos que devem ser seguidos e adotados pela empresa com o objetivo de prevenção de acidentes de trabalho, contemplando os riscos ocupacionais e suas respectivas medidas de prevenção.

 

Medidas Preventivas

 

Não importa em qual estado físico a matéria se encontra, se ela representa algum tipo de risco à saúde do colaborador, é obrigação da empresa:

 

§  Providenciar a Análise Preliminar de Risco;

§  Disponibilizar para toda equipe de colaboradores os devidos EPI’s e EPC’s;

§  Garantir que todas as Normas Regulamentadoras sejam respeitadas;

§  Repor, a qualquer momento e de forma gratuita, os EPI’s vencidos;

§  Manter os treinamentos dos trabalhadores em dia ao iniciar ou mudar a função ou cargo, e manter o controle da data de validade do treinamento;

§  Integrar as informações exigidas para o desenvolvimento, implantação e manutenção do PGR.

 

Medidas Preventivas para Produtos de Limpeza

 

·       Uma maneira simples de trabalhar de uma forma segura com substâncias ou produtos perigosos no ambiente de trabalho é seguir procedimentos operacionais e implantar as ordens de serviços da Segurança e Saúde do Trabalho. Veja, por exemplo, as orientações básicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), propostas para manusear, armazenar e trabalhar com produtos de limpeza:

 

1.   Mantenha os produtos de limpeza fora do alcance de crianças e animais. Esses produtos podem atrair a atenção principalmente de crianças pequenas, entre 1 e 5 anos de idade. 

2.   Evite o armazenamento desses produtos em recipientes diferentes e não etiquetados.  

3.   Supervisione as crianças, não permitindo que elas acessem os ambientes onde esses produtos são guardados. 

4.   Não deixe detergentes e produtos de limpeza em geral embaixo da pia ou no chão dos banheiros. 

5.   Leia e siga as instruções descritas no rótulo de cada produto. 

6.   Evite a mistura de produtos químicos. 

7.   Garanta a ventilação quando for manusear um desses produtos destinados à limpeza, higienização e desinfecção. 

8.   Inutilize as embalagens vazias. Isso porque elas sempre ficam com resíduos, ou seja, restos dos produtos.

9.   Jogue fora as embalagens vazias, preferencialmente valendo-se do sistema de coleta seletiva, de modo a separá-las do lixo orgânico. 

10.                   Em caso de emergências toxicológicas, não provoque vômito. Tenha em mãos o número do Centro de Informação e Assistência Toxicológica, o CIATox: 0800-722-6001. 

 

 


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